- Só vim ajudá-la. – Kelly ficou sem jeito.Patrick foi até Kelly e lhe estendeu a mão:- Sou Patrick Huxley... Grande fã seu.- Ah... Obrigado. – Kelly apertou a mão dele.- Patrick surfa. – Observei, dando pouca importância.- Na verdade, sou campeão nacional no meu país. E vou disputar o mundial aqui na Austrália. – Meu marido deixou claro.Kelly riu, de forma irônica:- Sinto muito, mas este mundial é meu, Patrick – deu um tapinha no ombro de meu marido – Creio que deva dar uma atenção especial à sua esposa.Todos olharam para o meu pé, cujo dedo estava sangrando, sem a pele que eu havia retirado, além de sujo e cheio de areia.- Comprei uma prancha inspirada na sua. – Patrick disse, ignorando por completo meu ferimento.- Isso é... Legal. Mas eu preciso ir agora, Patrick. Espero que cuide do ferimento de Clara.- Clara? – Patrick riu – O nome dela é “Ana Clara” para os desconhecidos. Clara é para os íntimos... O que não é o seu caso, não é mesmo?Enruguei a testa, incrédula com o
- Que seja... Eu casei e quero a minha esposa comigo. Se ela será um bibelô ou não, pouco me importa.Patrick saiu e bateu a porta com força, fazendo-me dar um salto, assustada, com o estrondo na parede.“É sobre isto... Não desista nunca.” Ouvi a voz de Renan ao meu ouvido.“Não precisamos ser como nossos pais. Podemos ser melhores do que eles”. Aquilo foi o que eu disse, tentando fazê-lo mudar de ideia quanto a deixar Flora por se achar pouco para ela.Patrick tinha razão. Pedro estava perdido para mim. Jamais me perdoaria. E eu precisava parar de me achar pouco para Patrick. Era hora de tomar meu lugar.Pedi a Deus e sonhei com aquele homem por anos da minha vida. E agora ele estava ali, sob o mesmo teto que eu, sendo que tínhamos uma aliança que nos tornava marido e mulher. Talvez fosse o momento de viver o impossível, o inimaginável... Que se apresentava para mim como mais possível do que voltar a ver Pedro Moratti.Tomei banho, pus um maiô de marca famosa, bonito e que deixava m
- Eu não disse? Ele está com ciúme! – Kelly riu, fazendo com que meus olhos não desviassem de sua boca perfeita, com dentes largos e bem cuidados, a pele bronzeada contrastando com a água perfeita daquele mar azul que mais parecia uma pintura.Enquanto o observava, uma onda forte me desequilibrou, fazendo-me cair e com a força ser levada. Tentei levantar, mas não conseguia. Acabei engolindo água salgada e fui pega por braços ágeis e fortes, que me prenderam junto ao corpo duro feito pedra.Imaginei ser Kelly. Mas era Patrick.- Está bem? – Ele perguntou enquanto retirava delicadamente os fios de cabelos que grudaram no meu rosto e com o outro braço permanecia me segurando com força contra seu corpo.- Clara? Você está bem? – Ouvi a voz de Kelly ao meu lado, preocupado.Logo houve uma pequena aglomeração de pessoas, certamente não preocupadas com meu estado após o quase afogamento na parte rasa do mar, mas querendo a atenção do campeão mundial de surf, que me fazia parecer ser alguém i
- Isso faz meses, Clara!- Ainda assim... Levou-a.- Fui gentil... Só isto.- Eu... Era sua esposa.- Ainda é.- Não deveria ter ido.- Você chegou acompanhada de um estranho.- Teoricamente não era um estranho... Já que Kelly Slater é figura pública.Patrick riu e abriu as pernas, fazendo nossos corpos se unirem ainda mais e minha boceta roçar na parte onde seu pau estava sob a calça.Enrubesci, mas não me movi. Nossos olhos não se afastavam e embora eu quisesse sair dali, o corpo não obedecia.- Você é bem engraçadinha... – A mão dele alisou minha bochecha de forma carinhosa.- Não acredito que não tenha dormido com ela.- Não dormi com ela, Clara. A levei embora porque você apareceu com Kelly. Além do mais, já que é minha esposa, porque sumiu e deixou-me sozinho com a mulher?- Não o deixei sozinho. Sua mãe e a mãe dela estavam junto.- Devia imaginar que mais cedo ou mais tarde elas sairiam... Principalmente sabendo que você deixou o caminho livre.- Sou... Sua esposa... No papel.
A praia que Patrick escolheu tinha ondas grandes e fortes. E não ficava próxima do Paradise Beach. Gold Coast tinha praias maravilhosas. E eu me apaixonava por cada uma que conhecia.- Esta prancha é antiga. – Patrick observou.- Eu... Lembro dela. – Sorri, enquanto a retirava do jipe e Patrick pegava a sua.- Acho que comprei ela em 1995.- Também acho! – Ri.Ele me olhou e sorriu enquanto nos dirigíamos ao mar:- Eu... Acho que gostava das cartas, embora tivesse um pouco de medo.Gargalhei, fazendo careta:- Não sei do que você está falando.- Ah, sabe sim!- O que fez com elas? - Não vou dizer... Afinal, não foi você que escreveu! – Provocou, me olhando de canto.Sorri e não confirmei, embora estivesse curiosa.Fomos entrando no mar e as ondas eram bem fortes. Quando começaram a ultrapassar a minha altura, fazendo com que eu tivesse que mergulhar dentro delas, fiquei com medo.- O primeiro passo é passarmos desta área da rebentação.- Não deveria ser o contrário? – questionei
- É... Perfeito... – Toquei as águas calmas e tranquilas com a ponta dos meus dedos.Patrick movimentou as mãos na água e enlaçou os dedos nos meus, sob ela. Nos olhamos e depois de um tempo em silêncio ele disse:- Quer saber o que eu fiz com as cartas? Acha que pus no lixo?- Acho... Que pode ter posto. – Fui sincera.Ele sorriu e entrelaçou nossos dedos com força:- Admita que escreveu... E confesso que guardei cada uma delas.Sorri, sentindo meu coração acelerar.- Vamos, Clara! Confirme, por favor.Olhei o sol refletido no ombro dele. E sim, poderia ser o esquerdo. Mas não, estava no direito.Pedro veio na minha mente e retirei minha mão da dele, olhando para a água, como se as palavras desaparecessem da minha mente e o peso voltasse à consciência.Patrick pegou meu queixo e fez-me encará-lo:- Ele não está aqui, Clara... Eu estou. Eu sou real...- Mas por anos tentou não ser...- Mas agora estou aqui, porra! E tudo que quero... É ficar com você! Não porque lhe expliquei que prec
Eu não sabia quanto tempo mais aguentaria esperar. Já fazia quase um mês que começamos as aulas de surf, embora Clara ainda tivesse aprendido pouco, demonstrando bastante dificuldade e insegurança, tendo habilidade por enquanto somente de sentar na prancha e manter o equilíbrio sobre ela longe das ondas. Sem contar o medo extremo de ao menos tentar nadar. Conseguia não se afogar, boiando, o que já era um avanço.E todos os dias o máximo que eu conseguia era um beijo... Um simples beijo. Tentei entrar no seu quarto e Clara passou a trancar a porta. Quando eu tentava tocá-la, indo além de beijos, se afastava.Me enganei quando pensei que por ter me amado no passado Clara seria fácil de chegar à minha cama.Mas eu sabia o que a atormentava. Era a lembrança do idiota do Pedro Moratti. Eu daria qualquer coisa para apagá-lo de sua mente, fazê-lo desaparecer de nossas vidas para sempre. Aquele homem era como um fantasma, mesmo um ano depois de termos vindo para a Austrália.Clara virou o ros
Meus dedos escorregaram para dentro dela, enquanto a sentia entre eles, quente, úmida, perfeita. Até que Clara comprimiu as pernas, prendendo-os dentro dela, estremecendo o corpo e gemendo de forma esplêndida, provando ter gozado finalmente com um simples toque meu.Retirei os dedos de seu interior e passei a alisá-la naquela região completamente tensa, até que a sentisse relaxada novamente.Capturei seu olhar pós orgasmo, entendendo o quanto ela era menina e pela primeira vez em toda a vida pouco me importando com o que eu sentia e sim querendo que ela gozasse inúmeras vezes, até que implorasse para que eu parasse porque não aguentava mais sentir tanto prazer.Rasguei a calcinha dela e joguei longe. Retirei a calça que estava em suas pernas e pus seus pés na mesa, abrindo suas pernas e finalmente sentindo o gosto de Clara. Fiquei em dúvida se preferia chupar sua boceta ou seu mamilo. Sim... Chupei-a novamente, com tanta vontade que a levei ao delírio, fazendo-a puxar meus cabelos com