Talvez Amber temesse tantas coisas, as quais não compreendia o simples, o básico, o material. Talvez o fossem a fórmula mais excêntrica e complexa com que já tinha se deparado.
Fazia três dias que sua mãe havia viajado, mas para ela fazia semanas. Ao acordar notou que hoje era seu aniversário, bom o dia verdadeiro pelos amenos. Ao ver da janela o sol e o céu límpido totalmente azulado pensou em andar. Passear por Granada, afinal de contas agora ela não parecia tão ruim assim!
A cidade era bonita, e para falar a verdade Amber nunca havia parado para pensar nisso. É muito mais fácil se queixar-se do que tem e não do que deseja ter.
Agora a cidade aparentava estar mais leve! Não havia Pesadelo ou Morarch para ameaçar a cidade e a eles, poderiam tentar prosperar em paz. Ela e seus amigos, Filipe, Rosemary e seu irmão Ber partiram da casa de Nataniel se despedindo com um sorriso no rosto. Despertando-os para a realidade própria de cada um e seu caminho.
Ber fo
28 de março de 1997...– Querido diário adoraria saber o porquê de chover tanto hoje, aqui em Granada quase não chove, apesar do Frio rotineiro dos pampas. Parece até que a natureza se voltou contra nós meros seres humanos. Já faz dois dias que chove sem parar, era tão bom se ela cessase – Estava escrito no primeiro parágrafo de uma das páginas do diário de Amber.Havia escrito noite passada, antes de cair-se no mais profundo sono.Olhou o despertador que tilintava o alarme das seis da manhã. O atingiu com toda a força das mãos.– A hora não me importa no momento, estou só em meu quarto e ainda é manhã. Posso descansar mais um pouco antes de ir para a escola. Seis da manhã que nada, Ber e Elizabeth que tomem café da manhã sem mim, isso se Ber acordar. – Foi o que viera a seguir dos parágrafos.Redondamente enganada estava Amber, pois não teria mais paz e tampouco liberdade para continuar por mais alguns minutos em seus sonhos.Sua mãe entrou no qu
A noite havia recaído sob a cabeça de Amber que lia em sua escrivaninha o livro "Alice no país das maravilhas" de Louis Carrol, sua mãe Elizabeth ainda não havia chegado e tampouco seu irmão Ber. E era assim que Amber passava seu tempo livre, se prendia sobre as teias soltas da literatura.– Nossa como é instigante o gato que tem a capacidade de evaporar e desaparecer acho que já vi um sorriso assim antes! Habilidades fantasiosas como esta seriam muito úteis no nosso dia a dia.As vezes Amber inseria contextos fantásticos no mundo real. Obviamente de brincadeira, mas seria interessante se suas invenções pudessem andar por aí, e claro, se todos os visse.Amber achava os livros da saga de Alice fascinantes isto porque retratavam universos paralelos, em sua maioria as resoluções vinham de algo completamente sem sentido. Mas o que a deixava mais familiarizada era o gato de sorriso debochado, ele evaporava, criava o caos e saia de fininho sem nem ser culpado por joga
Como em qualquer outro dia Amber estava na escola pela manhã. Estava sentada em sua carteira pensando na discussão da noite passada e no visitante estranho que tivera.Os outros alunos haviam saído da sala, isto devido á troca de professores, um saía e o outro ainda não chegava, então os alunos se aproveitam para perambular pelos corredores da pequena escola. Só estavam em sala ela, Filipe o seu colega geek que criava o computador como bicho de estimação, o aluno novo e Marina a aluna que até o presente inicio de segundo bimestre não fedia nem cheirava. Eis então que o aluno novo se aproxima para conversar com Amber.Por mais que estivesse cansada da noite anterior e com uma forte dor de cabeça ela procurava mostrar atenção ao seu colega e se reclinava para ouvi-lo. Esperando sua voz ser finalmente emitida.Para Amber era difícil prestar atenção no que ele dizia, sua boca se movia, mas não se ouvia nada, Amber achava impossível não correr os olhos pelos moviment
Amber e Billy desceram do ônibus rapidamente e entraram na casa, uma garota corajosa, mas que estava amedrontada. De fato, ela inventaria qualquer coisa para não ficar só. Mas no caso de Amber ela estava só e com um garoto se alguém visse seu nome estaria na lama, diversas garotas de sua sala eram deveras maldosas! Poderiam ser adolescentes, mas no quesito malícia eram anciãs de idade ultra-avançada.– Droga! Mas também o que podia fazer? Não ia ficar sozinha nessa casa que ultimamente anda tão estranha. Prefiro que pensem que eu e Billy temos algo... Não seria tão ruim assim, seria? – Pensava Amber.Pelo visto Samantha e as “covers das Space Girls” teriam do que falar o resto da semana. No quarto dia na escola e Billy já havera feito uma colega, hora perfeita para as maldosas fazerem muxixos! Quando Amber e Billy desceram do ônibus, já se podiam ouvir os cochichos das pessoas de dentro do automóvel – O que ele vai fazer aí? – Ele vai visitar a esquisita? – Billy fing
Os dois haviam entrado no escritório do falecido pai de Amber que havia ficado igual desde os sete anos passados dolorosamente. Havia muitas coisas de modo que as mãos de Elizabeth estavam atadas, não podia se livrar de algo sem ter total certeza de que não tinha valor monetário, sentimental ou histórico.Mexiam nos discos em busca do "Madcap". Ele estava lá ao lado do seu irmão mais novo o disco “Barrett", Amber pegou os dois discos colocou o disco dos besouros na capa para tocar enquanto isso remexia o outro disco, então começara a tocar a faixa favorita da garota "Love Song" "A knew a girl..." Ela então largou o disco Madcap sobre a mesa e disse – Ouça isso Billy é uma canção de puro sentimento!– É bem diferente. Nossa, me deu arrepios nos primeiros toques, e o ritmo é contagiante!Os dois dançaram a canç&atil
Amber se perguntava por que sua mãe estava agindo daquela forma, ódio e choro se misturavam no seu turbilhão de sentimentos. Ela estava muito aflita com tudo, mas estava decidida. Ela iria descobrir o que aconteceu! Naquela noite ela pegou o telefone escondida e ligou para sua inseparável amiga Mary, lhe contou tudo, e por fim estava convicta disto, Mary também estava no caso, precisava de sua melhor amiga ao seu lado. Embora ela tivesse se queixado por uma ou duas vezes, pois Amber não a deixou levar o violão para onde quer que fossem.O trio agora tinha de expandir suas buscas por pistas, seu cenário não poderia somente cobrir a escola e os três concordaram em passar as tardes de outono à procura de respostas.Foram até o Dr. Paulo o médico que havia socorrido o pai de Amber naquela fatídica noite. No caminho Mary se esticava para dar uma boa olhada em Billy, ria escondida sobre os cantos da boca e pensava bobagens enquanto olhava de volta para Amber. “Tola, mil veze
Na manhã seguinte Amber havia acordado pela primeira vez com um sorriso estampado sobre seu rosto, não havia mais um resquício de trevas.Seu pai estava tão distante, mas parecia estar sob os seus braços em presença. Mesmo que seus olhos não o vissem ela sentia algo, seu simples e puro sentimento.Seu semblante estava em sua memória e nos seus sentimentos enraizado como uma planta forte. Mesmo que não pudesse o ver ela simplesmente o sentia em sua conciência. Ia para escola pensando, tentando dar ao máximo de si a essa missão.Sabia que havia algo muito importante. Teria de descobrir o que era para seu bem e de todos. A carta e o rolo de metal com o filme eram possivelmente pistas sobre o que estava por vir.Todos os três já tinham se combinado, e Amber sabia quem podia os ajudar naquela ocasião. Havia um jovem de sua sala com quem ela conversava, até que Billy haverá aparecido e ela ficado um tanto distante dele nos últimos dias. O seu nome era Felipe, e
Novamente Amber estava em seu quarto. Chegou na sua casa por volta das vinte e três horas.A noite parecia longa, porém não tão sombria quanto os dias que haviam passado, ela refletia consigo mesma, pensava em seus amigos.Não tinha tantos, mas os que tinha iriam até o universo do meio por ela. Claro, se ela pedisse com “jeitinho”. Talvez fosse melhor assim concluiu. De que adianta tantas pessoas em sua vida se elas de nada lhe servem?Ela adormeceu em sua cama, estava tão confortável. Ninguém para pertubar, numa noite do declínio de maio. As árvores secas batiam os galhos livres na janela, pareciam mãos tentando agarrá-la. Ou talvez pegar de volta suas folhas que haviam recaído sob a grama?No dia seguinte, uma claridade vinha em seu rosto, o sol havia saído. Ela olhou no despertador da escrivaninha. Seis da manhã, não tinha mais sono. Resolveu se levantar. Durante a manhã Amber rabiscava num caderno de desenho, não sabia o que se tornaria ainda aquela b