Amber se perguntava por que sua mãe estava agindo daquela forma, ódio e choro se misturavam no seu turbilhão de sentimentos. Ela estava muito aflita com tudo, mas estava decidida. Ela iria descobrir o que aconteceu! Naquela noite ela pegou o telefone escondida e ligou para sua inseparável amiga Mary, lhe contou tudo, e por fim estava convicta disto, Mary também estava no caso, precisava de sua melhor amiga ao seu lado. Embora ela tivesse se queixado por uma ou duas vezes, pois Amber não a deixou levar o violão para onde quer que fossem.
O trio agora tinha de expandir suas buscas por pistas, seu cenário não poderia somente cobrir a escola e os três concordaram em passar as tardes de outono à procura de respostas.
Foram até o Dr. Paulo o médico que havia socorrido o pai de Amber naquela fatídica noite. No caminho Mary se esticava para dar uma boa olhada em Billy, ria escondida sobre os cantos da boca e pensava bobagens enquanto olhava de volta para Amber. “Tola, mil veze
Na manhã seguinte Amber havia acordado pela primeira vez com um sorriso estampado sobre seu rosto, não havia mais um resquício de trevas.Seu pai estava tão distante, mas parecia estar sob os seus braços em presença. Mesmo que seus olhos não o vissem ela sentia algo, seu simples e puro sentimento.Seu semblante estava em sua memória e nos seus sentimentos enraizado como uma planta forte. Mesmo que não pudesse o ver ela simplesmente o sentia em sua conciência. Ia para escola pensando, tentando dar ao máximo de si a essa missão.Sabia que havia algo muito importante. Teria de descobrir o que era para seu bem e de todos. A carta e o rolo de metal com o filme eram possivelmente pistas sobre o que estava por vir.Todos os três já tinham se combinado, e Amber sabia quem podia os ajudar naquela ocasião. Havia um jovem de sua sala com quem ela conversava, até que Billy haverá aparecido e ela ficado um tanto distante dele nos últimos dias. O seu nome era Felipe, e
Novamente Amber estava em seu quarto. Chegou na sua casa por volta das vinte e três horas.A noite parecia longa, porém não tão sombria quanto os dias que haviam passado, ela refletia consigo mesma, pensava em seus amigos.Não tinha tantos, mas os que tinha iriam até o universo do meio por ela. Claro, se ela pedisse com “jeitinho”. Talvez fosse melhor assim concluiu. De que adianta tantas pessoas em sua vida se elas de nada lhe servem?Ela adormeceu em sua cama, estava tão confortável. Ninguém para pertubar, numa noite do declínio de maio. As árvores secas batiam os galhos livres na janela, pareciam mãos tentando agarrá-la. Ou talvez pegar de volta suas folhas que haviam recaído sob a grama?No dia seguinte, uma claridade vinha em seu rosto, o sol havia saído. Ela olhou no despertador da escrivaninha. Seis da manhã, não tinha mais sono. Resolveu se levantar. Durante a manhã Amber rabiscava num caderno de desenho, não sabia o que se tornaria ainda aquela b
Amber não costumava fazer visita a meninos, na realidade ela nunca havia visitado a um, mas a situação pedia que ela o fizesse.Quantas vezes um fantasma visita alguém e bate um papo sobre seus deveres, e ainda por ventura conta sobre parte de seu universo?É de fato a mais retórica de todas as perguntas, e por isso Amber não pensou duas vezes antes de cruzar Granada em sua bicicleta rumo à casa de seu amigo exatamente no dia seguinte do ocorrido.Uma tarefa difícil devido às colinas e ladeiras que havia na montanhosa cidade que era composta de pampas.Amber não tinha ido sequer à escola, avisou a Amnesty na manhã daquele dia que estava indisposta devido a uma gripe e deixou bem claro que a “Amarinete” teria de partir sem ela. Parando para pensar ela chegou à conclusão de que nunca havia mentido tão bem assim.Muitas verdades suas eram consideradas mentiras, e suas mentiras eram consideradas verdades. Que espécie de mundo louco é esse afinal? O fat
Abriram a reportagem e começaram a ler:21 de dezembro de 1925...Enquanto aos povos de menores recursos a todos nós meros pobres de Granada, perdemos aos poucos nossas moedas de contos, o prefeito abastecia sua casa com banheiras de cobre mesas de mármore e talheres em puro ouro.O castigo nunca caiu sob a cabeça de quem tem culpa, com uma má gestão de Aphonsus quinto o que compensastes e devolveu ao povo seu direito não fora a compaixão de seu governante e sim o maior dos castigos a este.O povo sofria com o frio e a tuberculose vos atacava, mas dentre a maldade enramada no coração corrupto, seu filho que é atingido pelos estilhaços da doença.Falecendo exatamente a um ano desta matéria.Sua dor no peito de perder seu filho primogênito e único homem a qual deu origem o fez sentir-se podre por dentro, e assim dar ao povo o que se necessitava.Largar assim sua casa luxuosa no alto da colina, por uma mais modesta e ser tão exemplar a p
Bernardo estava calmo, em plenas quinze horas tudo que ele pensava era em ir para casa. O frio sobrenatural que pairava sobre Granada estava cada vez mais forte, e aquela preguiça aguda vinha nas horas calmas de fim de expediente.Francamente um banco em cidade pequena a menos que fosse dia de pagamento não teria tanto movimento. Vez ou outra escapava e ouvia alguma musica no seu walk man. Canções como “Dead Horse” do Guns N’ Roses e uma faixa ou outra do David Bowie como “Modern Love” faziam parte do seu playlist de fitas favorito.Pela falta de movimento Bernardo só havia atendido uma pessoa durante todo o dia. Mas quando estava prestes a ir embora chegou uma senhora.– O que deseja senhora? Algo relacionado com a previdência social? – Pergunta de forma padrão e a esta altura técnica.– Não, na realidade é outra coisa Bernardo.– Perdão! Eu lhe conheço? Nunca vi a senhora aqui na cidade.– Já me viu sim! Embora não saiba disso, já faz mui
Amber sonhou entre as nuvens um barco, seu comandante cadavérico voava sobre a sofisticada máquina, ela via o mundo sob o seu céu. Via a tudo de um ângulo diferente, como se tudo aquilo tivesse algum significado.O barco desce em um plano estranho, sobre coluna uma áurea verde desce á terra e toma forma de sombras, Amber via a tudo, simplesmente via. Mesmo que não entendesse era a telespectadora de um bizarro sonho que parecia ser muito real.Seu sonho remetia a seu futuro como se fosse uma premonição. Não! Ela tinha certeza, aquilo era o presente. Realmente estava acontecendo, mesmo que na mais remota dimensão.Ela acordou pingando de suor, desceu as escadas procurando alguém, mas seu irmão e sua mãe já haviam ido trabalhar.Era como se a conversa que tivera com seu irmão não fizesse a monor diferença. Ela se preparava para ir para a escola, logo o ônibus da motorista Amnesty estaria bem na calçada de sua casa.No caminho da escola via coisas estr
Medo é aquilo que mais agonia o ser humano, com medo as pessoas cometem erros, agem de forma equivocada, e até magoam aos outros.É por isso que o medo é um dos bens mais preciosos aos quais estão guardados no baú dos cavaleiros das sombras.Eu? Eu guardo meu medo no bolso não porque gosto do medo, mas por que não dá para se livrar dele. Não deve se ter medo de ter medo, é algo natural que difere um animal de um ser evoluído.O que fazemos com ele é o que realmente importa, se melhoramos nossa conduta e buscamos uma saída ao qual não só recorra ao medo divino aí sim teremos feito a coisa certa! Se o medo é uma prova, todos têm de passar por ela em algum momento da vida.Todos os quatro jovens estavam na sala de visitas, afinal esperavam pelo inevitável, a tal visita apareceria a qualquer momento com o vindouro declarante de guerra da forma mais ambígua possível.A questão era como viria esse pronunciamento, a expectativa de tudo até de más notícias
Amber decidiu junto a seus amigos que deveriam explorar Granada em busca do pesadelo, todos concordaram mesmo que ainda receosos ao saberem que Billy já havia sido afetado.Junto ao fato do suposto sonho em forma de visão de Amber, ninguém queria cair nas garras do amedrontador senhor dos sonhos. Em suas andanças por Granada viam coisas cada vez mais estranhas fazendas sem gado, pois eles vagavam na estrada, postos de saúde sem funcionários, que simplesmente não iam trabalhar, pois saiam para as ruas para atear fogo em latas.E isso sem contar o medo reforçado nos olhos de cada um.Amber queria entender melhor seus sonhos, descobrir o porquê de ela ver o que via e ainda ter o fardo de desmascarar essas forças, ainda por cima necessitava descobrir o que houve com seu pai.As pistas pareciam novamente escassas, mas é justamente nessas horas que para sua sorte ela aparece. A senhora de mantos negros caminhava sob a estrada bem em frente aos jovens, ela vinha