Laura Martins:O sol está alto no céu, lançando seus raios dourados sobre a ilha. O ar é fresco, carregado com o cheiro salgado do oceano e o som relaxante das ondas. Fernando nos guia com confiança, sua mão firme segurando a minha, enquanto Maya corre na frente.— Uau, fico encantada com cada parte que vejo — comento, observando a beleza ao meu redor, mas atenta ao que Maya faz. A vegetação exuberante, com árvores altas e flores coloridas espalhadas por toda parte, é deslumbrante.— Estou feliz que você goste — Fernando responde. Sorrio em resposta para ele. Depois de mais alguns minutos de caminhada, chegamos a uma pequena vila, onde observo as casas de madeira pintadas com cores vivas. As pessoas nos cumprimentam com sorrisos calorosos e olhares curiosos. Vejo vários barcos de pesca chegando e partindo para o mar.— Mamãe, posso brincar lá? — Maya pergunta, apontando para um pequeno parquinho no centro. Assinto, e ela corre para se juntar às outras crianças. Ao chegar, ela fica me
Fernando Duarte:— Fernando? — Ouço Laura murmurar, sua voz embotada pelo sono.Termino de colocá-la suavemente sobre a cama e me sento ao seu lado. Laura abre os olhos lentamente, ajustando-se à escuridão do quarto.— Sim — respondo, acariciando sua bochecha com o polegar.— Onde estamos? Cadê Maya? — Ela pergunta, sentando-se rapidamente na cama, seus olhos vasculhando tudo o ambiente. Seu peito sobe e desce rapidamente, mas sua respiração se acalma ao reconhecer o quarto e ver Maya deitada ao seu lado na cama. — Como... — sua voz some, ainda grogue do sono.— Você dormiu na praia — explico, preenchendo a lacuna. — Não quis acordá-la, então a trouxe para dentro, pois o cansaço em seu rosto era nítido. No caminho, Maya também ficou com sono, então trouxe as duas para cá sem acordá-las.— Obrigada — Laura agradece, com um pequeno sorriso.— Disponha, amorzinho — crio coragem para chamá-la assim, com um apelido de namorados. Laura ergue ambas as sobrancelhas, surpresa, permanecendo em
Fernando Duarte:Caminho com Laura até a cama, sem parar o beijo nem por um momento, sentindo a urgência e o desejo crescerem a cada segundo dentro de mim. Ao chegamos, suavemente a deito no centro, de costas sobre os lençóis macios e me posiciono por cima dela, mantendo nossos lábios colados.O calor de seu corpo contra o meu é uma sensação inebriante, fazendo minha mente girar. Uma mão minha desliza pela lateral-esquerdo do seu corpo, explorando suas curvas, enquanto continuo a beijá-la com uma fome crescente.Laura geme suavemente contra meus lábios, suas mãos explorando meu peito, se aventurando por cada contorno. Sinto suas unhas arranhar levemente minha pele, enviando uma onda de prazer por todo o meu corpo. Meus lábios se movem dos seus, trilhando sua mandíbula e descendo para o seu pescoço, planto beijos quentes e molhados por sua pele macia.— Fe-Fernando — ela murmura, sua voz rouca de desejo enquanto vira a cabeça, me dando acesso.Paro o beijo e admiro o rosto dela corado,
Fernando Duarte:Volto a beijá-la, com ternura e paciência. Nossos lábios se moldando novamente, mas desta vez com uma suavidade que reflete a profundidade dos nossos sentimentos. Minhas mãos exploram seu corpo com cuidado, evitando o seio que sei que a incomoda. Em vez disso, concentro-me em fazê-la sentir-se amada e desejada de outras maneiras.Beijo seu pescoço, descendo lentamente até sua clavícula, cada beijo uma promessa de cuidado e respeito. Laura suspira, seus dedos enredando-se em meu cabelo, puxando-me para mais perto. Sinto o calor de seu corpo contra o meu, e isso só intensifica meu desejo de protegê-la e cuidar dela.Paro de beijá-la e olho profundamente para os seus olhos castanhos. Ela sempre teve um olhar tão afiado e desafiador, mas agora parece tão doces e inocente, que me deixa intrigado e fascinado com esse lado. Com a ponta do dedo, traço um caminho do vale de seus seios até o estômago, em momento nenhum desvio o olhar. Laura também continua me fitando, nossos olh
Fernando Duarte:Eu me pergunto o que estou fazendo da minha vida. Por que me sinto tão dependente da companhia de Laura sempre que ela se afasta? Por que fico encarando a sua foto e criando vários planos do que faremos na próxima vez que nos encontramos.Sinto minha boca seca enquanto meu corpo ainda exibe os tremores finais da intensidade do prazer. Laura abre e fecha a boca várias vezes, como se as palavras estivessem presas no fundo de sua garganta. Seu olhar é um misto de emoções, e quero que ela saiba que está tudo bem.Acaricio seu rosto e sorrio, para tranquilizá-la. Não me arrependo do que disse. Eu a amo, admito isso para mim mesmo. E, por mais que agora eu confesse com todas as palavras, não vou forçá-la a fazer o mesmo. Cada indivíduo tem seu próprio tempo, e não vou pressioná-la. Sei que a cada dia que passa, Laura está mais e mais entregue a mim, e essa noite apenas confirma isso. Estou domando a minha dragãozinha.Rolo para o lado, nos desconectando, no mesmo instante me
Fernando Duarte:Meus pais se casaram quando tinham vinte e cinco anos, depois de um ano, eu nasci. Quando completei treze anos, as brigas dos meus pais ficaram cada vez mais e mais intensas, até que o meu pai saiu de casa. Por conta da empresa, eles não assinaram o divorcio, então entraram em acordo, cada um vivia a sua maneira, mas na frente dos outros, fingiam-se de casal perfeito. E foi assim até os meus quatorze anos, quando a minha mãe apareceu grávida da minha irmã, Fernanda.Artur se mudou para a casa da minha mãe, eu não gostava dele, o culpava pela separação dos meus pais. E, eu achava que a minha mãe era a única culpada porque o meu pai nunca apareceu com outra mulher, enquanto um ano depois, minha mãe ficou grávida e colocou outro homem dentro de casa.Meu pai foi ficando cada vez mais distante de mim, minha mãe queria o divorcio para poder se casar com o Artur, mas o meu pai se recusava a dar. Essa briga durou até eu completar dezoito anos e Fernanda quatro. Apesar de tud
Fernando Duarte: — Essa foi a notícia mais incrível que eu recebi desde que havia me casado. Uma lágrima escorre de meu rosto, ao lembrar da felicidade sem tamanho que explodiu em meu peito ao saber que teria um filho. Trato de secar a lágrima, engulo o bolo na minha garganta e então continuo a contar. — A minha família ainda não sabia do divórcio, então apenas deixei esse assunto para lá e voltamos ao casamento de aparências. Eu não havia acreditado que o bebê era meu, mas ela me mostrou um exame e a data batia com a vez que transamos, então aceitei. Eu nunca mais a procurei, nunca mais tentei puxar conversas que não fossem relacionadas ao bebê, apenas fiz meu papel para ser um bom pai, a acompanhei em todas as consultas e montei o quartinho eu mesmo quando soube que era uma menina. O tempo foi passando, Alana foi ficando cada vez mais triste e falando menos, passava o dia inteiro no quarto. Nesse tempo, nenhuma
Fernando Duarte: Nossa respirações entrecortadas se misturam, e eu sinto cada fibra do meu ser se concentrar na mulher maravilhosa que tenho em meus braços. Seus lábios já carnudos estão bem mais inchados contra os meus, seus dedos acariciam a minha nuca com movimentos carinhosos do seu polegar sobre os fios. — Maya! — Laura exclama, aflita, mesmo sem a luz ligada, sei que os olhos delas estão arregalados que nem os meus. Estavamos tão imersos um no outro que esquecemos que tinha uma criança pequena bem no quarto da frente. Laura sai apressada de cima de mim, se eu não a segurasse, ela teria caído de cara do chão. Ligo a luz do abaju e também me levanto da cama. Pesco minha cueca do chão, e quando vou vesti-la, o que vejo me faz congelar. Sangue. Sangue seco por meu membro e virilha. — Por que tem sangue no meu pau? — Questiono alto, a aflisão evidente em minha voz. Olho atentamente, segurando e mexendo-o para analisar cada centímetro do meu cumprimento, verificando o que foi que