Nathan: | Bom dia. | Como você tá? Belle: Bom dia.| Eu costumava achar essa frase bem idiota, porém o "bem melhor agora" está começando a fazer sentido. | E aí, como tá sendo viajar a trabalho com os pais? | Jugkook: | Eu consigo imaginar milhares de coisas melhores para estar fazendo no momento. | Eu não consigo pensar em nada pior, na verdade. Belle: Haha não deve ser tão ruim. | Pelo menos você saiu da cidade. É bom respirar novos ares. | Nathan: |Não é como se eu pudesse aproveitar. Nós só ficamos no hotel e por enquanto saímos apenas para encontrar com algum sócio careca de meia idade sem senso de humor. Belle: Imagino... | Deve ser realmente bem difícil ficar em um hotel de luxo. | Nathan: | Haha sabia. | Não seria tão ruim se você estivesse nele comigo. Belle: Nathan você está tentando me seduzir, huh? | Nathan: | Ah, mas isso eu já fiz cof cof | Belle: Mas que metido! | Nathan: | Só às vezes. Belle: E quando você volta? | Nathan: | Só um
Nathan: | Desculpe a demora. Já estou chegando. Belle: Relaxa, eu estou acostumada com atrasos. | Geralmente causados por mim. | Mas me esquece por uns minutos, por favor, e preste atenção no caminho. | Se você se matar por causa desse celular, eu te mato! | Nathan: | Você fica linda com esse rostinho de preocupação. Nem consegui absorver direito suas palavras quando Nathan surgiu ao meu lado segurando minha cintura e beijando minhas bochechas agora em chamas. - Receio que fui um garoto muito imprudente que precisa ser castigado. Estar ali em seus braços novamente, sentindo o calor que eu tanto ansiava e ouvindo cada palavra emitida por sua boca, fazia meu coração acelerar cada vez mais. Era uma sensação engraçada porque era como se o meu corpo não ouvisse mais a mim e seguisse as ações de Nathan. Era ele e somente ele o responsável por fazer meu sangue circular tão freneticamente apenas c
Eu devo ser a pessoa mais azarada desse mundo! Mas o que diabos Pedro estava fazendo aqui, ainda mais com o Nathan? Situações como esta me faz questionar o porquê eu ainda insisto em levantar da cama quando o mundo está claramente gritando para eu ficar lá. - Vocês já se conhecem? – Questionou Nathan confuso ao observar a tensão que emanou entre nós. Vai lá mundo, tudo o que você precisa fazer agora é explodir! - Nós... – cocei a nuca tentando encontrar uma frase melhor do que "nos pegamos alguns anos atrás". – Estudamos na mesma universidade. – Disse por fim. - Sério? Nossa, que mundo pequeno! – Nathan riu achando graça. Que engraçado! Odeio minha vida. – Senta aí, JP. Estou morrendo de fome! - Claro. Sorri para Nathan que ingenuamente olhava o cardápio enquanto JP ainda sem jeito se sentava ao seu lado. Aquela era sem dúvida uma das cenas mais estranhas que eu já tinha vivenciado. De todas os únicos três homens que eu gostei na vida, dois eram amigos e um deles eu tinha s
Olhei para Pedro que pela terceira vez naquele dia pareceu notar que eu não era invisível. Eu não sabia o que dizer. Ele, por sua vez, suspirou antes de comentar rapidamente: - Nós dois saímos alguma vezes. Desculpe-me, eu não tinha ideia. - Quê?! – Exclamou o homem surpreso. - Mas foi há muito tempo. – Tentei. - Ai meu Deus, quê?... Quando?... Espere. Isabelle. – Ele não estava me chamando, parecia que estava refletindo sobre algum nome que já tinha escutado anteriormente. - Eu realmente sinto muito, Nathan. Acho melhor eu ir embora. Obrigado pelo jantar. – Disse Pedro ao se levantar. - Nos vemos amanhã. E assim ele saiu sem nem me dizer tchau. Suspirei fechando meus olhos por um segundo enquanto tentava absorver o que tinha acabado de acontecer. Quando abri meus olhos vi Nathan piscando atônito tentando encaixar todas as peças no lugar. - Nathan eu... - Eu te levo para casa. – Ele não demonstrou nenhuma reação. Assim que Nathan pagou, seguimos até seu carro em silêncio. Er
Três dias haviam se passado desde que eu falara com Nathan pela última vez. Nenhuma ligação, nem mesmo uma mensagem. Um total de zero contato. Isso me deixava inquieta. Eu não sabia o que fazer, nunca tinha passado por isso antes. Quando algo dava errado eu geralmente ignorava porque não me importava o suficiente. Ok, agora eu estou começando a achar justo estar numa situação assim. Será que eu devo fazer uma lista de possíveis pessoas que eu magoei? Será que teve mais de uma? Que droga! Exceto sexta, que minha rotina me obrigou a sair de casa, o resto do tempo inteiro eu permaneci no quarto deitada com o celular ao lado na esperança de que ele tocasse, mas ele nunca tocou e isso me deixava frustrada. Eu não queria ultrapassar o espaço que Nathan precisava para pensar sobre o assunto, e também ficava com medo de interferir de algum modo em seu relacionamento com JP, por isso, não fiz nada a não ser desejar que tudo aquilo se resolvesse logo. Eu me recordo da primeira vez que Lia
Em segundos meu sangue começou a circular cada vez mais depressa e um medo estranho surgiu em meu estômago se alastrando para o resto do meu corpo. Me forcei a olhar para a tela e apertar o botão vermelho para finalizar a ligação, mas a tela havia travado e os segundo continuavam se passando enquanto o chiado ficava mais alto. Pressionei novamente o botão umas centenas de vezes, mas nada mudava então por impulso e, na maior parte, medo, joguei o aparelho para longe de mim. – Ai! – Lia gritou ao quase ser atingida. – Você está maluca? – Ela apressou-se desesperada para examinar a tela de seu celular. – Ótimo! – Suspirou aliviado. – Você tacou o meu celular? – Sua voz cresceu uma oitava. – Desculpe, foi sem querer. – Quem taca um celular longe sem querer? – Sua voz ainda não assumia o tom habitual. – Eu ué. – Me aproximei para observar a tela e me certificar que a ligação terminara, mas Lia continuou protegendo seu celular incerta se me deixava chegar mais perto. – Deixa só eu ver
– Hey. – Cumprimentei. – Oi. – Ele estava sério, mas não parecia tão frio como da última vez. – Posso me sentar? – Perguntei apontando para o pequeno espaço ao seu lado. – Claro. – Ele se afastou para que eu pudesse me aproximar. – Bom, acho que é melhor eu começar me desculpando, não é? – Droga, qual era a ordem mesmo? – Eu sei que eu fui idiota com você e eu realmente sinto muito. Eu não posso dizer ao certo o que aconteceu porque eu tenho muita dificuldade de entender tudo isso, mas eu gostava de você e eu tenho certeza disso. Não que te dizer isso agora sirva de alguma coisa. – Então por que você sumiu do nada? Eu te liguei. – Eu sei. E eu não atendi. Desculpe por isso também. Eu... acho que você me deixou assustada. – Assustada? Por quê? – Olhei para Pedro que examinava algum ponto distante tentando encaixar todas as peças no lugar. – Eu odeio gostar de pessoas. Eu odeio muito, tipo muito mesmo. Eu me sinto controlada e vulnerável. Eu sinto como se minha vida não tivesse
Conversar com Pedro foi uma das coisas mais difíceis que eu já fiz na minha vida. Assumir a culpa é constrangedor, ainda mais quando ela não deixa nenhuma dúvida de que ela é somente sua. No entanto, nada é mais constrangedor do que estar sentado ao lado de Pedro enquanto Nathan vem me buscar. Pedro e Nathan dão certo, Nathan e Belle dão certo, Pedro e Belle, de certa forma, deu certo, mas colocar os três juntos era sinônimo de fracasso. Dois minutos de cumprimentos informais foi o máximo que aguentei antes de me levantar, me despedir do homem e sumir no carro de Nathan. A volta ao meu apartamento, diferentemente, foi tranquila e agradável. Às vezes quando tudo está horrível, tudo o que você quer fazer é fechar os olhos e esquecer por alguns minutos todas as coisas ruins que te aconteceram. A conversa era necessária, mas olhar Nathan e pensar que estava tudo bem era o que eu mais ansiava naquele momento. Nós conversamos sobre como tinha sido encontrar com Pedro, mas o futuro permanece