— Podemos reportar!? — pediu May, antes que todos levantassem.— Claro… O que houve? — indagou Chase, intrigado, olhando-a.— Diga, Ftisis… Adoramos ouvir sua voz. — Aldous sorriu.— Obrigada, pai. Tivemos contato com um rumor ontem… foi rápido, mas me intrigou. Uma guerra entre sétima e décima quarta escadaria. Não me envolvi para não atiçar. Anaideia não veio, então presumo que ela entendeu não ser coisa nossa, estou preocupada.— Foi realmente atípico. — Amos disse. — Sabemos que os degraus são maldosos, especialmente conosco, mas foi estranho… Algo como uma coleta de intenções. Houve polarização em meio ao rumor e pouco da corrupção da informação, observada comumente, ocorreu.— Nossa! Estão tentando me matar! — Aldous riu. — Acabei de chegar e descobri que estou em guerra… e com a minha superior!— Megalopsiquia — afirmou Chase, olhando Sigmund.— Sei que a vimos, mas não está nas páginas da minha memória, Epifron! — disse Sigmund, olhando-o. — Posso indagar, se quiserem…— Só pr
Samina dormiu por duas horas, um sono calmo. Sigmund usou do tempo em que ela dormiu para recompôr-se, enquanto tomava do vinho.Ela acordou calma, sentou, olhando ao redor.— Bom dia. — Sigmund entregou-lhe a taça.— Acabei- — Ela interrompeu-se, voltando a ficar abismada ao vê-lo. — Nossa! Ai, voltei a me repetir! — riu de si mesma.— Imagino que o pasmar demorará a passar. — O menino riu.— Eras! Estou feliz que está bem e parece bem.— Pareço porque estou. Muito aconteceu; me destruí e reconstruí… e continuaremos constantemente… Até obtermos nosso melhor.— Está evoluindo eximiamente bem. Fico feliz que, em meio a tanto, a minha memória sobreviveu em você! Soa egocêntrico, eu acho.— Não é. Não ficou óbvio, mas você fez diferença; me fez refletir… As palavras da mãe nos tocaram e hoje entendo que nunca diferiria porque ela sempre nos tocará. Contudo, suas palavras cessaram minha teimosia. Sou grato, isto a dá significado maior e por isto cuidarei de ti.— Não fiz nada que nenhum o
Aldous apertou o pescoço de Alexa, trincando os dentes.As agulhas animaram-se em sua direção.Contudo, bastou um badalar dos sinos e ele caiu, desacordado.A negra chuva espalhou as agulhas pelo salão.Chase correu para acudi-lo.— Realmente queria saber porquê. Saber o que lhe fizemos de tão errado. Nada na minha cabeça justifica! — disse Chase, com a voz baixa, acuada. — Posso levar meu pai ao quarto ou temos julgamento?— Ele tentou me matar! — exclamou, abismada.Chase fechou os olhos, pegando Aldous no colo.— Você só precisava ir embora! Então, temos um julgamento ou não?— Julgamos individualidade… se analiso corretamente, ele pressionou.— O pai não está em condições, Anaideia.— Peça para Althea cuidar e deixá-lo em condições. Posso acusá-lo de alta traição apenas por tentar me matar! — disse, autoritária, saindo.Uma azulada lágrima caiu dos olhos de Chase, ele silenciou e seguiu ao quarto de Aldous, deitando-o em sua cama.— Preciso que me ajude — pediu, tirando Algos do p
Findado o solene momento de orações, todos dispersaram em silêncio.Althea tomou Aldous pelo braço e seguiu com ele ao seu quarto.— Seja moderado nos próximos dias, amor meu — pediu, sentando com ele na cama e convidando-o a deitar sua cabeça em seu colo.— Serei… Preciso me preparar para outra, não!? — arguiu, retóricoCabisbaixo, o mestre fechou os olhos, desejando sentir as carícias no lugar de prestar atenção em seus próprios pensamentos pessimistas.— Sim, precisa. Pode pedir ajuda aos outros guardiões para diminuir sua carga de trabalho… — aconselhou, preocupada.— Se a queda é uma certeza, não posso. Basta vitimar um e nenhum de nós suporta. Epifron parece cansado. Se Anesiquia esteve tão próximo ao abismo, não posso confiar na estabilidade de ninguém.— Lembre-se que sempre estarei aqui por ti. Lembre-se de me ouvir e bastará para eu puxá-lo de volta aos meus braços — sorriu, positiva.— Só queria que não fosse necessário — desabafou.— Queríamos, amor meu, mas você não se pe
Naquela direção! Era como soava o impulso que guiava Aldous.Uma leve dor de cabeça o incomodava dada a poluição sonora, mas o intenso impulso e o leve prazer auxiliavam-no a suportar a suave dor.O solo a frente tinha algumas manchas, dando peso aos seus passos.Numa tentativa de enganar-se, Aldous seguiu devagar para não ter a terrível sensação que a mancha estava aumentando muito rápido.Parou sobre um grupo de rapazes.O combustível do impulso que o guiou àquele local, apresentou-se como uma bela mulher com claras manchas rubras em seu corpo.Aldous engoliu seco, sentindo um frio passear por sua espinha. Antevendo a falta do ar, ele cuidou para manter-se dono de sua respiração, expirando e inspirando, lenta e calmamente.Numa visão superficial, era uma jovem junto a outros jovens.Resumiu o pequeno grupo a um embrulho de vida desperdiçada. Não porque se rebelavam pacificamente, mas, porque em meio ao desperdício de suas vidas — execrável, por si só! —, ainda lesavam a luta de outr
Aflição tocou Sigmund, quando Loucura tangeu seu revoltado eu.“Está bem?”, ele preocupou-se.“A Loucura do mestre vaza… não consigo manter obstruído por muito mais. Se romper, será intenso! Precisa não ceder, monge!”, pediu, irascível.A voz levou confusão aos sentidos de Sigmund que, tonto, apoiou-se em Fitz. Uma suave dor correu seu corpo, arrepiando-o.— Herdeiro, consegue lidar? — perguntou Fitz, pegando-o no colo.O escarlate passeou na íris de Sigmund, ora presente, ora ausente.— Desculpa, Profasis! — pediu, realizando o exercício com a respiração, antevendo a problemática com o ar.Quando tudo ao seu redor enrubesceu, Sigmund fechou os olhos e abraçou o pescoço de Fitz, tentando manter-se agarrado a realidade.Não tardou para o intenso som do festival ser abafado pelas G10.Fitz deitou a cabeça de Sigmund em seu ombro e tapou o ouvido do menino, usando energia para isolá-lo, ao menos, sonoramente.O contrabaixo seguiu, animado por sua sinfonia, ao seu lado.“Pseudos, como est
As almas continuaram chegando na sétima escadaria, felizmente numa velocidade tolerável e possível de suportar. Terminando sua breve refeição, Sigmund voltou ao salão principal e sentou à pequena mesa.Observou Laura, Chase, Latisha, Delano e Aldric trabalhando por todas as horas em que permaneceu sentado.Observou quando Fitz e Byron passaram no corredor, rumo à cozinha; mas não tardaram para voltar a reclusão em seu quarto.Ouvindo a flauta de Althea soando ao longe, Sigmund recostou-se e acabou cochilando com o conforto transportado por ela.Quando o número de almas chegando a escadaria voltou ao normal, Chase foi ao quarto banhar-se, cumprimentou todos e deixou a escadaria.Sigmund despertou assustado, olhando ao redor; mas ao observar estar exatamente onde adormecera, seguiu ao seu banho e sentou à beira do salão principal, com seu saung no colo.Com tanto trabalho na sétima escadaria, poucos se atreviam a passar a frente do salão. O menor fluxo deu a paisagem, já bela, esplendor
Aldous e Sigmund seguiram ao quarto. Ao entrar, o mestre encarregou-se de ativar todos os muitos selamentos do aposento.O menino olhou ao redor, apreensivo, mas o cumprimentou:— Mestre.— Sente, servirei vinho. Aproveite para quebrar o monge! — Aldous disse, indo servir vinho a ambos.Antes que o pobre monge conseguisse indagar, o som da porcelana quebrando anunciou seu adormecer.— Mestre. É bom conhecê-lo! — O menino sorriu.— Sei o quanto é fortuito conhecer-me! — sorriu, entregando-o a taça cheia e sentando em sua frente.— Ainda não posso afirmar tudo o que sei e tudo o que faço. Tudo que fiz, naquela vida seguiu trançando-se, enlaçando-se aos muitos eventos que sucederam minha estadia aqui.— Há muito favoritismo em relação a ti, criança. Os motivos são óbvios, muito preparastes, naquele momento, para chegar aqui e conseguir o que quer. O ponto primeiro é: o que quer?— Gosto da minha casa. Só quero ficar e garantir que tenhamos mínima dignidade, talvez; ou somente o sossego n