Findado o solene momento de orações, todos dispersaram em silêncio.Althea tomou Aldous pelo braço e seguiu com ele ao seu quarto.— Seja moderado nos próximos dias, amor meu — pediu, sentando com ele na cama e convidando-o a deitar sua cabeça em seu colo.— Serei… Preciso me preparar para outra, não!? — arguiu, retóricoCabisbaixo, o mestre fechou os olhos, desejando sentir as carícias no lugar de prestar atenção em seus próprios pensamentos pessimistas.— Sim, precisa. Pode pedir ajuda aos outros guardiões para diminuir sua carga de trabalho… — aconselhou, preocupada.— Se a queda é uma certeza, não posso. Basta vitimar um e nenhum de nós suporta. Epifron parece cansado. Se Anesiquia esteve tão próximo ao abismo, não posso confiar na estabilidade de ninguém.— Lembre-se que sempre estarei aqui por ti. Lembre-se de me ouvir e bastará para eu puxá-lo de volta aos meus braços — sorriu, positiva.— Só queria que não fosse necessário — desabafou.— Queríamos, amor meu, mas você não se pe
Naquela direção! Era como soava o impulso que guiava Aldous.Uma leve dor de cabeça o incomodava dada a poluição sonora, mas o intenso impulso e o leve prazer auxiliavam-no a suportar a suave dor.O solo a frente tinha algumas manchas, dando peso aos seus passos.Numa tentativa de enganar-se, Aldous seguiu devagar para não ter a terrível sensação que a mancha estava aumentando muito rápido.Parou sobre um grupo de rapazes.O combustível do impulso que o guiou àquele local, apresentou-se como uma bela mulher com claras manchas rubras em seu corpo.Aldous engoliu seco, sentindo um frio passear por sua espinha. Antevendo a falta do ar, ele cuidou para manter-se dono de sua respiração, expirando e inspirando, lenta e calmamente.Numa visão superficial, era uma jovem junto a outros jovens.Resumiu o pequeno grupo a um embrulho de vida desperdiçada. Não porque se rebelavam pacificamente, mas, porque em meio ao desperdício de suas vidas — execrável, por si só! —, ainda lesavam a luta de outr
Aflição tocou Sigmund, quando Loucura tangeu seu revoltado eu.“Está bem?”, ele preocupou-se.“A Loucura do mestre vaza… não consigo manter obstruído por muito mais. Se romper, será intenso! Precisa não ceder, monge!”, pediu, irascível.A voz levou confusão aos sentidos de Sigmund que, tonto, apoiou-se em Fitz. Uma suave dor correu seu corpo, arrepiando-o.— Herdeiro, consegue lidar? — perguntou Fitz, pegando-o no colo.O escarlate passeou na íris de Sigmund, ora presente, ora ausente.— Desculpa, Profasis! — pediu, realizando o exercício com a respiração, antevendo a problemática com o ar.Quando tudo ao seu redor enrubesceu, Sigmund fechou os olhos e abraçou o pescoço de Fitz, tentando manter-se agarrado a realidade.Não tardou para o intenso som do festival ser abafado pelas G10.Fitz deitou a cabeça de Sigmund em seu ombro e tapou o ouvido do menino, usando energia para isolá-lo, ao menos, sonoramente.O contrabaixo seguiu, animado por sua sinfonia, ao seu lado.“Pseudos, como est
As almas continuaram chegando na sétima escadaria, felizmente numa velocidade tolerável e possível de suportar. Terminando sua breve refeição, Sigmund voltou ao salão principal e sentou à pequena mesa.Observou Laura, Chase, Latisha, Delano e Aldric trabalhando por todas as horas em que permaneceu sentado.Observou quando Fitz e Byron passaram no corredor, rumo à cozinha; mas não tardaram para voltar a reclusão em seu quarto.Ouvindo a flauta de Althea soando ao longe, Sigmund recostou-se e acabou cochilando com o conforto transportado por ela.Quando o número de almas chegando a escadaria voltou ao normal, Chase foi ao quarto banhar-se, cumprimentou todos e deixou a escadaria.Sigmund despertou assustado, olhando ao redor; mas ao observar estar exatamente onde adormecera, seguiu ao seu banho e sentou à beira do salão principal, com seu saung no colo.Com tanto trabalho na sétima escadaria, poucos se atreviam a passar a frente do salão. O menor fluxo deu a paisagem, já bela, esplendor
Aldous e Sigmund seguiram ao quarto. Ao entrar, o mestre encarregou-se de ativar todos os muitos selamentos do aposento.O menino olhou ao redor, apreensivo, mas o cumprimentou:— Mestre.— Sente, servirei vinho. Aproveite para quebrar o monge! — Aldous disse, indo servir vinho a ambos.Antes que o pobre monge conseguisse indagar, o som da porcelana quebrando anunciou seu adormecer.— Mestre. É bom conhecê-lo! — O menino sorriu.— Sei o quanto é fortuito conhecer-me! — sorriu, entregando-o a taça cheia e sentando em sua frente.— Ainda não posso afirmar tudo o que sei e tudo o que faço. Tudo que fiz, naquela vida seguiu trançando-se, enlaçando-se aos muitos eventos que sucederam minha estadia aqui.— Há muito favoritismo em relação a ti, criança. Os motivos são óbvios, muito preparastes, naquele momento, para chegar aqui e conseguir o que quer. O ponto primeiro é: o que quer?— Gosto da minha casa. Só quero ficar e garantir que tenhamos mínima dignidade, talvez; ou somente o sossego n
— O santo fez bem usando de nossa amiga. Seu alvo será instruído a usar da dor para desestabilizá-lo, ensandecê-lo; se tocá-lo, tentará usar tudo que lhe aflige para derrubá-lo. Por isso, monge, entregue-me tudo o que ama, tuas convicções… logo, devolverei! — Aldous iniciou um mórbido Presto que deu aos sentidos de Sigmund confusão.“Eu as tomo para mim!”, o insano disse ao mestre.— Ótimo! — Aldous assentiu com a cabeça.Um estalo na cabeça do monge o causou uma hemorragia nasal e uma vez mais, ele viu-se desnudo de identidade. Diferente da confusão que sentira, apenas sentiu indiferença frente ao branco.— Terá tempo. Teu corpo produz energia em demasia, graças ao caminhar nas insanas veredas! Dificilmente, uma alma como a tua, chega à minha casa e sinto-me lisonjeado por apreciar a existência pessoalmente.Sigmund distraiu-se, olhou para Aldous e Fitz o atingiu, felizmente a velocidade do embate era muito lenta para causar quaisquer feridas.O menino olhou para Fitz e confusão tomo
— Foi realmente sábio deixar Pseudos ir com o herdeiro, meu pai? — indagou Chase, seguindo com Aldous ao quarto. — Ele, meio que, não tem juízo nenhum… isso pode se tornar problemático, bem rápido.— Pseudos tem tato para lidar com quaisquer adversidades que surgirem, logo, sim, foi sábio. Preocupa-se em demasia, Epifron.— É complexo… Deixarei todos preparados para uma reunião, caso tudo dê drasticamente errado.— Não haverá erro. Amar é complexo… e Anaideia sabe. — Sentou na cama, fitando o altar. — Na situação do herdeiro, no momento da vida em que está, é mais difícil! Saber que alguém pode odiar o que amamos, não invoca mero ódio. É o ápice de nossa melancolia.— O quanto presume que ela cederá por causa disso?— Ela foi Lírio, Epifron… A sensibilidade nunca foi embora… Pode ser uma das poucas vezes em que Anaideia será tocada por nossa tristeza.Chase serviu meia taça de vinho para ambos.— O herdeiro destacou livros na biblioteca; apesar de ter organizado ao sair, ainda me pare
— Se continuarem crendo que devem fazer mal a tudo que amo… tudo dará errado! — O menino desabafou, derramando vítreas lágrimas.— Não podem tocar o que amamos… — Ela acariciou sua cabeça.Sigmund chorou por muito tempo, incansavelmente.As lágrimas vertendo de seus olhos apaziguavam o cenário, escoavam o rubro e retornavam normalidade ao vasto deserto.— Posso cuidar de ti? — pediu, deitando-o. — Feriu-se muito… antes de acordar é necessário cuidado.Ele apenas assentiu e fechou os olhos.Usando muita energia, ela lidou com todas as feridas do pobre monge.— Individualidade tentará me matar? — arguiu, ao terminar.— Não.— Precisa de cuidados. Posso ajudar.— Não creio ser seguro.— É seguro. — Ela riu.Desconfiado, ele aproximou-se com cautela.Estava trêmulo, os muitos veios rubros em seu corpo estavam agitados e ele os consumia numa velocidade lenta; afinal era muito intenso.— Logo passa… consigo lidar… só preciso de tempo.— Se prefere lidar com a Loucura, tudo bem. Posso ver se