— O santo fez bem usando de nossa amiga. Seu alvo será instruído a usar da dor para desestabilizá-lo, ensandecê-lo; se tocá-lo, tentará usar tudo que lhe aflige para derrubá-lo. Por isso, monge, entregue-me tudo o que ama, tuas convicções… logo, devolverei! — Aldous iniciou um mórbido Presto que deu aos sentidos de Sigmund confusão.“Eu as tomo para mim!”, o insano disse ao mestre.— Ótimo! — Aldous assentiu com a cabeça.Um estalo na cabeça do monge o causou uma hemorragia nasal e uma vez mais, ele viu-se desnudo de identidade. Diferente da confusão que sentira, apenas sentiu indiferença frente ao branco.— Terá tempo. Teu corpo produz energia em demasia, graças ao caminhar nas insanas veredas! Dificilmente, uma alma como a tua, chega à minha casa e sinto-me lisonjeado por apreciar a existência pessoalmente.Sigmund distraiu-se, olhou para Aldous e Fitz o atingiu, felizmente a velocidade do embate era muito lenta para causar quaisquer feridas.O menino olhou para Fitz e confusão tomo
— Foi realmente sábio deixar Pseudos ir com o herdeiro, meu pai? — indagou Chase, seguindo com Aldous ao quarto. — Ele, meio que, não tem juízo nenhum… isso pode se tornar problemático, bem rápido.— Pseudos tem tato para lidar com quaisquer adversidades que surgirem, logo, sim, foi sábio. Preocupa-se em demasia, Epifron.— É complexo… Deixarei todos preparados para uma reunião, caso tudo dê drasticamente errado.— Não haverá erro. Amar é complexo… e Anaideia sabe. — Sentou na cama, fitando o altar. — Na situação do herdeiro, no momento da vida em que está, é mais difícil! Saber que alguém pode odiar o que amamos, não invoca mero ódio. É o ápice de nossa melancolia.— O quanto presume que ela cederá por causa disso?— Ela foi Lírio, Epifron… A sensibilidade nunca foi embora… Pode ser uma das poucas vezes em que Anaideia será tocada por nossa tristeza.Chase serviu meia taça de vinho para ambos.— O herdeiro destacou livros na biblioteca; apesar de ter organizado ao sair, ainda me pare
— Se continuarem crendo que devem fazer mal a tudo que amo… tudo dará errado! — O menino desabafou, derramando vítreas lágrimas.— Não podem tocar o que amamos… — Ela acariciou sua cabeça.Sigmund chorou por muito tempo, incansavelmente.As lágrimas vertendo de seus olhos apaziguavam o cenário, escoavam o rubro e retornavam normalidade ao vasto deserto.— Posso cuidar de ti? — pediu, deitando-o. — Feriu-se muito… antes de acordar é necessário cuidado.Ele apenas assentiu e fechou os olhos.Usando muita energia, ela lidou com todas as feridas do pobre monge.— Individualidade tentará me matar? — arguiu, ao terminar.— Não.— Precisa de cuidados. Posso ajudar.— Não creio ser seguro.— É seguro. — Ela riu.Desconfiado, ele aproximou-se com cautela.Estava trêmulo, os muitos veios rubros em seu corpo estavam agitados e ele os consumia numa velocidade lenta; afinal era muito intenso.— Logo passa… consigo lidar… só preciso de tempo.— Se prefere lidar com a Loucura, tudo bem. Posso ver se
— Herdeiro… — A voz de Latisha despertou Sigmund.O cheiro de comida fez seu estômago agitar-se.— Himeros!? — Sigmund sentou, estranhando.Latisha estava ajoelhada próxima a ele e a refeição, responsável por agitar seu estômago, estava sobre uma bandeja ao lado dela.— Está bem? — indagou, com olhar curioso.— Sim. O que houve?— Não sei. Trouxe sua refeição. O mestre deixou. — Ela sorriu.— Obrigado. — Sigmund tornou a estranhar o cuidado.— Não está envenenada, não se preocupe!— Jamais pensaria que me envenenaria…— Que bom que sabe! Hibris e Ftisis te envenenariam… — riu. — Talvez Epifron… mas com ele é fácil saber, se observá-lo agitado, pode ter certeza que ele está pensando nesse tipo de brincadeira.— Envenenar alguém é brincadeira!?— Nem sempre ele conhece o limite… mas, se um dia te envenenar em uma brincadeira, ele ajudará, é claro, após rir bastante.— Nossa! Creio que, de todos, Epifron é o mais louco!— Concordo um pouco. Como está? — arguiu, observando-o.— Bem. Foi u
Apesar da voz mais grossa, Sigmund virou e identificou Vanhi pelos olhos, cor de mel, agora, mais claros. Estava maior, sorriu, deixando os caninos levemente saltados a mostra, característica que ele nunca notou dado o fato de Vanhi estar sempre sério e nervoso.— Vanhi?— Como está, criança? — Aproximou-se, observando-o. — Parece muito bem. Que os Nats sigam abençoando-o!— Estou bem. Obrigado.— Cuide-se! Posso falar em nome de todos quando digo que aquele momento se foi e não há nada pelo que deva se culpar; então se culpa se passar em sua mente, em algum momento, ignore… é mentira!— Como conclui que não tenho culpa? Ainda matei porque quis.— Por que concluiríamos que uma explosão é a grande vilã e ignoraríamos aquele que acendeu a bomba?— Posso ter matado um dos seus e nem me lembro…— Não é possível remover a culpa da bomba; mas ela só fez o que foi criada para fazer… Aquele que a confeccionou e comburiu deve carregar todo o pesado fardo das mortes causadas por ela, só.— E qu
O extremo relaxamento ao atestar a saúde de Serena fora orgástico.Sigmund deixou o embrulho ao seu lado e a retornou ao estado semiconsciente devagar. Do estado inicial, ela despertou só.Apreensivo, ele a olhou por alguns instantes.— Está bem!?Serena vocalizou algo ininteligente.Preocupado, Sigmund apressou-se para averiguá-la novamente.“Não é possível que eu tenha errado!”, pensou, odiando-se.— Calma, irmão. É brincadeira! — gargalhou.— Brincadeira, Serena!? Isso é brincadeira!? — repreendeu, irado.Ela sentou, gargalhando.— Isso não é engraçado! O que você tem na cabeça!?— Desculpa, não resisti… Zari estaria morrendo de rir agora…— Argh! Que susto!— Voltando ao trabalho… — riu, contendo-se. — Pelo que me foi instruído, o japamala ajudará após o contato com Allatu. Só deve saber o conteúdo dos selos e das contas após o desafio.— Claro… se eu lhe dei isso, eu não te disse que sou impaciente!?— Sempre foi, mas… sou só uma agente do passado. Quem sabe, você não tenha pensa
Iven, seu general, seus tenentes-generais e seu aprendiz iniciaram seus lentos passos, rumo a décima quarta escadaria. O rapaz portava um tanto e uma longa flauta doce, com baixo em fá.— Bom dia, irmãos, sobrinhos, criança! — Iven sorriu, gentil.Aldous retribuiu com um sorriso e eles juntaram-se à lenta marcha.Ianos juntou-se, cumprimentando-os com meia flexão, em silêncio.Chegando no décimo quarto salão principal, Alexa os aguardava de pé, próxima à entrada. Era possível observar os selamentos que delimitavam a área do desafio no fundo do salão.Todos cumprimentaram-na, seguindo a ordem hierárquica.— Bom dia, meus irmãos. — Alexa sorriu.Aldous foi incapaz de não fugir o olhar, nitidamente incomodado.O arrepio alastrando-se em seu corpo foi visível e sua palidez atenuou, como se estivesse diante de seu pior pesadelo. Ele respirou fundo.— Hoje, receberemos em nossa casa: Allatu — anunciou Alexa. — Espera-se que o vencedor seja correto e reto perante às leis de nossa mãe e de su
Saudações, futura encarnação minha!É com pesar e gozo que vos escrevo. Gostaria de estar lhe escrevendo para dar boas-novas, mas sinto dizer que este não é o cunho da conversa.Em uma breve estrofe creio poder resumir a situação em que me encontro como caótica e levemente deplorável. Estou momentaneamente satisfeito com os míseros esforços que pude fazer em nome da sobrevivência até ti.É muito insatisfatório lidar com a derrota e, caro eu, deixando meu ego de lado pela primeira vez, confesso que perdi as guerras: interna e externa.O conflito interno vem se estendendo por tempo demais e só percebi estar perdendo recentemente. Infelizmente, tarde!Antes de aprofundar-me na insana sinfonia caótica que me envolve, há pontos que precisam de esclarecimento, ou, talvez, apenas necessitem ser levantados para tentar dar-lhe mínima paz ou amenizar sua confusão.Se encontrou Roxx, a moça dos olhos como os teus, e ainda não teve contato com os sétimos, quero pedir-lhe calma. É cedo e os evento