KURT— Me ajoelhar não vai fazer mal pro bebê — Ela sorriu, e vi que ela também chorava. Levei uma das mãos ao rosto dela para enxugar as lágrimas dela. — Por que está chorando?— Eu pensei que você… Não sei, não fosse querer um bebê agora. — Como não? Eu vou querer todos os bebês que você quiser me dar — Eu falei e me sentei ao lado dela, levantando o queixo de Rosa para que ela olhasse nos meus olhos — Rosa, você ainda não compreende o quanto eu te amo?Ela segurou a minha blusa e me puxou para ela, beijando os meus lábios. Ah, o paraíso! Abri o vestido de Rosa, enquanto ela abria a minha blusa. Em dois tempos, estávamos de roupas íntimas, eu por cima dela. — Isso não vai machucar o bebê, né?Rosa negou com a cabeça. — Não. — Como sabe? — Estreitei os olhos para ela. — Nenhuma das fêmeas que engravidaram, que conheci, deixaram de ter intimidade com o macho delas. — Mas… Eu vou ser cuidadoso, mesmo assim. Até que você fale com a médica e ela verifique que está tudo bem. — Eu
— Você não foi macho o suficiente! — Aquelas palavras machucaram demais. Eram como facadas dadas diretamente no coração de Kurt. — Eu deveria matar você! — Ele falou, quase sem ar. E em seguida, ele faria algo que doeria ainda mais — Eu, Kurt Wade Dolph, Alfa do Shadow Moon Pack, rejeito você… Alexandra Mackenzie Dolph, como minha parceira eterna. Depois disso, apenas escuridão. KURTA noite não poderia ser mais chata. Todo aquele falatório sobre assuntos que não me interessavam em nada era extremamente enfadonho e eu só queria uma oportunidade para me ver livre daquilo. Pelo menos a comida era boa, mas a bebida poderia ser melhor. Ou mais forte.━ Eu vou tomar um ar, Finn — Eu disse para o meu Beta, Finley Hawking, dando-lhe um tapinha no ombro, antes de andar para longe do salão. Ele não respondeu nada, apenas concordou com a cabeça, indicando que tinha entendido.As portas duplas que davam para os jardins estavam escancaradas, permitindo que uma brisa agradável entrasse no ambi
KURT— Mas… Como assim a gente vai levar uma ômega do Midnight Pack com a gente? — Finn me perguntou e eu apenas dei de ombro, enquanto esperávamos pelo nosso carro.— Ela estava sofrendo aqui e eu resolvi que era melhor ela ir conosco.— Simplesmente assim? — Finn insistiu, entortando a boca para mim. Ele era o meu melhor amigo. Estávamos juntos desde crianças e eu sempre soube que ele seria o meu Beta.— Sim, simples assim.Dependendo do meu tom, Finn sabia quando poderia ou não continuar me contestando. Naquele momento, ele sabia que não deveria. Esperamos calados e então, eu ouvi um limpar de garganta.— Alfa Kurt? — Uma voz incrivelmente doce falou. Não, não era doce do tipo meigo, mas sim do tipo enjoativo. Carla Redley, filha de Idris. Ela era bonita, loira, olhos azuis bem clarinhos e um corpo razoavelmente curvilíneo, mas ela era antipática e falsa. Pra mim, francamente, perdia totalmente a beleza. — Sim? — Perguntei, mantendo a compostura. Eu não poderia ser grosseiro com a
KURTA primeira coisa que eu vi foram aqueles olhos. Aqueles olhos maravilhosos. Eles não eram exatamente castanhos, pois havia um fundo muito avermelhado ali, como os cabelos dela. Apesar de Rosamund estar machucada e maltratada, ainda era possível notar como ela era bonita. O nariz delicado e fino, a boca levemente cheia, o formato oval do rosto. O pescoço dela era fino, claro, afinal ela estava muito magrinha. Descendo mais, os seios dela. Sim, eu sei, isso é horrível, mas eu não consegui evitar de perceber o belo volume que ela tinha ali. Talvez por ser muito magra, tenha dado para ela conseguir esconder tudo aquilo debaixo do casaco folgado. Agora, ela vestia uma camisola do hospital e dava para perceber que ela foi agraciada com um belo par de seios redondos.Não, não fiquei encarando! E eu espero ter sido discreto o suficiente para ela não ter percebido que eu olhei para o busto dela. Senti vergonha de mim mesmo naquele momento.— Olá, Rosamund! — Eu falei, sorrindo, tentando d
KURTEu caminhei até o meu escritório, de onde o cheiro diferente estava vindo. Era feminino, sem sombra de dúvidas. E aquele era o cheiro de uma fêmea de alto ranking.Na porta do escritório, uma mulher loira, alta, estava de costas para mim. Ela percebeu a minha presença, é óbvio e então se virou. Os olhos eram acinzentados.— Alfa Kurt, eu suponho? — Ela perguntou. A forma como ela me olhou e falou indicavam que ela era uma mulher prática e orgulhosa.— Sim. Quem é você? — Não adiantava eu dizer que não era eu, não é mesmo? Além da aura e do cheiro de Alfa, a cicatriz se tornou uma marca registrada, minha. Infelizmente.Ela abaixou a cabeça de maneira educada e respeitosa.— Giselle Starling, filha de Gregório Starling. Sou a herdeira Alfa do Yellow Stone Pack.Ah, a última candidata da lista dada pelo Conselho. Curioso, pois as fêmeas, filhas de Alfas, não saiam por aí zanzando a seu bel prazer, não sem serem muito bem acompanhadas, pelo menos, além da autorização do Alfa. — E a
ROSADesde que o Alfa Kurt me resgatou do Midnight Pack, o lugar onde eu nasci e onde eu mais fui maltratada, eu era extremamente grata a ele.No momento em que nos conhecemos, eu não conseguia sentir nada além de medo. E se ele só quisesse me fazer mal? Porém, percebi que não era nada daquilo. Ou, pelo menos, não ainda. Eu já tinha ouvido falar de alguns Alfas que gostavam de manter ômegas como escravas sexuais e eu preferiria morrer a passar por algo tão degradante! O Alfa Kurt era lindo, mas eu não me submeteria a esse tipo de coisa!Sim, apesar de tudo, eu tinha sonhos de encontrar o meu companheiro predestinado. Eu tinha esperanças de que ele me encontraria e cuidaria de mim. No entanto, como isso poderia acontecer se eu ainda não tinha um lobo?Talvez por eu ter sido rebaixada a ômega ou pelos maus tratos (já ouvi falar que pode acontecer, de más condições físicas e mentais impedirem o lobisomem de ter um lobo e acabar por ser apenas um humano), eu não tinha lobo. Eu já estava
KURTMas que porra! Eu saí do quarto da minha Rosa — Calma aí… De onde isso saiu?! — me sentindo esquisito. Ela me fazia querer ficar perto dela, não só por razões sexuais, mas também… Ela me fazia bem. Eu ficava mais em paz perto dela.“— Ela pode ser a nossa segunda chance…” — Thorin comentou, como quem não queria nada.“— Não, ela não é. Isso de segunda chance é algo raro e depois do que eu passei com uma companheira predestinada, seria muita sacanagem me mandarem outra!”Eu não queria falar sobre esse assunto, por isso, afastei Thorin para o fundo da minha mente. Caso contrário, depois de anos lidando com ele, eu sabia muito bem que aquele lobo ficaria, literalmente, falando na minha cabeça sem parar.Quando cheguei na packhouse, já estava anoitecendo. Eu morava lá, agora. Antes, quando eu ainda era casado, optei por ter uma casa mais afastada, onde eu e a minha companheira poderíamos ter mais privacidade. Ela fez questão disso, na verdade, e eu não me incomodei.Eu fui burro, iss
KURTNão sei se a Dra. percebeu, mas ela se calou e sorriu, misteriosa.Rosa se pôs de pé assim que a porta se abriu. Ela estava linda, radiante! Usando o vestido amarelo que comprei para ela, doce, mas sexy ao mesmo tempo. O vestido era daqueles de mangas levemente bufantes, com um decote em “U”, um cinto de mesma cor na cintura e a saia um pouco rodada. Claro, sapatos baixos, afinal, eu não sabia se ela era acostumada a andar de salto alto.— Alfa Kurt! — Ela me recebeu com um sorriso tão maravilhoso que eu tive vontade de mandá-la ficar paradinha, para que eu pudesse tirar uma foto. Mas, pelo visto, eu teria que eternizar o momento apenas na minha mente.— Pronta? — Eu perguntei e ela anuiu com a cabeça veementemente, quase saltitando.— Sim, sim! — Ela se virou para a Dra. Hanna — Nada pessoal, Doutora. A senhora e todos foram muito legais comigo, mas… Eu quero sair daqui!Nós três rimos e Rosa e eu fomos embora do quarto. Ela não tinha nada com ela, então, não tinha motivo para d