KURTNão!Eu me afastei da porta, passando a mão pelo rosto. Muito perigoso. Muito perigoso. O que eu estava precisando era foder, apenas isso. Achar uma ômega — nenhuma delas nunca negou fogo — e me aliviar. Todos ficariam felizes.“— Menos eu…”— Thorin comentou. Ele nunca mais foi o mesmo depois de Alexandra. Ora ele estava assim, deprimido, ou então, loucamente assassino.“— Não podemos transar com ela, Thorin. Eu não posso oferecer nada além de sexo.”Todos me viam como um filho da puta sem escrúpulos, mas eu não era assim tão ruim. Sim, no campo de batalha, eu não tinha piedade. Quem quer que resolvesse arrumar briga comigo, deveria estar mais do que preparado para levar uma surra. Ou algumas mordidas. Pelo menos para isso a puta da Alexandra serviu: a minha sede por sangue e por conquista me tornaram o maior Alfa do país.Na cozinha, uma linda ômega estava cozinhando. Ela era loira, corpo delgado… Ela sentiu a minha presença e abaixou a cabeça, como todos eles faziam. Eu não exi
KURT — Se você quiser, você pode. Eu não quero ser um incômodo — Eu falei da forma mais gentil possível e ela levantou a sobrancelha, claramente surpresa. Eu olhei para o pai dela — Eu não me importo, desde que ela fique mais confortável. Eu sei que estou ocupando muito espaço nesse sofá.— Ah… Claro. Faça como quiser, querida — Ele disse para Giselle, que sorriu e se levantou, indo para a poltrona ao lado.— Eu acredito que o senhor já saiba o motivo da minha visita, não é mesmo? — Eu perguntei a ele, que limpou uma gotícula de suor da testa com um lenço retirado do bolso dele. Eles dois eram muito parecidos, pai e filha. Não tinha como negar que eram ligados por sangue.— Eu… Eu não me atreveria a imaginar, Alfa Kurt — Ele estava demonstrando respeito e, também, submissão. Ele era mais velho, porém, ele estava se subjugando a mim. Ótimo.— Eu gostaria de pedir a mão da sua filha, Giselle, em casamento.Após ter firmado o acordo com o Alfa Gregório, eu voltei para o meu bando. Ele q
KURTRosa estava na cama, lendo. Tão linda, os cabelos cascateando pelos ombros dela. Ela estava usando uma das roupas que eu havia separado pra ela. Um vestido leve, pêssego. Era até mais perfeito do que eu achei que seria, nela. Os pés de Rosa eram delicados e bem-feitos.Puta merda! Estava ficando mais complicado a cada momento. Eu não podia olhar para aquela fêmea sem querer atacá-la! Tudo nela me fazia desejar estar colado a ela, e eu comecei a me perguntar se Thorin não estaria certo. Ela não tinha lobo, ainda. Sendo assim, se fôssemos mesmo predestinados, não poderíamos sentir a ligação, ainda. Mas… E se no dia seguinte ela despertasse? Eu estaria mais do que fodido.Resolvi limpar a garganta para chamar a atenção dela. Normalmente, qualquer fêmea perceberia que eu estava presente, afinal, qualquer Alfa exala um cheiro característico. Mas Rosa... Talvez ela estivesse muito concentrada no livro dela. É, devia estar, pois não me ouviu…Eu entrei no quarto e comecei a me aproximar.
KURT“— Não! Nós não podemos!” — eu o repreendi. Eu o entendia, claro. Rosa era deliciosamente perfeita e era muito complicado manter o monstro dentro das calças. Eu o queria dentro dela! Eu mantive Thorin no fundo da mente. Se ele continuasse, e resolvesse insistir demais, ele a tomaria e eu estaria ferrado.— Para onde vamos, exatamente? — Ela me perguntou, sorridente. Eu abri a porta de entrada para ela e vi Finn com uma tigela de sucrilhos, escorado na porta que dava para o corredor da cozinha. Ele sorriu de uma maneira como se eu fosse me divertir. Eu apenas balancei a cabeça negativamente e sai da packhouse.— Vamos dar uma volta pelo bando — Eu respondi — A nossa pequena cidade fica um pouco distante, então, precisamos ir de carro, ok?Ela concordou com a cabeça, me olhando com aqueles olhos castanhos que, com a luz do sol refletindo, fazia com que traços avermelhados dançassem na íris dela.— Obrigada por ser tão bom comigo — Ela finalmente falou, quando me sentei no bando do
KURT— Alfa Kurt! — Um deles disse, se atrevendo a sorrir para mim e a olhar para Rosa!— O que você quer aqui? — E me controlei, pois Rosa estava perto e eu não queria parecer um monstro. Ela tinha dito que eu era legal e tudo o mais.— Eu vi essa linda jovem e… Não resisti. Precisei saber mais sobre essa novata — Ele se virou para Rosa — Eu adoraria poder conversar mais, conhecer você, Rosa. Eu posso te mostrar o bando!Eu precisei inspirar profundamente, unindo toda a minha força de vontade para não fazer uma besteira das grandes!— Eu vou mostrar o bando para a senhorita Gibson — Rosa uma ova! Quem ele pensava que era para ter aquela porra de intimidade?— Ah, entendi. Mas… Bem-vinda, Rosa! A gente pode passear, mesmo assim. O bando tem muito para se ver em um dia só. E o Alfa Kurt é muito atarefado… Vai ser um prazer mostrar tudo a você. Mas que… Atrevido! Ele não percebeu que eu não o queria perto dela? Eu não queria nenhuma porra de macho perto da minha… Da minha… Eu tinha qu
KURT— Rosa, se continuar se movendo em cima de mim desse jeito, eu não vou esperar até chegarmos no quarto — Eu falei e acariciei o braço dela — E eu tenho muitas formas de fazer suas pernas ficarem dormentes. Orgasmos múltiplos... Já teve?Assim que as palavras saíram da minha boca, eu desejei que ela me dissesse que não. Eu sei, eu sei… Na verdade, eu não tinha problemas com fêmeas que tiveram outros parceiros. Eu não achava necessário que a fêmea se guardasse apenas para o seu predestinado. Mas, não nego que ficaria mais do que feliz em ser o primeiro — e único! — da Rosa. Ela negou com a cabeça. Eu sorri. — Não tenho ideia do que você está falando — Ela disse e eu senti minha calça ainda mais contrita.Colocando-a de volta no banco do passageiro, com todas as forças que eu tinha e dando-lhe um beijo rápido nos lábios, eu dei partida no carro.— Você vai descobrir do que eu estou falando, meu bem.Dirigimos em silêncio. Acredito que ela estava pensando com antecipação no que far
KURTEu rosnei.— Não é necessário brigar — O outro idoso, o segundo, creio eu, tentou colocar panos quentes — Mas, Alfa Kurt, nós estamos apenas alertando-o para o seu próprio bem. Se o Alfa Gregório souber que você está vivendo com outra fêmea, poderá haver uma guerra. Ele não vai aceitar que a filha dele seja traída dessa forma. *** *** *** ***ROSAAssim que entrei na cozinha, a cozinheira, Aria, abriu um enorme sorriso para mim. Ela havia me levado comida, no dia anterior e foi muito simpática. — Oh, Rosamund! — Ela falou, enxugando as mãos no avental — Quer comer alguma coisa?— Sim, mas... Eu também gostaria de providenciar algo para Kurt. Digo... Alfa Kurt. Ele e eu acabamos não almoçando…— Oh, claro! — Ela não fez perguntas sobre o motivo de não termos comido e nem fez qualquer careta ou me deixou desconfortável por eu ter chamado o Alfa pelo primeiro nome.Ela já estava virada para o fogão, quando resolvi me oferecer para ajudar.— Eu gostaria de fazer algo. Ajudar, sabe
ROSAOs quadros se moveram nas paredes e ele estava de pé, com o idoso prensado na parede pelo pescoço, no segundo seguinte.— Rosa é a criatura mais importante aqui! Ouse abrir a boca para falar dela dessa forma novamente e eu te garanto que essas terão sido as suas últimas palavras!— Alfa Kurt Dolph! — Um outro idoso exclamou. Ele olhou para mim com o cenho franzido, e a expressão preocupada.— Kurt? — Eu o chamei, mas a minha voz saiu muito baixa. Apesar disso, ele me ouviu, pois eu vi quando as costas dele se retesaram.Ele soltou o idoso, que escorregou pela parede, segurando a garganta, buscando por ar.Kurt se virou lentamente para mim.— Desculpe, Rosa — Então ele olhou para os outros idosos, que estavam em aparente choque — Deem o fora do meu bando!Não foi necessário falar de novo, e eles carregaram o Conselheiro afrontoso para fora, não esperando que ele se recuperasse para andar com as próprias pernas.Kurt se agachou na minha frente.— Rosa, perdão por…— Eu… Eu acho mel