KURTEu rosnei.— Não é necessário brigar — O outro idoso, o segundo, creio eu, tentou colocar panos quentes — Mas, Alfa Kurt, nós estamos apenas alertando-o para o seu próprio bem. Se o Alfa Gregório souber que você está vivendo com outra fêmea, poderá haver uma guerra. Ele não vai aceitar que a filha dele seja traída dessa forma. *** *** *** ***ROSAAssim que entrei na cozinha, a cozinheira, Aria, abriu um enorme sorriso para mim. Ela havia me levado comida, no dia anterior e foi muito simpática. — Oh, Rosamund! — Ela falou, enxugando as mãos no avental — Quer comer alguma coisa?— Sim, mas... Eu também gostaria de providenciar algo para Kurt. Digo... Alfa Kurt. Ele e eu acabamos não almoçando…— Oh, claro! — Ela não fez perguntas sobre o motivo de não termos comido e nem fez qualquer careta ou me deixou desconfortável por eu ter chamado o Alfa pelo primeiro nome.Ela já estava virada para o fogão, quando resolvi me oferecer para ajudar.— Eu gostaria de fazer algo. Ajudar, sabe
ROSAOs quadros se moveram nas paredes e ele estava de pé, com o idoso prensado na parede pelo pescoço, no segundo seguinte.— Rosa é a criatura mais importante aqui! Ouse abrir a boca para falar dela dessa forma novamente e eu te garanto que essas terão sido as suas últimas palavras!— Alfa Kurt Dolph! — Um outro idoso exclamou. Ele olhou para mim com o cenho franzido, e a expressão preocupada.— Kurt? — Eu o chamei, mas a minha voz saiu muito baixa. Apesar disso, ele me ouviu, pois eu vi quando as costas dele se retesaram.Ele soltou o idoso, que escorregou pela parede, segurando a garganta, buscando por ar.Kurt se virou lentamente para mim.— Desculpe, Rosa — Então ele olhou para os outros idosos, que estavam em aparente choque — Deem o fora do meu bando!Não foi necessário falar de novo, e eles carregaram o Conselheiro afrontoso para fora, não esperando que ele se recuperasse para andar com as próprias pernas.Kurt se agachou na minha frente.— Rosa, perdão por…— Eu… Eu acho mel
KURT— Você não vai a lugar algum sem mim, está me ouvindo? Você e eu vamos ficar juntos!Ok, eu estava sendo burro. Muito burro. Eu não devia me deixar ficar arriado por uma fêmea de novo. O motivo de eu ter aceitado casar com a Starling era justamente por isso! Mas cá estava eu, caidinho pela Rosamund Gibson. Maldição!Se eu tivesse aceitado isso antes, eu não teria aceitado aquele acordo idiota de casamento! “— Eu disse para você parar com essa idiotice!” — Thorin falou em minha cabeça e eu odiava ter que ouvir os sermões dele. Mas ele estava certo. “— Certo, e o que a gente faz?” — eu perguntei. “— Tente desfazer. Fale com Giselle” — eu duvidava muito que ela aceitaria, mas eu iria tentar. — Rosa… Eu vou tentar desfazer o noivado, ok?— O Alfa do Yellow Stone Pack vai ficar com raiva. — Eu não tô nem aí pra ele! Eu preciso de você! Ela me olhou assustada. — Nós não somos companheiros predestinados, Kurt. Eu posso encontrar o meu companheiro e aí o que acontece? — Eu o mato
KURTEu não conseguia conter o sorriso no meu rosto. Apesar do dia ontem parecer que seria péssimo depois que o Conselho veio nos visitar, Rosa me deixou dar um banho nela. E que banho!Certo, não foi só um banho. Foi prazeroso e tortuoso ao mesmo tempo. Passar as mãos pelo corpo dela e não poder fazer nada… Mas, enquanto a enxugava, eu pude provar do mel dela.Eu já tive uma companheira e, à época, ela era tudo pra mim. Tudo nela era perfeito. E eu devo dizer que depois dela, apesar de ter me aliviado com algumas fêmeas, eu nunca tinha dado esse tipo de atenção a nenhuma. Portanto, Rosa foi a primeira, depois de Alexandra. E Rosa era muito, muito melhor. Não havia como comparar! Era como se… Era como se Alexandra não houvesse sido a minha predestinada, de verdade. Não sei explicar. O que é louco, porque Rosa e eu não éramos companheiros escolhidos por Selene. Ao menos, era o que se sabia. Agora, eu estava dirigindo para o Yellow Stone a fim de conversar com Gregório e com Giselle. E
KURT— Eu não vou tocar em você, Giselle. Ainda que eu não ficasse com a minha companheira — Eu me aproximei mais dela e eu pude ver o corpo dela se retesando. Ótimo — Eu posso dormir com qualquer outra fêmea. Mas não com você!Com isso, eu me afastei dela, mas então, eu me virei para dar um último aviso.— Fale com seu pai e acabe com isso. Porque quanto mais você empurrar com a barriga, pior pra você. Eu não direi sim no dia do casamento perante o Rei.Virei-me e andei para o carro. Eu não iria me dar ao trabalho de me despedir de Gregório. E se eles quisessem guerra, então ok. Mas eu não me casaria com Giselle!Dirigi de volta morrendo de raiva! Aquela vaca havia dito que não me queria. E agora, ela vem com essa de querer me satisfazer na cama. Pensar naquela possibilidade me dava nojo! Só havia um corpo que eu queria mais do que tudo.Quando estacionei o veículo, farejei no ar e sim, Rosa estava na packhouse. Eu entrei pela cozinha e lá estava ela, conversando com Aria, sorrindo.
KURTRosa apenas concordou com a cabeça e eu fui aumentando o ritmo, até sentir que estava chegando lá. A afastei de mim, recebendo um biquinho em resposta. Mas eu não ia gozar na boca dela assim, sem aviso. Me derramei nos peitos gostosos de Rosa. Ela passou o indicador pelo líquido viscoso e o levou à boca. — Gostou da minha porra? Rosa me olhou safada e sugou o próprio dedo. Puta gostosa! — Eu acho que vou perder o juízo total quando foder você, Rosa. Ela apenas sorriu e eu sabia que não tinha mais volta: eu era todinho dela. Tomamos um banho e descemos para o jantar. Todos sabiam que ela e eu estávamos juntos. O meu cheiro estava todo nela, ainda que a minha marca ainda não estivesse no pescoço esguio de Rosa. Finn me deu um olhar de aviso e me mandou uma mensagem mental, dizendo que precisava falar comigo. Ele desaprovava as minhas ações, é claro. “— Eu não vou largá-la” — eu o avisei, pois se ele pensava em me dar sermão e tentar m
KURTNo caminho, não pude deixar de pensar que depois do que Alexandra fez, eu só conseguia ver as fêmeas como mero objeto para alívio carnal, porém… Eu não podia pensar assim de Rosa. Ela era doce, amável e tudo nela me chamava para perto. Não havia um só defeito naquela fêmea, para mim. Entrei no escritório. Assim que Finn chegou, o mandei fechar a porta, pois assim ninguém poderia ouvir nada do que fosse dito ali dentro. Fiquei apoiado com o bumbum na minha mesa, braços cruzados sobre o peito, olhando para Finn, esperando que ele falasse. — Fala!Ele tomou o ar. — Você não pode ficar com ela.Eu apertei os meus olhos para ele. Quem diabos ele pensava que era para me falar uma merda daquela?— Repete.Ele suspirou fundo e apertou a ponta do nariz entre o polegar e o indicador, cabeça baixa, olhos fechados e a outra mão na cintura. Então, ele olhou para mim. — O Rei quer que você se case com Giselle Starling. — E como é isso, Finn? Eu fui hoje falar com Giselle sobre quebrarmo
KURTEra um cheiro familiar, mas que no fundo da minha mente, me dizia que eu deveria ficar em alerta. Frésias e chocolate. Assim que abri os meus olhos, Rosa não estava ao meu lado. Os lençóis da cama eram diferentes, rosados. Rosados? Quando eu fui dormir, não era aquela a nossa roupa de cama. A maçaneta da porta começou a girar, porém, em vez de Rosa, uma ruiva curvilínea, com um sorriso avassalador entrou, segurando uma xícara de chá. Ela me olhou com os olhos extremamente verdes. Alexandra. Eu queria perguntar o que ela fazia ali, porém, o meu corpo parecia se mover por conta própria, assim como a minha língua. — Hummm, isso cheira muito bem! — Eu me ouvi dizendo e então, eu sabia o que estava rolando. Eu estava recapitulando o que tinha acontecido! Logo depois que Alexandra me traiu, eu tive esse sonho diversas vezes. Mas… Por que de novo?Ela ofereceu a xícara a mim, sentando-se na beirada da cama.— Então beba logo antes que fique frio. Maldita… Ela me olhava com carinho