GINIEu estava andando de um lado para o outro. O casamento da Rosa estava para começar e a minha avó tinha me ligado, exigindo que eu fosse ao Clã. Fiquei distraída o suficiente para não ouvir Darius entrando no quarto. Apenas quando ele me abraçou por trás eu me dei conta da presença dele. — O que está afligindo a minha gostosa?Esse homem nunca falava sério! — Minha avó me ligou — Senti Darius enrijecendo — Ela quer que eu volte nesse momento para o Clã. — Você não vai a lugar nenhum! — Ele rosnou e enfiou o nariz nos meus cabelos — Não posso mais ficar longe de você. Ele lambeu o meu pescoço, o que já era um ponto fraco meu. E foi bem em cima da marca que ele havia deixado. — Algo sério aconteceu por lá. Ela… Darius… — A mão dele desceu pelo meu quadril e puxou meu vestido para cima — Amor, escuta… — Tô escutando — Ele mordeu meu pescoço e eu me inclinei para trás — Continua. Sacana! Como eu poderia continuar se meu cérebro parecia que estava derretendo? — Os Anciões quer
ROSAEla disse que não o fez porque isso me colocaria no mesmo patamar de “roubalheira” dos outros. Sendo assim, eu acabaria por não poder receber a ajuda necessária do destino. Achei esfarrapada, mas engoli. O que mais eu faria? Brigaria com a deusa? — Vamos, anime-se! Esse bebê vai ser muito amado! — Gini falou e eu olhei para o rosto dela. Sim, ela estava feliz, mas havia algo mais ali. — Aconteceu algo, não foi? — Eu perguntei e ela começou a negar, mas eu segurei a mão dela — Não mente. Gini mordeu o lábio e me contou sobre a ligação da avó dela. — Eu vou resolver tudo — Ela me garantiu, porém, parecia falar mais para ela mesma do que tudo — Mas não se preocupa com isso agora. Hoje é o seu dia! Casamento, um bebezinho a caminho… — Será que o Kurt vai gostar?Gini fez uma careta. — Não — Ela falou e eu senti meu coração afundando — Ele vai amar! Vai ficar louco de felicidade, sua boba! Os lobos aaamar quando as fêmeas deles engravidam deles! — Engravide você e sua avó não
KURT— Me ajoelhar não vai fazer mal pro bebê — Ela sorriu, e vi que ela também chorava. Levei uma das mãos ao rosto dela para enxugar as lágrimas dela. — Por que está chorando?— Eu pensei que você… Não sei, não fosse querer um bebê agora. — Como não? Eu vou querer todos os bebês que você quiser me dar — Eu falei e me sentei ao lado dela, levantando o queixo de Rosa para que ela olhasse nos meus olhos — Rosa, você ainda não compreende o quanto eu te amo?Ela segurou a minha blusa e me puxou para ela, beijando os meus lábios. Ah, o paraíso! Abri o vestido de Rosa, enquanto ela abria a minha blusa. Em dois tempos, estávamos de roupas íntimas, eu por cima dela. — Isso não vai machucar o bebê, né?Rosa negou com a cabeça. — Não. — Como sabe? — Estreitei os olhos para ela. — Nenhuma das fêmeas que engravidaram, que conheci, deixaram de ter intimidade com o macho delas. — Mas… Eu vou ser cuidadoso, mesmo assim. Até que você fale com a médica e ela verifique que está tudo bem. — Eu
— Você não foi macho o suficiente! — Aquelas palavras machucaram demais. Eram como facadas dadas diretamente no coração de Kurt. — Eu deveria matar você! — Ele falou, quase sem ar. E em seguida, ele faria algo que doeria ainda mais — Eu, Kurt Wade Dolph, Alfa do Shadow Moon Pack, rejeito você… Alexandra Mackenzie Dolph, como minha parceira eterna. Depois disso, apenas escuridão. KURTA noite não poderia ser mais chata. Todo aquele falatório sobre assuntos que não me interessavam em nada era extremamente enfadonho e eu só queria uma oportunidade para me ver livre daquilo. Pelo menos a comida era boa, mas a bebida poderia ser melhor. Ou mais forte.━ Eu vou tomar um ar, Finn — Eu disse para o meu Beta, Finley Hawking, dando-lhe um tapinha no ombro, antes de andar para longe do salão. Ele não respondeu nada, apenas concordou com a cabeça, indicando que tinha entendido.As portas duplas que davam para os jardins estavam escancaradas, permitindo que uma brisa agradável entrasse no ambi
KURT— Mas… Como assim a gente vai levar uma ômega do Midnight Pack com a gente? — Finn me perguntou e eu apenas dei de ombro, enquanto esperávamos pelo nosso carro.— Ela estava sofrendo aqui e eu resolvi que era melhor ela ir conosco.— Simplesmente assim? — Finn insistiu, entortando a boca para mim. Ele era o meu melhor amigo. Estávamos juntos desde crianças e eu sempre soube que ele seria o meu Beta.— Sim, simples assim.Dependendo do meu tom, Finn sabia quando poderia ou não continuar me contestando. Naquele momento, ele sabia que não deveria. Esperamos calados e então, eu ouvi um limpar de garganta.— Alfa Kurt? — Uma voz incrivelmente doce falou. Não, não era doce do tipo meigo, mas sim do tipo enjoativo. Carla Redley, filha de Idris. Ela era bonita, loira, olhos azuis bem clarinhos e um corpo razoavelmente curvilíneo, mas ela era antipática e falsa. Pra mim, francamente, perdia totalmente a beleza. — Sim? — Perguntei, mantendo a compostura. Eu não poderia ser grosseiro com a
KURTA primeira coisa que eu vi foram aqueles olhos. Aqueles olhos maravilhosos. Eles não eram exatamente castanhos, pois havia um fundo muito avermelhado ali, como os cabelos dela. Apesar de Rosamund estar machucada e maltratada, ainda era possível notar como ela era bonita. O nariz delicado e fino, a boca levemente cheia, o formato oval do rosto. O pescoço dela era fino, claro, afinal ela estava muito magrinha. Descendo mais, os seios dela. Sim, eu sei, isso é horrível, mas eu não consegui evitar de perceber o belo volume que ela tinha ali. Talvez por ser muito magra, tenha dado para ela conseguir esconder tudo aquilo debaixo do casaco folgado. Agora, ela vestia uma camisola do hospital e dava para perceber que ela foi agraciada com um belo par de seios redondos.Não, não fiquei encarando! E eu espero ter sido discreto o suficiente para ela não ter percebido que eu olhei para o busto dela. Senti vergonha de mim mesmo naquele momento.— Olá, Rosamund! — Eu falei, sorrindo, tentando d
KURTEu caminhei até o meu escritório, de onde o cheiro diferente estava vindo. Era feminino, sem sombra de dúvidas. E aquele era o cheiro de uma fêmea de alto ranking.Na porta do escritório, uma mulher loira, alta, estava de costas para mim. Ela percebeu a minha presença, é óbvio e então se virou. Os olhos eram acinzentados.— Alfa Kurt, eu suponho? — Ela perguntou. A forma como ela me olhou e falou indicavam que ela era uma mulher prática e orgulhosa.— Sim. Quem é você? — Não adiantava eu dizer que não era eu, não é mesmo? Além da aura e do cheiro de Alfa, a cicatriz se tornou uma marca registrada, minha. Infelizmente.Ela abaixou a cabeça de maneira educada e respeitosa.— Giselle Starling, filha de Gregório Starling. Sou a herdeira Alfa do Yellow Stone Pack.Ah, a última candidata da lista dada pelo Conselho. Curioso, pois as fêmeas, filhas de Alfas, não saiam por aí zanzando a seu bel prazer, não sem serem muito bem acompanhadas, pelo menos, além da autorização do Alfa. — E a
ROSADesde que o Alfa Kurt me resgatou do Midnight Pack, o lugar onde eu nasci e onde eu mais fui maltratada, eu era extremamente grata a ele.No momento em que nos conhecemos, eu não conseguia sentir nada além de medo. E se ele só quisesse me fazer mal? Porém, percebi que não era nada daquilo. Ou, pelo menos, não ainda. Eu já tinha ouvido falar de alguns Alfas que gostavam de manter ômegas como escravas sexuais e eu preferiria morrer a passar por algo tão degradante! O Alfa Kurt era lindo, mas eu não me submeteria a esse tipo de coisa!Sim, apesar de tudo, eu tinha sonhos de encontrar o meu companheiro predestinado. Eu tinha esperanças de que ele me encontraria e cuidaria de mim. No entanto, como isso poderia acontecer se eu ainda não tinha um lobo?Talvez por eu ter sido rebaixada a ômega ou pelos maus tratos (já ouvi falar que pode acontecer, de más condições físicas e mentais impedirem o lobisomem de ter um lobo e acabar por ser apenas um humano), eu não tinha lobo. Eu já estava