Alfa Imortal - Segredos da Lua
Alfa Imortal - Segredos da Lua
Por: Natielen Amelia
Prólogo

A lua pairava alta no céu, um disco pálido que banhava a densa floresta com um brilho prateado. O vento sussurrava entre as árvores, trazendo consigo o cheiro de terra molhada e folhas antigas. Eu, Damian Vólkov corria, meus pés descalços quase não tocavam o solo enquanto eu me movia com a graça de um predador noturno. Eu não era um homem comum. Nunca fora. Mas naquela noite, seu destino mudaria para sempre.

O ar carregava o perfume denso da magia, um cheiro doce e intoxicante que se misturava com o ferro do sangue derramado. Meu  peito arfava, e eu parei abruptamente diante da clareira iluminada por velas negras. No centro, um círculo de runas ancestrais brilhava com uma luz pulsante, alimentado pelo feitiço que estava prestes a ser concluído.

— Você demorou, Damian — uma voz feminina cortou o silêncio como um punhal afiado.

 Ergui  o olhar, encontrando a figura encapuzada que já esperava por mim. Meu  coração bateu forte — não por medo, mas por uma estranha antecipação. Havia buscado por anos aquela resposta, aquela solução para um problema que me atormentava desde que nascera: a maldição de ser um lobo, condenado a caçar sob a luz da lua, a perder o controle, a temer o próprio instinto.

A mulher retirou o capuz, revelando olhos de um dourado espectral e cabelos escuros como a noite.

— A imortalidade tem um preço, lobo — ela murmurou, com um sorriso que não alcançava os olhos. — Você está pronto para pagá-lo?

 Não hesitei. Eu sabia que não poderia continuar vivendo na beira do abismo, temendo a minha  própria natureza. Se existia uma maneira de controlar meu destino, eu a tomaria, independentemente do que fosse exigido em troca.

— Sim — minha voz saiu firme, sem vestígio de hesitação.

A bruxa se aproximou, os pés descalços deslizando sobre o solo coberto de folhas. Com um gesto sutil, ela ergueu uma adaga ornamentada e cortou a palma da mão, deixando o sangue escorrer para dentro do círculo de runas. O chão tremeu sob os meus pés , e eu senti a magia se enredar ao seu redor como correntes invisíveis.

A dor veio primeiro. Queimando minhas veias, incendiando seu corpo de dentro para fora. Eu cai de joelhos, engasgando com o ar que parecia se solidificar em seus pulmões. A floresta girou, e ele ouviu a voz da bruxa ecoar ao longe, entoando palavras em uma língua esquecida pelo tempo.

"Sanguis aeternum ligat, umbrae devorant, vita sine finedamnata est."

Meu  mundo se dissolveu em escuridão.

Quando abri os olhos novamente, tudo estava diferente. O vento cheirava mais intenso, o mundo parecia mais nítido. Eu me ergui, sentindo uma força que jamais experimentara pulsando em cada fibra de seu ser. Mas algo estava errado. A bruxa me observava com um olhar de triunfo, como se soubesse algo que eu ainda não compreendia.

— Parabéns, Damian. Você nunca mais morrerá.

E então ela desapareceu na noite, levando consigo os segredos do feitiço que mudaria sua vida para sempre.

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