Depois que terminamos de comer, Romeu me ajudou a levantar da mesa. Ele continuava atencioso e carinhoso, como se não desse atenção ao que eu havia lhe dito. Fomos nos sentar no grande sofá da sala de estar e ele passou o braço por trás de mim, me acolhendo junto ao peito. Depois ele encostou os lábios próximo ao meu ouvido e falou baixinho, com a voz aveludada: — Por que está querendo desistir de nós? Me acha velho para você? — Não, claro que não!— eu me virei rapidamente. Ele sorriu sedutor, segurou o meu rosto e me beijou. Todo o meu corpo se entregou àquele beijo. — Não adianta fazer isso e depois me recriminar por não ser a esposa que você precisa!– eu o empurrei, agitada. — Não existe um modelo de mulher, Juliette, deixe de bobagem! — Claro que existe, ela tem que ser cega, muda e surda! Enquanto eu surtava, Romeu ria da situação. — Estou falando sério. Você não acredita, mas não estou feliz, não me sinto segura nesta relação!
Quando eu desci para o jantar, pai e filho já estavam me esperando. Arthur abriu um sorriso ao me ver e levantou-se rapidamente para puxar a cadeira para mim. Romeu ficou com uma pulga atrás da orelha. Durante o jantar, Arthur conversava animado, ele havia percebido que eu e o Romeu já não parecíamos mais um casal, ao menos descemos separados para o jantar. Isso era um sinal de que eu estava firme na minha decisão. Era perceptível que Romeu estava inquieto, olhando para o filho e para mim tentando entender se havia ali alguma intimidade. — Eu vou subir!— avisei levantando-me. Arthur precipitou-se para me ajudar. Deu a volta na mesa rapidamente e veio puxar a minha cadeira. Romeu que estava mais perto, ficou boquiaberto. — Vai subir, Romeu?— eu quis saber. Ele soltou o ar pela boca, demonstrando insatisfação. — Eu vou depois. — Eu te acompanho, Juliette!— Arthur se ofereceu. Olhei para o meu marido, me olhando sério e dispensei a gentileza do meu enteado. —
— Juliette!— uma súplica abafada. Os olhos de Arthur lacrimejaram. Ele ficou ali parado, me observando, até que ele me viu retornar para o meu quarto, sem concluir o que fui fazer ali. A minha silhueta podia ser vista caminhando lentamente pelo corredor, ele podia ouvir o choro quase silencioso e abafado pelas mãos que cobria a minha boca. Entrei no meu quarto, sem perceber a presença dele ali. Arthur estava mais para dentro que fora do seu quarto, e a luz fraca do corredor lhe camuflava. Deitei e aceitei o calor aconchegante do meu cobertor. Estava em crise de abstinência e se entrasse no quarto do meu marido, teria deixado lá minha dignidade. Tudo o que queria era me aninhar nos seus braços e dormir bem agarradinha com ele, ou quem sabe até impedi-lo de procurar outras mulheres, mas eu sabia que uma hora ele perceberia o tanto que eu o amava e iria achar que eu aceitaria tudo para ficar com ele. Só de pensar em passar por tudo o que a minha mãe passou, me dava arrepios! Ar
Tio Eduardo olhou para Romeu preocupado com o jeito com que ele olhava para o filho e inclinou-se para lhe falar baixinho: — Tenha calma, filho, não se precipite! — Não vê que ele me afronta, tio? O olhar dele é de ameaça! Ele é amigo da Juliette, eu tenho certeza que vai lhe contar que estive aqui. Eduardo olhou para Arthur o reprovando com o olhar e falou a Romeu: — Eu vou falar com ele, filho, não se preocupe, ele me respeita! Romeu sentou do lado do filho, assim que alguém levantou-se. Arthur estranhou quando o tio Eduardo fez sinal para que Will se levantasse e ele sentou-se do outro lado. — O que está acontecendo? Estão tentando me intimidar?— ele fez esses questionamentos e tentou se levantar. — Espere!— era a voz grave do Romeu. Arthur não se mexeu. — Pode falar, pai. Já sei o que pretende fazer. Quer me obrigar a mentir para Juliette, acertei? — Eu diria, omitir, acho que soa melhor. Eduardo segurou o braço de Arthur para
Arthur ficou incomodado com o clima entre nós e puxou o pai pelo braço. — Vamos, senhor Romeu, não podemos nos atrasar. Eles se foram e eu fui desabafar com Januária e Antônia na cozinha. — Ele saiu ontem, eu não acredito, foi correndo procurar diversão! Januária segurou o riso e voltou-se novamente para as panelas no fogão. — Abra o seu olho, o que tem de mulher querendo tirar uma lasquinha do seu marido gostoso! Antônia gargalhou. — Januária, você está falando desse jeito? Nossa, quem diria! — Aprendi com você! Eu bufei vendo que elas não se importavam comigo. — Quando vocês tiverem um tempinho para mim, me avisem, eu vou dar o meu passeio matinal. Januária virou-se surpresa ao me ver saindo pisando fundo e ainda falou em voz alta para que eu ouvisse: — Não se preocupe, senhora, vou preparar um banho de banheira bem na hora do patrão chegar! Antônia ficou preocupada e saiu atrás de mim. Arthur foi ouvindo as críticas do pai até chegarem na empresa.
As mãos delicadas de Romeu percorreu todo o meu ventre e acariciou entre as minhas pernas, onde ele já encostava sutilmente o seu membro ereto. Os meus gemidos aumentavam rapidamente na medida em que Romeu explorava a minha região íntima. — Não existe mulher assim, sabia Juliette? — Assim como? — Fogosa desse jeito! Eu sorri, achando graça. Não me via assim! Até aquele mascarado imbecil me deflorar! Antes disso, eu era tão arisca! Se um garoto me beijasse e viesse me passar a mão, eu o repreendia! Estava tão relaxada, sentindo aquele homem sobre mim, a espuma transbordando pelo chão, o som dos lábios dele beijando e mordiscando a minha pele, era maravilhoso! Minhas pernas foram erguidas para facilitar nossa fusão. Romeu me possuiu com cuidado e muito tesão, claro. Às vezes me sentia incomodada, ia me ajeitando mesmo com a barriga no meio, mas dava para sentir muito prazer. Depois de dar um longo suspiro, meu corpo relaxou e minhas pe
Eu saí do meu quarto com os cabelos ainda úmidos, passei pela porta do quarto do Romeu e diminui o passo, esperando que ele, de repente, fosse saindo e pudéssemos descer juntos, mas isso não aconteceu, ele na verdade, já estava na mesa de jantar com o filho, me esperando. Dessa vez, ele se adiantou, não dando chance para Arthur puxar a cadeira para mim. Meu enteado não disfarçou o desagrado e soltou gotas de veneno, enquanto eu me sentava: — Está ficando difícil tomar banho sozinha? Precisa sempre de ajuda, ou foi só hoje? Fiquei sem jeito e engoli em seco. Romeu tentou amenizar explicando o ocorrido do qual eu não tinha ciência: — Ele me viu só de toalha no corredor, mas eu já lhe expliquei, que fui ajudá-la e acabei me molhando inteiro! Mas Artur insistiu em ser indiscreto. — Eu insisto na pergunta, Juliette, você já chegou ao ponto de precisar de ajuda com o banho? Nesse momento, Januária vinha da cozinha e me salvou: — Eu acompanho
Romeu veio todo bobo, e se ajeitou ao meu lado, cuidadoso com a minha barriga. — Jura que você me quer novamente?— ele sussurrou. — Eu quero — respondi toda assanhada. Na verdade, estava morrendo de medo que ele saísse de casa. Bobinha, já tinha feito amor ainda há pouco! Isso era o efeito de quartos separados! Os beijos de Romeu já funcionavam como um termômetro! Ele estava todo animado, sorrindo e falando coisas fofas o tempo todo! — Você é tão linda, tão cheirosa, Juliette! Eu vou acabar mudando para esse quarto. Aqui tem banheira, é bem maior, podemos fazer loucuras aqui dentro! Um pouco apreensiva, falei fechando o semblante: — Aqui não tem vista para o jardim, só isso que acho ruim! — Para quê quer vista para o jardim, se daqui pode ver a piscina? Isso não lhe basta? — Aqui não posso ver quando você sai! Ele riu e se jogou do meu lado, se espalhando gostosamente no leito. Falava brincalhão e divertido: — Você não precisa disso, J