Eu estiquei o meu pescoço para ver se alguém podia nos ver e insisti em resistir. — Não Romeu! Alguém pode nos ver, pare com isso! Sem tirar seus delicados emissores de prazer de dentro de mim, ele olhou em volta e brincou: — Acho que ninguém quer ver eu possuindo a minha mulher aqui ao ar livre. Em agonia, sentindo que logo me entregaria, eu implorei: — Tudo bem, eu faço o que quiser, mas não me tome aqui, por favor, alguém pode nos ver! Prontamente, Romeu me puxou pela mão. — Então venha, quero você agora, estou subindo pelas parede! — Espere, Romeu, calma! Não adiantava eu falar, ele não me ouvia, estava desesperado para fazer amor comigo. Passamos pela porta de vidro, ele me puxando pela mão enquanto eu lhe repreendia. As criadas estavam na sala de jantar e ficaram surpresa com a cena. — O homem está louco por ela! — Januária comentou, achando graça. Antônia já era mais despojada. — Louco para pegar ela de jeito, você quer dizer, né? — Ai Antônia, nã
Eu me assustei com a chegada dela. Me encolhi para ouvir o seu desabafo. Ela andava, falando sem parar: — Senhora, por que não ficou lá, no quarto com o seu marido? Como espera se manter nesse casamento tendo este tipo de comportamento? — Sinceramente, Januária, o seu patrão não está fazendo a menor questão. Estou querendo ter uma conversa séria com ele desde que chegou e ele não está nem um pouco curioso! Ele já conseguiu o que queria! Januária cruzou os braços pensativa, quase concordando comigo. — É, a patroa pode ter razão. Ele estava bem tranquilo com relação a estar dormindo aqui. Eu sentei rapidamente na cama. — Eu não falei? Ele está bem estranho! Por que não veio aqui esbravejando, para que eu voltasse para o quarto dele! Januária bufou inclinando-se para mim, com os braços cruzados. — E a senhora vai aceitar essa situação? Vai fazer igual a dona Salete, que teve essa ideia ridícula de separar os quartos e acabou tendo poucos momentos
Depois que terminamos de comer, Romeu me ajudou a levantar da mesa. Ele continuava atencioso e carinhoso, como se não desse atenção ao que eu havia lhe dito. Fomos nos sentar no grande sofá da sala de estar e ele passou o braço por trás de mim, me acolhendo junto ao peito. Depois ele encostou os lábios próximo ao meu ouvido e falou baixinho, com a voz aveludada: — Por que está querendo desistir de nós? Me acha velho para você? — Não, claro que não!— eu me virei rapidamente. Ele sorriu sedutor, segurou o meu rosto e me beijou. Todo o meu corpo se entregou àquele beijo. — Não adianta fazer isso e depois me recriminar por não ser a esposa que você precisa!– eu o empurrei, agitada. — Não existe um modelo de mulher, Juliette, deixe de bobagem! — Claro que existe, ela tem que ser cega, muda e surda! Enquanto eu surtava, Romeu ria da situação. — Estou falando sério. Você não acredita, mas não estou feliz, não me sinto segura nesta relação!
Quando eu desci para o jantar, pai e filho já estavam me esperando. Arthur abriu um sorriso ao me ver e levantou-se rapidamente para puxar a cadeira para mim. Romeu ficou com uma pulga atrás da orelha. Durante o jantar, Arthur conversava animado, ele havia percebido que eu e o Romeu já não parecíamos mais um casal, ao menos descemos separados para o jantar. Isso era um sinal de que eu estava firme na minha decisão. Era perceptível que Romeu estava inquieto, olhando para o filho e para mim tentando entender se havia ali alguma intimidade. — Eu vou subir!— avisei levantando-me. Arthur precipitou-se para me ajudar. Deu a volta na mesa rapidamente e veio puxar a minha cadeira. Romeu que estava mais perto, ficou boquiaberto. — Vai subir, Romeu?— eu quis saber. Ele soltou o ar pela boca, demonstrando insatisfação. — Eu vou depois. — Eu te acompanho, Juliette!— Arthur se ofereceu. Olhei para o meu marido, me olhando sério e dispensei a gentileza do meu enteado. —
— Juliette!— uma súplica abafada. Os olhos de Arthur lacrimejaram. Ele ficou ali parado, me observando, até que ele me viu retornar para o meu quarto, sem concluir o que fui fazer ali. A minha silhueta podia ser vista caminhando lentamente pelo corredor, ele podia ouvir o choro quase silencioso e abafado pelas mãos que cobria a minha boca. Entrei no meu quarto, sem perceber a presença dele ali. Arthur estava mais para dentro que fora do seu quarto, e a luz fraca do corredor lhe camuflava. Deitei e aceitei o calor aconchegante do meu cobertor. Estava em crise de abstinência e se entrasse no quarto do meu marido, teria deixado lá minha dignidade. Tudo o que queria era me aninhar nos seus braços e dormir bem agarradinha com ele, ou quem sabe até impedi-lo de procurar outras mulheres, mas eu sabia que uma hora ele perceberia o tanto que eu o amava e iria achar que eu aceitaria tudo para ficar com ele. Só de pensar em passar por tudo o que a minha mãe passou, me dava arrepios! Ar
Tio Eduardo olhou para Romeu preocupado com o jeito com que ele olhava para o filho e inclinou-se para lhe falar baixinho: — Tenha calma, filho, não se precipite! — Não vê que ele me afronta, tio? O olhar dele é de ameaça! Ele é amigo da Juliette, eu tenho certeza que vai lhe contar que estive aqui. Eduardo olhou para Arthur o reprovando com o olhar e falou a Romeu: — Eu vou falar com ele, filho, não se preocupe, ele me respeita! Romeu sentou do lado do filho, assim que alguém levantou-se. Arthur estranhou quando o tio Eduardo fez sinal para que Will se levantasse e ele sentou-se do outro lado. — O que está acontecendo? Estão tentando me intimidar?— ele fez esses questionamentos e tentou se levantar. — Espere!— era a voz grave do Romeu. Arthur não se mexeu. — Pode falar, pai. Já sei o que pretende fazer. Quer me obrigar a mentir para Juliette, acertei? — Eu diria, omitir, acho que soa melhor. Eduardo segurou o braço de Arthur para
Arthur ficou incomodado com o clima entre nós e puxou o pai pelo braço. — Vamos, senhor Romeu, não podemos nos atrasar. Eles se foram e eu fui desabafar com Januária e Antônia na cozinha. — Ele saiu ontem, eu não acredito, foi correndo procurar diversão! Januária segurou o riso e voltou-se novamente para as panelas no fogão. — Abra o seu olho, o que tem de mulher querendo tirar uma lasquinha do seu marido gostoso! Antônia gargalhou. — Januária, você está falando desse jeito? Nossa, quem diria! — Aprendi com você! Eu bufei vendo que elas não se importavam comigo. — Quando vocês tiverem um tempinho para mim, me avisem, eu vou dar o meu passeio matinal. Januária virou-se surpresa ao me ver saindo pisando fundo e ainda falou em voz alta para que eu ouvisse: — Não se preocupe, senhora, vou preparar um banho de banheira bem na hora do patrão chegar! Antônia ficou preocupada e saiu atrás de mim. Arthur foi ouvindo as críticas do pai até chegarem na empresa.
As mãos delicadas de Romeu percorreu todo o meu ventre e acariciou entre as minhas pernas, onde ele já encostava sutilmente o seu membro ereto. Os meus gemidos aumentavam rapidamente na medida em que Romeu explorava a minha região íntima. — Não existe mulher assim, sabia Juliette? — Assim como? — Fogosa desse jeito! Eu sorri, achando graça. Não me via assim! Até aquele mascarado imbecil me deflorar! Antes disso, eu era tão arisca! Se um garoto me beijasse e viesse me passar a mão, eu o repreendia! Estava tão relaxada, sentindo aquele homem sobre mim, a espuma transbordando pelo chão, o som dos lábios dele beijando e mordiscando a minha pele, era maravilhoso! Minhas pernas foram erguidas para facilitar nossa fusão. Romeu me possuiu com cuidado e muito tesão, claro. Às vezes me sentia incomodada, ia me ajeitando mesmo com a barriga no meio, mas dava para sentir muito prazer. Depois de dar um longo suspiro, meu corpo relaxou e minhas pe