Arthur ajeitou o terno e afastou o rosto, livrando-se das mãos da moça. — Você quer o meu pai e eu só quero que a Juliette me enxergue. Você mesma disse que ele é incapaz de amar! Temos interesse incomum apenas, que isso fique bem claro entre nós! Andrea sorriu maliciosa e segurou o rosto de Arthur para trazê-lo para um breve beijo nos lábios. Ele ficou paralisado e ela disse segurando o seu braço: — O seu pai sempre foi bem servido, então vamos terminar de conversar no meu apartamento? Arthur ficou atrapalhado. — Não! Desculpe-me, mas eu acho que isso não é necessário! Está precisando de alguma coisa? Se o meu pai lhe deixou faltar algo, eu posso lhe ajudar! De quanto precisa? A moça riu irônica, e soltou o braço de Arthur, olhando-o desconfiada. — Está muito apaixonado pela menina, pelo que vejo! Espero que ela não tenha derretido o gelo do coração do seu pai. Depois de entregar seu cartão de visita, Andrea saiu andando, rebolando, e Arthur se recompôs. Os prim
— Volte aqui!— ele ordenou me trazendo de volta. Eu fiquei olhando aquela boca, sem conter o desejo. — Não precisa se envergonhar por desejar o seu marido! Desejar? Eu o amava! Ele era incapaz de perceber. A quem me tomava? Uma dessas mulheres de programa com quem saía? Ou quem sabe até uma vadia, que transa só por transar, que apenas obedece aos seus instintos, e que só pensa em sexo? Nossa, era quase irresistível não ser vulnerável perto da sedução daquele homem! Ele enfiou a mão por baixo da minha camisola e alcançou minha calcinha encharcada. — Que delícia!— ele riu malicioso. Eu até queria resistir, negar que queria aquilo, mas de que jeito? O homem afastou minhas pernas sem delicadeza e se colocou no meio delas, trouxe as cobertas junto com ele. Eu relaxei e me ajeitei para recebê-lo, era tudo o que eu queria naquele momento! Romeu colou o rosto no meu pescoço, depois de me penetrar como um animal faminto. Ele ficou ali gemen
Eu voltei do closet já usando um biquíni branco e uma saída de banho composta por um vestido azulado, sutilmente transparente. — Os seus biquínis estão ficando indecentes!— Romeu protestou. Eu olhei para ele, que tinha os braços cruzados, me olhando sério, como se fosse meu dono, e desabafei: — Romeu, eu vivi muito tempo oprimida pelo meu pai, e não vou viver debaixo das suas ordens, como uma escrava submissa! Ele descruzou os braços e seguiu para o closet se queixando: — E você acha que me agrada ter que falar para a minha esposa como ela deve se vestir, quando ela poderia ter o mínimo de noção! Eu fiquei boquiaberta. Claro que ele estava irritado com o filho. Eu fui atrás dele e o vi já totalmente despido. — O que foi?— ele riu. Eu voltei desorientada, ouvindo ele falar em voz alta e divertida: — Podíamos ficar aqui no quarto fazendo coisa bem melhor do que segurar vela para o Arthur! Eu segurei o riso e sacudi a cabeça. — Vamo
Enquanto isso, antes do Arthur chegar para tirar satisfação com o pai, eu escutava as criadas na cozinha. — O que você está me dizendo, Januária? Ouviu Andréa falando a respeito do Romeu? Então eles se conhecem! Por isso ele estava tão resistente a aceitar o namorado do filho! — O pior é que o patrãozinho sabe!— Antônia se queixou. Eu fiquei incrédula. — O Arthur é conivente? Januária se sacudiu nervosa. — Mas se eu estou lhe dizendo que ela perguntou se o seu marido ia ficar bravo com ela! Até então, eu só sabia que a Andrea havia perguntado pelo Romeu com intimidade. — E Arthur agiu naturalmente?— eu resistia em acreditar. — Claro, até falou para ela não ficar tão ansiosa que ele logo chegaria! Eu quase surtei. — Gente, pelo amor de Deus! Vocês estão dizendo que o Arthur trouxe essa mulher aqui para que eu descobrisse que ela tem um caso com o meu marido, é isso? Januária insistiu na sua tese. — Pelo que eu entendi, patroa,
Eu decidi ir até a mesa deles e avistei ao longe, Arthur segurando a moça pelos ombros, enquanto falava qualquer coisa para o pai. Parecia que eles queriam ir embora, então apressei o passo. Cheguei falando animada: — Desculpe-me Andréa, espero que não tenha se importado, mas é que eu precisava dar umas orientações na cozinha com relação ao nosso almoço. A moça estava ofegante, foi Arthur quem virou-se para falar comigo. — Juliette, espero que você não fique chateada, mas eu havia combinado de almoçar com uns amigos, e esqueci completamente! Eu precisei mostrar os meus dotes de atriz também: — Isso é uma desfeita, Arthur! Eu já perdi um tempão decidindo o que faria para o almoço, em homenagem a sua namorada! Ligue para os seus amigos e desmarque! — Mas Juliette, infelizmente… — Eu não aceito desculpas, vamos curtir a piscina, está um dia lindo!— Eu falei, enquanto sentava ao lado do meu marido Romeu abraçou os meus ombros por trás da cadei
— Meu pai vai te dar um bom dinheiro, toque sua vida, garota! O que você quer mais? Não vai viver das migalhas deles como foi até agora! Ele vai te dar um cala-boca hoje mesmo, aproveite! Andréa murchou e ficou triste. — Não queria voltar para aquela vida novamente. Queria um homem para cuidar de mim. — Ele nunca cuidou de você— Arthur lembrou. — Mas eu sabia que tinha um homem, que pertencia a alguém! Arthur suspirou resignado. Não estava acostumado a ver mulheres frágeis, choronas! — Melhor eu te levar embora daqui. Vai acabar estragando tudo. Eu posso falar que se sentiu mal e que precisamos ir ao hospital, por exemplo! Andréa olhou para mim na piscina e desabafou. — Eu queria estar no lugar dela. Me ajuda a conquistar o seu pai! Arthur me olhou, depois voltou-se para Andréa. — Ele nunca ficaria com uma garota como você, lamento te dizer. Ele segue a tradição. Provavelmente vai se casar novamente, mas será com alguma mulher do nosso meio.
Houve um silêncio, eu insisti na acusação: — Vocês pensam que podem me enganar? Nunca teve namoro! Os dois começaram a menear a cabeça em negativa. — Não, Juliette, não diga uma coisa dessa!— Arthur ficou visivelmente atordoado. Nesse momento, o quarto foi invadido. Romeu entrou com as criadas. — Está tudo bem, meu filho?— ele quis saber. Eu senti um nojo dele e saí correndo dali. — Juliette!— ele veio atrás de mim gritando. Eu entrei no quarto que foi dos meus sogros e girei a chave, trancando-me. — Juliette, abra a porta! Eu quero falar com você! Eu chorava incansavelmente. Enquanto isso, Arthur pediu que as criadas se retirassem do quarto e o deixasse a sós com Andréa. Ele fechou a porta e virou-se para sua suposta namorada. — Que história maluca é essa, Andréa? De onde tirou essa ideia absurda? Andrea levantou-se rapidamente da cama, rindo. — Você não queria separar os dois? Então meu caro, quando a sua m
Eu procurei ficar calma, enquanto ele estava em pânico. — O quê? — Ela está grávida — eu repeti tranquilamente. — Não pode ser! Eu ergui os olhos, descansando os talheres calmamente no meu prato. — Não se preocupe, meu querido, esse filho não é do Arthur! Romeu meneou a cabeça impaciente e passou as mãos pelo rosto, indignado. — Por isso não a queria aqui! Viu como eu tinha razão? Ela tentou dar o golpe da barriga no meu filho! Minha voz saiu cansada, carregada de decepção: — Pelo contrário, ela fez questão de dizer que não era dele. Eu só não entendo porque não respira aliviado agora! Romeu não conseguia ficar calmo, o que só reforçava a tese de que ele tinha um caso com Andréa, e que possivelmente, era o pai do filho dela. Eu fazia das tripas coração para não explodir e dizer que sabia de tudo. Eu precisava manter aquele casamento, pois não estava em condições de enfrentar o meu marido, uma vez que me casei grávida de outro também