Ok, posso desmaiar agora? Ou seria muito vexame? Eu morri de medo que ele percebesse meu tremor. E tenho certeza de que enrubesci, mesmo não querendo.
Henry me deu um beijo estalado e sorriu:
- Se não é a “fedelha”? Você cresceu, prima. – ele me analisou dos pés a cabeça.
Meu pai foi chamado por um membro da corte e pediu licença aos nossos futuros convidados. Minha mãe o acompanhou, nos deixando sozinhas com os Chevalier.
Aimê colocou a mão nas flores do colar de Andrew e disse:
- Estas flores são lindas.
Ele mostrou um sorriso perfeito, retirando o colar florido do seu pescoço e colocando no de Aimê:
- Lindas flores para uma bela florzinha. – completou.
- Meu pai sempre dá o colar para Alexia... – ela me olhou. – Enfim, o colar finalmente é meu. – ela vibrou saindo de perto de nós e escolhendo um bom lugar para fotografar-se com as flores recebidas por Andrew.
- Prometo que o próximo colar de flores será seu. – Andrew me disse.
- Duvido que você consiga ganhar do meu pai novamente. – aleguei.
- Bem, então ainda assim você receberia o colar da mesma forma, não é mesmo? Mas eu ainda acho que venceria seu pai numa outra corrida.
- Vocês são bons... Mas terão que conviver com um Estevan irado com a derrota. – observou Pauline.
- Vocês estão diferentes... E lindas. – observou Henry, desta vez olhando profundamente para minha irmã.
- Posso dizer o mesmo de você. – disse Pauline sinceramente.
Olhei para minha irmã incrédula. Literalmente ela estava dando em cima de Henry Chevalier? Meu Deus, como se fazia isso sem corar e morrer de vergonha?
- Ei, onde está seu anel, “esposa”? – Andrew perguntou debochadamente.
- Ah, está guardado. – respondeu Pauline antes de mim.
Henry riu:
- Quando vi Andrew dando a coroa de flores para Aimê, lembrei do beijo que ele deu em você quando tinha apenas dez anos, Alexia. Lembram disso?
- Claro. – Pauline falou.
- Não há como esquecer. Fiquei um mês sem sobremesa. – confessei.
- E eu fui mandado para estudar em outro país, por minha irresponsabilidade e má criação. – disse Andrew fazendo careta. – Então, nosso beijo foi inesquecível para mim, acredite. Trouxe consequências.
- Bem, não foi exatamente um beijo. – falei corando novamente, indo contra o que eu acreditava realmente ter sido.
- Concordo. Hoje eu beijo de outra forma. – ele riu sedutoramente, me encarando.
- Na minha opinião nunca foi um beijo. – Pauline me olhou, certamente lembrando que eu dizia que sim, havia sido um beijo.
- Nunca mais brincamos de casamento depois disso. – lembrou Henry. – E acho que por isso somos traumatizados com esta palavra até hoje. – ironizou.
- Beijos, beijos... – Andrew riu. – Fazíamos umas brincadeiras loucas. E eu já tinha dezesseis anos... Se eu fosse Estevan, me daria um soco na cara.
Senti um beijo no meu rosto e quando percebi Gael estava me envolvendo com seus braços, puxando-me para perto dele:
- Ora, ora, se não são os irmãos Chevalier, ladrões de taças de Alpemburg.
- Este é Gael... – falei confusa, querendo me enterrar num buraco bem profundo se tivesse como.
- Namorado dela. – ele completou.
- Você me traiu, “esposa”? – foi a pergunta séria de Andrew, me fazendo novamente virar um pimentão vermelho.
- Ei, é só uma brincadeira, Alexia. – disse Henry divertidamente.
- Ela é assim... – observou Pauline.
- Que história é essa de esposa? – Gael me olhou confuso.
- É... Só uma brincadeira de infância. – expliquei.
- É mesmo? – Andrew me perguntou, debochado.
Senti o sangue ferver dentro de mim e pela primeira vez em toda a minha vida eu senti vontade de beijar um homem sem me importar com nada nem ninguém. Nossos olhos se encontraram novamente e não havia sorriso nos lábios dele. Andrew, como você conseguiu se tornar este homem que arranca tudo de mim com um simples olhar? É como se eu estivesse esperando por você há exatos oito anos. Como se minha vida iniciasse a partir do momento que nos reencontramos.
- Sinceramente, não acho justo vocês terem corrido pela taça. – continuou Gael.
- Só por que você não a ganhou? – Andrew provocou.
- Não mesmo. Por questão de justiça. Não podem vir de Noriah e pegar a taça de Alpemburg.
- Ganhamos a vaga honestamente, ganhando outros GP’s para chegar aqui. – explicou Henry.
- Acho que ele ficou chateado porque se não tivéssemos participado ele poderia ter ganhado o segundo lugar. – Andrew riu sarcasticamente.
Senti a respiração de Gael ficar mais rápida, mas ele não falou nada. Até porque, acho que não havia mesmo o que falar. Porque ele tirou o quarto lugar. E se os Chevalier não tivessem corrido, ele teria realmente sido o segundo colocado no pódio.
Meu pai voltou, fazendo se dissipar a certa antipatia que começava entre Andrew, Henry e Gael.
- Bem, meninos, vocês devem saber que vou exigir uma revanche. – meu lindo pai disse sorrindo.
- Valendo esta taça? – Andrew observou o seu troféu ainda no pódio.
- A taça é sua por direito, já que ganhou a competição nacional. Mas o desafio agora será na minha pista.
- Isso não seria muito justo, Estevan. Obviamente você conhece a pista melhor que qualquer um.
- Vocês estarão em meu castelo. Dou-lhes tempo para treinar.
- Acho justo. – disse Henry olhando para Andrew.
- Quanto tempo temos para treinar? – perguntou Andrew.
- Depende do quanto vocês pretendem ficar.
- Não temos muita pressa, na verdade. – Andrew me olhou novamente.
Fique... Fique a vida inteira, Andrew Chevalier. Porque eu já não tenho certeza se posso viver num mundo onde você não esteja presente. Por que meu coração batia tão forte na presença dele? Por que eu suava? Por que minhas pernas tremiam? Por que eu sentia um frio na barriga cada vez que ele falava? Se eu não me afastasse daquele homem, eu ficaria dependente dele para o resto da minha vida.
- Fiquem o tempo que quiserem. Nossa casa é a casa de vocês. Os filhos dos meus primos são como minhas filhas para mim. Tenho grande consideração por Dereck e Magnus. – meu pai disse.
- Viemos pessoalmente para trazer o convite e também lhe tirar o primeiro lugar, Estevan. – brincou Andrew. – Mas ainda assim agradeço o convite por nos receber em seu castelo.
- Eu volto às aulas no final do inverno. – disse Henry. – Não que seja nossa intenção ficar até o final do inverno. – ele fez questão de explicar, confuso, olhando novamente para Pauline. – O que eu quis dizer é que estou concluindo minha faculdade e esse é meu único compromisso em Noriah.
- E você... O que tem feito, Andrew? – perguntou Estevan curioso.
- Bem, eu estou investindo um pouco na participação em GP’s no mundo todo. Quero ganhar visibilidade... E talvez entrar no maior de todos: o mundial.
- Um Chevalier pretensioso. – disse Gael.
- Na verdade, ambicioso. – Andrew explicou.
- Você tem potencial, Andrew. Confesso que nunca pensei que um garoto pudesse me ganhar. – disse Estevan.
- Eu acho que não sou mais um garoto, Estevan. – ele explicou sorrindo. – Já estou com 24 anos. Corro profissionalmente. Isso para mim não é mais um hobby ou uma brincadeira. Eu levo a sério.
- E isso faz com que eu fique feliz por você ter tirado o primeiro lugar em Alpemburg. Mesmo que tenha tirado minha invencibilidade de anos, isso lhe trará uma maior popularidade. Eu corro por prazer... E você deve saber disso.
- E você, Gael? – Andrew perguntou diretamente para ele. – Também corre por prazer?
- Sim... – ele explicou, tentando encontrar palavras certas. – Sou um possível candidato a fazer parte da corte, alta cúpula política de Alpemburg, que auxilia o rei na tomada de importantes decisões.
- Auxiliar o rei ou a “rainha”. – Pauline fez questão de lembrar.
- Sim... Sei disto, Alteza. – ele referiu-se à minha irmã.
- Então seu objetivo é fazer parte da corte... – Andrew o encarou. – Por isso não se importa em aprimorar sua forma de pilotar?
Antes que Gael respondesse, meu pai disse:
- Ele só não tira o primeiro lugar porque eu sou o melhor de Alpemburg. Ou melhor, era. Ainda assim ele é o melhor depois de mim.
- E de mim e de Andrew agora. – Henry fez questão de ajudar Andrew na tentativa de acabar com Gael.
Fiquei confusa e não entendendo o motivo da antipatia imediata entre eles.
Gael sorriu e disse claramente:
- Só um primeiro lugar me importa. – ele me apertou contra ele, com força. – O lugar no coração de Alexia D’Auvergne Bretonne. E neste pódio eu sempre serei o primeiro.
Corei novamente, sentindo o beijo dele no meu rosto e o olhar de Andrew, Henry e meu pai sobre nós.
- Pois então... Cada um com seus objetivos de vida. E que possamos respeitar todos. E então, garotos, aceitam a revanche?
- Claro. – Andrew apertou a mão de meu pai, selando uma nova competição.
Henry colocou a mão em cima e quando vi Gael me soltou e colocou a mão sobre as deles:
- Faço questão de participar, Estevan.
- Por que não? – Andrew sorriu maliciosamente.
Ficamos esperando meus pais e Pauline terminarem as entrevistas com a imprensa. Havia alguns repórteres de canais de outros países. Procurei por Gael, enquanto via Aimê ao longe, entrevistando alguém com seu celular, provavelmente indo ao vivo em seu canal.
- Eu não a deixaria sozinha, caso fosse minha namorada.
Virei rapidamente, encontrando os olhos de Andrew, ao meu lado, me observando atentamente.
- Me assustou, Andrew. – confessei, sentindo meu coração batendo forte.
- Desculpe-me... Não foi minha intenção. – ele disse colocando as mãos para trás do corpo, tentando encontrar o que chamava a minha atenção.
- Tudo bem... Espero que goste de Alpemburg.
- Já gosto. – ele sorriu, me olhando.
- Fico feliz.
- Nunca mais quiseram visitar Noriah depois do ocorrido conosco?
- Não sei se foi este o real motivo. – confessei. – Acho que as coisas começaram a ficar mais difíceis por aqui. Fomos crescendo, Pauline tomando seu lugar enquanto herdeira da coroa...
- Tive medo que o motivo fosse o que eu fiz.
- Não cometemos um crime... Ao menos eu acho. – confessei rindo.
- Afinal, não foi um beijo de verdade. – ele lembrou. – Só uma brincadeira de criança.
- Exato.
- Mesmo assim eu ainda guardo a flor que você me deu.
O encarei confusa. O que ele queria fazer comigo, depois de oito malditos anos longe, povoando meus sonhos e minha mente?
- Eu... Eu...
Eu não sabia o que dizer. Ele riu e balançou a cabeça:
- Estou brincando.
Suspirei, não sabendo se era de alívio ou não.
- Mas eu esperava realmente que você tivesse guardado o anel. Achei que tivesse entendido que o casamento era de verdade na época. – ele estava sério. – Acredita que eu, aos dezesseis anos, levei um pouco a sério? E mais, eu acho que gostava de você... – ele balançou a cabeça, dando um meio sorriso. – Por isso acho que Estevan deveria ter me dado um bom soco. Eu fui um otário... Quase um pedófilo.
- Eu guardei o anel que era parte da argola de um chaveiro. E andei com ele um bom tempo no meu dedo, orgulhosa de ter casado com Andrew Chevalier. – confessei, rindo, sentindo meu coração ficar completamente envolvido com aquela conversa.
Nos encaramos um tempo, sem dizer nada. Os olhos cor de avelã dele, estreitos, procuravam algo que eu não sabia o que era... Mas que eu sentia, tão forte quanto a minha respiração, que começava a ficar mais rápida.
- Enfim, o tempo passou. E você cresceu, fedelha. – ele me empurrou gentilmente com seu corpo, sorrindo.
Dei um passo para o lado, com o impacto do corpo dele. Gael me pegou, passando o braço pelos meus ombros:
- Vamos indo na frente, linda? Esperar seus pais será uma tarefa árdua. Você sabe que Estevan não dispensa ninguém que queira falar com o rei.
Fiquei um pouco surpresa com a presença dele.
- Claro. – respondi mecanicamente.
- Onde está Henry? – perguntou para Andrew.
- Deve estar procurando alguma garota por aí. – ele explicou.
- E por que você não faz o mesmo? – Gael questionou.
- Mas eu estava justamente fazendo isso quando você chegou! – Andrew riu sarcasticamente.
- Andrew Chevalier, você está dando em cima da minha namorada? – perguntou Gael sinceramente e eu pude sentir irritação na voz dele.- Ei, Gael, você até me ofende dizendo isso. Alexia é minha prima. Aposto que Estevan ficaria muito bravo se soubesse que você sequer mencionou esta possibilidade. Conheço Ale desde que ela nasceu.Ale? Como assim “Ale”? Só meu avô me chama assim, de forma tão íntima. Quem é você, Andrew Chevalier, que chega do nada e toma conta de tudo?- Ei, eu estou aqui. Detesto quando falam sobre mim fingindo que não estão na minha presença. – falei. – Gael, só estávamos conversando sobre quando éramos crianças. Fiquei oito anos sem ver “meu primo”. Então estávamos lembrando divertidamente da nossa infância. – olhei para Andrew. – Não tente deixá-lo com dúvidas com relação a mim, Andrew. Eu não sou este tipo de garota.Andrew me olhou sarcasticamente, com um meio sorriso. Saí e deixei os dois ali sozinhos, sentindo meu rosto pegar fogo.Andei até o local onde ficava
- Em primeiro lugar, não casamos de verdade. – falei encarando-o.- Ah, isso doeu profundamente no meu coração ainda adolescente, que jurava que havia sido verdade. – ele riu sarcasticamente, colocando a mão no coração e se curvando levemente, como se tivesse sido ferido.- Em segundo lugar, não é uma anel, aliança ou seja lá o que for de verdade. Era só uma argola de chaveiro.- Que você guardou por oito anos? – ele balançou a cabeça. – O que faria se eu lhe desse uma joia verdadeira?Fiquei corada e ele riu, tocando meu rosto:- Sua pele a denuncia...Dei um passo para trás e continuei:- Em terceiro lugar, quero que respeite Gael... Porque ele é meu namorado.- Então você deve respeitá-lo primeiro.- Não entendi...- Seus olhos a condenam, fedelha.- O que você está querendo dizer?- Que você quer repetir o beijo tanto quanto eu.Senti meu coração bater descompassadamente e um frio na barriga me deixar praticamente imóvel, com um misto de sentimentos dentro de mim que eu não conseg
- Eu quero... Que ela goste de Noriah Sul... Que goste do baile do meu tio... – ele disse tentando encontrar as palavras certas.Eu sorri, encarando-o divertidamente. “Sai desta, príncipe sem coroa”. Minha mãe não é nada fácil. Ele pode ser mil vezes pior que meu pai.- Certamente Alexia gostará, assim como Pauline e Aimê. Só não quero que ela saia de lá com uma aliança, se é que me entende. – disse ela sorvendo lentamente o licor de morango enquanto o olhava.- Aquilo foi uma brincadeira de criança, Satini. – ele justificou.- Você tinha dezesseis anos na época. Não era mais uma criança.- Já paguei por meus atos, acredite.- Mãe, não vamos retomar este assunto. Está encerrado, já faz oito anos.- Se está encerrado, por qual motivo você foi atrás do tal anel de argola de chaveiro agora pouco?- Eu... Eu...- Vamos, Alexia. Estou esperando. – ela sorriu ironicamente.- Queria mostrar para Andrew que ainda guardava... – falei tentando ser convincente.- E por qual motivo?Olhei para An
Eu ri:- Quer mesmo que eu acredite em você, Andrew? Você beija sua prima que mora na mesma casa que você. Com tantas mulheres à sua disposição, por qual motivo quer se envolver justo com suas primas? Alguma espécie de fetiche?- Eu só fui sincero com você. E agora entendo o que sua mãe quis dizer quando falou da minha “vida agitada”. Nem tudo é verdade. Garotas tiram foto comigo e postam em todos os lugares... Não quer dizer que namoro com elas.- Devia arranjar uma namorada séria.- Meus pais sempre dizem isso. Quer ser minha namorada séria, Ale?Eu dei um tapa nele, com força e ele começou a rir.- Não brinque comigo, seu idiota.- Nem pensar. Tenho medo de Satini D’Auvergne Bretonne.- Tenha medo de mim, Andrew Chevalier. Sou filha de Satini e Estevan. Eles destronaram um rei.- Olho para você e seu belo par de olhos verdes e confesso que gostaria muito de vê-la me fazendo mal... Muito mal... Na minha cama.- Seu idiota. – levantei.Achei que a conversa era séria, mas percebi que
O silêncio tomou conta do ambiente. Henry disse:- Parece que você tem uma admiradora, Andy.- E então? – Aimê ficou esperando a resposta.- Responda, Chevalier. – incentivou Gael ironicamente.- Eu... Não posso dar o anel para você. Porque ele é da sua irmã. – Andrew me olhou. – Então, depende dela e não de mim você ficar ou não com o anel.Canalha, devolveu a pergunta para mim. Que droga! Respirei fundo e disse:- Pode ficar com o anel quando sua amiga devolver.- Obrigada. – ela me abraçou. – Então não faz sentido você ter tentado me matar por causa do anel.Aimê, você está dificultando as coisas de propósito para mim.- Aimê, hora de dormir. Mamãe está esperando por você. – disse Pauline. – Para cama. Você já se despediu de todos.Minha irmã caçula saiu e a criada de confiança de meus pais voltou a ocupar seu lugar, parada de pé ao lado da porta. Aquilo começava a ficar ridículo.- Quer me contar sobre o anel? – Gael me olhou.Puxei-o pelo braço e levei-o para um lugar mais reserv
- Não! Eu ainda sinto amor por Alef.- Ah, não acredito. Depois de tudo que ele fez.- Ele não me obrigou a dormir com ele. Eu fiz porque quis.- E depois disso ele simplesmente não procurou você por meses. E você sabia que ele estava com outras garotas.- Por que você acha que ele se aproveitou de mim? Eu acho que eu me aproveitei dele. Achava ele lindo, gostava dele... Quis que ele tirasse a minha virgindade e pronto.- Só que havia sentimento da sua parte.- E da dele também. Ou ele não continuaria correndo atrás de mim.- O que você acha que aconteceu entre a família dele e os nossos pais? Nem nosso avô gosta dele. E você sabe que nosso avô é incapaz de odiar alguém.- Eu acredito que, embora nossos pais digam que não, o problema foi a diferença de classe social entre nós. Você mesma ouviu quando nosso pai disse que ele teria que aprovar nossos namorados e que não poderia ser qualquer pessoa.- Quando você dormiu com Alef pela última vez? – perguntei curiosa.- Faz um tempo.- Voc
- O que acham de irmos à uma casa noturna? – convidou Pauline.- Eu acho uma ótima ideia. Faltou conhecermos a noite de Alpemburg, visto que durante o dia praticamente já fizemos tudo que poderia ser feito junto de Estevan. – disse Henry.Eu estava parada, próxima da parede, com os braços para trás, segurando minhas próprias mãos. Foi quando senti dedos acariciando os meus. Olhei para Andrew, parado ao meu lado, com os braços também para trás. Deus, o que ele queria fazer comigo? Senti meu coração disparar, se é que era possível bater mais forte do que já batia. E tentei não enrubescer, sem ter certeza se eu conseguiria. Passei levemente meu polegar sobre o dorso da mão dele, com uma coragem que jamais imaginei ter na minha vida.Foi quando ele pegou a minha mão, enlaçando meus dedos com os dele. Andrew, eu poderia sair com você agora e ser sua esposa de verdade, não mais de brincadeira. Porque se quisesse, eu me casaria com você. Pensei enquanto sentia um frio na minha barriga, desce
Pus-me no na frente de Gael e pedi:- Andrew, por favor, não faça isso. – observei algumas pessoas se aglomerando perto de nós. – Meu pai... A mídia.Andrew largou-o com raiva. Vi Pauline e Henry logo atrás de Andrew, e me senti mais segura.- Nunca mais toque um dedo nela. – avisou Andrew.- Para que só você possa tocar? Nem perca seu tempo. Ela não gosta de sexo.- Talvez não com você. – Andrew falou seguramente.- Por que não resolvemos isso nas pistas, como Andrew já tinha sugerido, Gael? – tentou Henry.- Porque ele tem medo. – Pauline falou. – Sabe que perderá para vocês.- Não tenho medo. Aceito o desafio. E qual será o prêmio? Se vocês perderem deixam Alpemburg?- Quem sabe o vencedor ganha um beijo de Alexia? – tentou Henry. – E o segundo lugar um beijo de Pauline. – ele olhou para minha irmã.- Acham mesmo que somos troféus? – bradei, furiosa. – Pois bem, eu corro por mim mesma.- Como assim? – Andrew perguntou, não entendendo nada.- Estou na corrida, Andrew. E corro para n