Fiquei impressionada quando chegamos no autódromo. Havia poucos expectadores. Em Alpemburg as corridas eram grandes eventos.- Eu disse que o automibilismo não é muito popular por aqui. – Andrew me falou, como se descobrisse meus pensamentos.Estávamos de mãos dadas e já vestidos para a corrida, andando entre o público e os pilotos. Corridas de carros podia não ser tão popular em Noriah, mas Andrew Chevalier era, principalmente entre as mulheres. Ele cumprimentava todos cordialmente, sabendo que era o centro das atenções.Quando chegamos ao local onde estavam os carros, a equipe dele estava a postos. Me senti um pouco despreparada ao perceber que estava praticamente só com ele ali. Foi quando vi minha McLaren Speedtail vermelha.- Andy... – falei com meu coração querendo saltar fora do peito.- Esqueci de dizer que você tem uma equipe, Chapeuzinho. Pequena, mas tem. – ele falou no meu ouvido.Foi quando vi meu avô, Sean, vindo do fundo do local. Eu não consegui enxergar nada além del
- Açúcar no tanque? Eu poderia dizer que é muito amadorismo. Mas ela conseguiu chegar ao seu carro e sabotá-lo, na maior corrida de Noriah Sul. Então não acho que ela seja tão fraca como imaginei. – disse Sean.- Você precisa falar com Andrew e Katrina. – alertou Pauline.- Eu sei. Mas não vou fazer isso agora. Acabei de sair de lá. Já dei bastante trabalho para os Chevalier com relação à ela. Não quero incomodar minutos depois de pegar o vôo.- Ela tem razão. – disse Sean. – Afinal, a oportunidade para o mundial já foi perdida. Terá que tentar novamente ano que vem.- Vou fazer isso. – garanti. – Enquanto certamente Andrew estará sendo um dos melhores pilotos do GP.- Ele é bom. Creio que em pouco tempo se tornará o melhor do mundo.- Como estão nossos pais? – perguntou Pauline.- Como vocês acham? Ansiosos, preocupados, mas tentando fingir que está tudo bem. Principalmente a mãe de vocês.- Imaginei que ela continuava tentando ser forte, mesmo preocupada. – falei.- E Alpemburg? Meu
Foi como se meu mundo desabasse naquele momento. E nada mais fizesse sentido. Por mais que minha família estivesse ali, não estava mais completa. Aimê estava doente... Muito doente. E só o nome da doença já me assustava.Então eu ouvi o choro de Satini D’Auvergne Bretonne, que não foi calado. Foi um choro que doeu dentro de todos nós. O choro de uma mãe que nada poderia fazer por sua filha. Eu também chorava por dentro. Mas não queria ser fraca naquele momento. A minha vida inteira vi minha mãe ser forte por nós. Agora precisávamos ser fortes por ela e ampará-la.Ela olhou para meu pai e eu temi a reação dele. Geralmente ela o acalmava e o acalentava. Mas não foi assim desta vez. Foi como se ele sentisse o mesmo que eu: era hora de deixa-la chorar... E limpar as lágrimas dela, dizendo que no fim, tudo daria certo. Ele a abraçou e deixou os gritos dela serem contidos no seu peito. Eu não estava naquele abraço, mas eu sentia sua intensidade e força. Agora ele precisava ser forte por ela
Preliminares? Eu gostava. Mas naquele momento eu não conseguia esperar para tê-lo dentro de mim. Antes que Andrew pensasse em fazer qualquer outra coisa a não ser me comer, abri minhas pernas e o fiz enterrar-se dentro de mim, enquanto enlacei seu corpo firmemente com elas.Entendendo o recado, Andy fodeu-me com força, fazendo com que meu corpo se chocasse contra o dele a cada movimento. Suas mãos impulsionavam meus ombros para baixo, fazendo com que o sexo mais selvagem que já fizemos se concretizasse naquele momento. União de dois corpos que precisavam se satisfazer em prazer e desejo imediata e mutuamente.Puxei um preservativo da gaveta do móvel ao lado da cama e abri com os dentes, entregando a ele, que me deu um sorriso infame:- Gostei disso. Quer colocar?Assenti com a cabeça e coloquei o mais rápido que consegui, só para não perder nenhum segundo dele dentro de mim.Meu sangue parecia queimar cada parte do corpo por onde passava. O cheiro de Andrew misturava-se ao som dos nos
Seguranças os separaram enquanto os flashes registravam cada minuto do que aconteceu ali. Novamente Gael sangrava enquanto Andrew, incontrolado, fazia-lhe ameaças. Óbvio que ninguém havia visto o que Gael havia feito antes. Foi como se Andrew tivesse o agredido sem motivo.Parei na frente de Andrew e pedi:- Olhe nos meus olhos, Andy. - Ele fez o que eu pedi. – Vamos embora, por favor.- Nunca mais fale de Alexia deste jeito. – ele apontou o dedo para Gael. – Da próxima vez ou vou matá-lo...Respirei fundo. Ele havia ameaçado Gael na frente de todo mundo. Droga, mil vezes droga. Quase o empurrei até o carro enquanto Gael retirava o carro de trás do nosso.Andrew começou a dirigir, ainda nervoso. Eu sentia a raiva exalando por seus poros. Fechei meus olhos, tentando me acalmar também.- O que acontece com você, Andy? Não consegue resolver as coisas se não for na porrada?- Tenho tentado me controlar, Ale.- Estou vendo. Você poderia ter feito isso em qualquer lugar, menos na frente do
- O quê? – perguntei para ter certeza de que foi aquilo mesmo que ouvi, embora não estivesse tão surpresa com a revelação dela.Ela virou o rosto para mim e nossos olhos se encontraram:- Eu estou feliz. – ela disse.- Eu... Não sei o que dizer.Eu não sabia o que dizer simplesmente porque o que eu diria talvez não fosse o que ela queria ouvir. Primeiro pensei nos meus pais, que passaram as últimas semanas envolvidos com Aimê. Agora receberiam a notícia de que a futura rainha de Alpemburg estava grávida. Aquilo seria o fim do reinado do meu pai... E dela. E quem receberia a coroa? Eu... A filha não grávida, segunda na linha de sucessão, aparentemente perfeita.Estaria eu sendo egoísta? Eu nunca fui assim. Era correto pensar em mim mesma antes de pensar nela?Coloquei a mão na barriga de Pauline e saber que um bebê estava ali dentro, um novo D’Auvergne Bretonne, com nosso sangue correndo em suas veias, estava crescendo naquele momento, fez com que as lágrimas escorressem pelo meu rosto
Três dias se passaram e eu ainda tentava adiar a minha partida para Avalon o máximo de tempo que eu conseguisse. Ficar longe da minha família me doía antes mesmo de acontecer.Minha mãe tinha razão: eu precisava viver a minha vida. E sabia que no atual contexto, sendo uma princesa de um pequeno, mas conhecido reino, fazer a faculdade como uma pessoa normal era um privilégio.Andrew já estava tão longe de mim. Agora todos ficariam para trás. E eu era péssima em fazer amigos ou criar vínculos com pessoas que eu não conhecia direito. Qual minha capacidade de governar um país? Nenhuma. Eu corava ao mencionar palavrões.Quando desci, vi meu pai conversando com os empregados. A presença dele no castelo me impressionou. Percebi que o rei mais parecia um visitante ali. Ainda assim fui abraçá-lo.- Por que você está aqui? Algum problema?- Creio que não possamos ter mais problemas do que já temos. – ele sorriu, dando um beijo no topo da minha cabeça.- Como está Aimê?- Do mesmo jeito.Minha m
No sábado eu e Pauline preparamos a sala de projeção para assistirmos ao vivo a primeira corrida de Andy no GP. Quando cheguei ao local, ela havia mandado trazer pipocas, doces e sucos. Estava sentada, com toda aquela comida à sua volta.Sentei ao lado dela e peguei um punhado de pipocas:- Você vai ficar gorda. – avisei.- Estou comendo por dois.- E vai engordar por dois.- Foda-se. – ela pegou um chocolate. – Acha que Andrew vai vencer?- Espero que sim.- Ele deve estar nervoso.- Kat e Magnus estão lá. Certamente o deixarão mais tranquilo.- Você não quis ir?- É muito longe... E ainda estou com um pingo de esperança de convencer nossos pais a não me mandarem para Avalon.- Por que você resiste tanto?- É muito longe, Pauline. Você não foi para um lugar tão distante. Por que eu tenho que ir?- Porque pelo visto nossa mãe quer que você conheça o tal rei de Avalon, que era ou é amigo dela.- Deve ser porque eu sou a filha do meio e ninguém se importa em que lugar do mundo eu vou es