(Siegfried)
— Ui, toda essa raiva é ciúmes? — Brinco, seguindo seus passos e subindo atrás dela, quase me desequilibro e uso as mãos para segurar na parede cheia de quadros familiares, com fotos inclusive dos meus avôs e primos. — Estou lisonjeado!
Dallas sobe até o terceiro andar e passa para o corredor, virando para o lado onde é o nosso quarto. As portas estão abertas, com flores no chão, as luzes dos abajures estão acesas em tons baixos e a cama está arrumada, com dois pares de travesseiros, manta, e almofadas decoradas.— Melhor, vou dormir em outro quarto essa noite. — Ela hesita, parando diante das portas do quarto master e gira, voltando o caminho. É o momento em que eu a bloqueio ali no corredor, me impulsionando para o alto da escada e impedindo a passagem com um sorriso de vitória. — Saia da minha frente. — Seus(Dallas)A beleza do campo se ergue em picos íngremes. O céu está imensamente azul, límpido, sem nenhuma nuvem, passando uma imagem calma e tranquila das montanhas de neve, o extremo oposto de como estou me sentindo. Enrolo alguns fios de cabelo castanho em meus dedos como uma corda e puxo para o lado, sentindo a dor no couro cabeludo se formar. Uma pena que não era uma corda enforcandoaquele pescoço maldito.
(Dallas) — Tenho que admitir. Esse lugar é mesmo inspirador. — Inspiro o ar fresco da natureza que nos engole. Horas depois estamos abraçados. Siegfried recostado na moto e eu em sua frente, com o braço apoiado em sua perna dobrada. Diante de nós há um lago sem o ondulações e de água azul cristalina cercado por montanhas. O vapor que sai do lago se desprende criando uma névoa branca contornando a floresta. É uma visão extremamente bela, uma que eu ainda não tinha visto da cidade. —
(Dallas)Siegfried me levou para um local não muito distante dali. Deixamos a moto na estrada com um soldado - eles vieram de carro atrás da gente, ou você acha que íamos simplesmente andar por aí sem proteção? - e seguimos por uma montanha, adentrando a floresta.Entre árvores de caule fino e manchado com cheiro fresco, estava uma cabana, de campo, mas como se fosse enterrada. Havia um pequeno espaço desmatado e coberto de brita ao redor da cabana, criando uma espécie de pátio ao ar livre e onde parecia que estava em construção em meio ao que parecia ser um banco de
(Siegfried) — Não sei se Karvel quer tomar o meu lugar ou se pretende apenas transformar a minha vida um inferno só porque levou um fora. — Dou um gole na cerveja amarga e quente limpando a espuma que gruda no bigode com a língua. Estava mesmo precisando beber alguma coisa, ou meu cérebro pode explodir. — Ele tem sido especialmente competente na segunda opção. As paredes dopub
(Siegfried) Afasto os cabelos castanhos de Dallas de seu pescoço e dou um beijo no único pedaço de pele ainda exposta. Seu perfume quase doce e sensual acorda a enorme serpente entre minhas pernas. — Hm, Dallas, que delícia. — Desço a mão para seu traseiro, apertando. Certo, eu confesso. Nada do que eu disse para meus amigos procede e eu estou completamente arriado por Dallas. Filha da puta! Ela consegue fazer o meu coração acelerar apenas com um so
(Dallas) A vibração do celular em cima do criado mudo ao lado da cama desperta-me do sono de repente. Não lembro meus sonhos dessa vez, o que é bom. Percebo o corpo de Siegfried contra o meu, seu calor intenso em minhas costas é apenas um lembrete do quanto esse homem é puro fogo.Em vários sentidos. Ergo o braço com cansaço e empurro os cobertores tomados pelo perfume forte de Siegfried. O cheiro de madeira nova e tinta de parede indicam o quanto aquele apartamento foi recém decorado.
O vento gelado tira meus cabelos do lugar e seguro uma mecha castanha com os dedos, prendendo-os atrás da orelha. Meus braços estão apoiados na grade de madeira enquanto eu ouvia os bodes berrando e Siegfried os alimentando ao lado dos fazendeiros contratados. Sabe o que eu falei sobre viver para sempre com Siegfried em uma onda de amor e sexo? Esqueçam, esse marasmo está me irritando profundamente. Deslizei os dedos pelo celular. Eu estava trocando mensagens de voz com minha irmã, até que resolvi ligar logo de uma vez. (Siegfried) As gotas massivas de chuva gelada batiam contra meu casaco impermeável preto. A água se juntava nos cantos do asfalto, jorrando como um rio farto. Atravessei a calçada pulando poças e adentrei o toldo de um estabelecimento comercial fechado pelo mau-tempo. — Onde está o maldito? — Tirei o capacete verde-escuro jogando-o ao chão, as runas ficaram de cabeça para baixo, mais ou menos como eu estava me sentindo. Estava ventando, quase 11 gra16