Alisson Smith Chegando em karlink, senti uma onda de emoção percorrer todo o meu corpo. Era como se eu estivesse voltando para casa, um lugar onde pertenço. Assim que saímos do avião, fui surpreendida por várias pessoas que nos esperavam, gritando o meu nome. Fiquei confusa e perguntei à Lemi o que estava acontecendo."O que é isso? Eles estão gritando meu nome?", perguntei, tentando entender a situação.Lemi me olhou com um sorriso e respondeu: "Você é uma princesa agora, minha querida."Olhei para a multidão de pessoas, crianças e adultos, todos agitando pequenas bandeirinhas. Não pude resistir à curiosidade e decidi me aproximar deles, mesmo com Lemi tentando me impedir. Aquelas pessoas pareciam me ver como alguém importante, alguém que eles admiravam. Estendi minha mão e também os toquei, sentindo a conexão com o povo.Enquanto isso, vários seguranças tentavam nos proteger da aglomeração, mas eu estava determinada a me conectar com as pessoas que me acolhiam com tanto carinho. Er
Alisson Smith Brasil Era para ser somente uma viagem com meu chefe, mas acabou se tornando um pesadelo para mim. A reunião de negócios tinha saído do controle e eu estava terrivelmente nervosa. Assim que chegamos no Brasil, onde eu pensei que nunca mais colocaria meus pés, lá estava eu parada naquele hotel novamente, onde tudo havia começado. O meu pesadelo parecia não ter fim.Assim que chegamos, meu chefe foi para o seu quarto e eu tinha uma hora para arrumar tudo. Então corri até a sala de reuniões. Muitas vezes abaixei a cabeça para que funcionários antigos não me conhecessem, afinal Alisson Smith é inglesa, nasceu na Inglaterra e fala sem sotaque. Me esforcei muito para isso. Ninguém nunca desconfiou de nada, e não seria agora que iriam desconfiar.Uma hora se passou e estava tudo perfeito, como deveria estar. Meu chefe logo chegaria com um novo sócio para assinarem a papelada, o homem havia herdado as ações. Então meu chefe veio pessoalmente para conhecer a pessoa que faria pa
Alisson Smith Londres - Dias antesEnquanto eu olhava aquela tabela mais uma vez, repleta de números e gráficos, respirei fundo. Estava exausta, minha rotina era extenuante. No entanto, agradeço pelo trabalho que tenho hoje. Nem sempre as coisas foram boas para mim, não quero nem me lembrar do passado."Alisson, venha até minha sala", minha supervisora me chama me tirando dos pensamentos.Caminho até lá, os outros funcionários me olham, alguns sorriem de lado, sabendo que algo bom não vem daquela sala quando ela nos chama. Não é à toa que ela tem o apelido de "bruxa loira da contabilidade". Todos temem o que ela pode fazer. Respiro fundo e bato na porta que está aberta."Posso entrar?" Ela gesticula com a mão, "Com licença", eu entro na sala."Fecha a porta", ela aponta para a cadeira e segura um lápis em sua mão. "Vou ser bem sincera", ela parecia falar consigo mesma e não comigo. "Você não se encaixa em nada, é uma incompetente, mas quando me descreveram…""Descreveram o quê?""Shh
Alisson SmithForam minutos intermináveis, enquanto aqueles números pulavam pelo painel acima da porta. Não acredito que ele estava ali atrás de mim num elevador. Como isso poderia estar acontecendo? E para minha sorte ele não me reconheceu.Fechei meus olhos, sentindo o cheiro dele e como mexia comigo. Quando esta porta abrir eu vou sair daqui o mais rápido possível, eu pensei. Cada parte do meu corpo entrou em uma nostalgia erótica. Um solavanco no elevador, me fez cambalear e me desequilibrar, indo em direção a parede de músculos atrás de mim. Era como se aquele corpo tivesse sido feito para se encaixar com o meu. As mãos grandes dele seguraram em minha cintura, não me deixando cair.O barulho da bengala caindo no chão misturou as batidas do meu coração. Como foi bom me aninhar pelo corpo dele. Tudo ficou escuro, não podíamos ver um palmo à nossa frente. Somente sentir o calor que emanava dos nossos corpos.O aperto em minha cintura e a respiração ofegante no meu pescoço. Eu me re
Alisson SmithAssim que me sentei na cadeira e abri o e-mail, lá estava uma lista de coisas que eu deveria fazer. Ir na casa dele quando fosse necessário, que absurdo é esse? Eu não seria uma secretária, e sim uma escrava. E sinceramente, eu não tinha esse tempo ocioso. Mas se eu negasse, seria demitida. E isso é algo que não pode acontecer.Podia muito bem pedir ajuda aos meus amigos. Mas não, eu não vou. Preciso caminhar com minhas próprias pernas. Quando eu pensei nessa frase, pensei que fosse no sentido figurado. E como se o destino tivesse me ouvido.Lemi, meu novo chefe, pediu que eu tirasse cópias de alguns documentos importantes, fizesse algumas ligações para agendar reuniões e também fui incumbida de buscar uma encomenda na farmácia do outro quarteirão. Tudo isso antes mesmo do horário do almoço.Corri de um lado para o outro, como uma louca com esses saltos que estão me matando, pois o sapato é da minha amiga, tentando cumprir todas as tarefas com agilidade e eficiência.No
Lemi Murabak"Quem é Luca?" A raiva toma conta de mim."Eu não lhe devo…", ela perde totalmente o foco quando eu aproximo o meu nariz do seu pescoço, mas não o toco."Explicação?" Eu termino a frase que ela começou e sussurro no ouvido dela. "Tenha em mente, senhorita Smith, que seu tempo agora é meu. Quando aceitou ser minha secretária, assinou um contrato com o diabo.""Não me disseram nada disso, senhor Murabak" sua respiração está descontrolada."Mas eu estou falando que o seu tempo será todo meu e terá que ficar à minha disposição. Sempre. Entendeu? Ou quer ser demitida?" Nossos corpos têm somente proximidade, mas não encosto nela."Não me disseram que eu seria assediada, no primeiro dia de trabalho.""E não está sendo" me distancio dela. "Só estou deixando claro que você é minha… Secretária" falo a última palavra bem devagar para que ela entenda, pois eu estava realmente passando dos limites. E se continuasse não sei a que ponto chegaria.Quando decidi vir para Londres, eu não i
Lemi MurabakSeu sorriso ao me ver era enigmático, despertando em mim uma mistura de curiosidade e preocupação. Intrigado, me aproximei o mais rápido que pude, com a minha bengala batendo no chão."Lemi, quanto tempo?" Ela já estava na minha frente."Aisha, você está diferente", fui pego de surpresa."Gostou?" Ela passa a mão nos cabelos. "Mudei um pouco, estava precisando ficar mais bonita.""Você já era bonita, mas agora está linda. Mas, imagino que você não tenha vindo até aqui para me mostrar seu cabelo novo", ainda estava confuso com sua presença ali. "Aconteceu alguma coisa?""Se você atendesse o maldito telefone, eu não precisaria deixar meu marido e meus filhos para vir atrás de você."Aisha, minha amada irmã. Já faz mais de dois anos que eu fui embora, depois de tudo o que aconteceu naquele maldito dia, deixei todos distantes da minha vida. Mas algo estava acontecendo? E aquilo me preocupou."E por que você veio atrás de mim?"Sem esperar uma resposta, ela abriu a porta do ca
Lemi Murabak Assim que o avião pousou em Kudsi, meu coração começou a bater mais rápido. A ansiedade, misturada com a expectativa, tomava conta de mim, pois sabia que iria me reencontrar com pessoas que amava profundamente. Empurrei a porta do avião e, com minha bengala apoiada em uma das mãos, comecei a descer as escadas.Eu já estava acostumado com os olhares das pessoas, o fato de ser manco chamava a atenção de todos ao meu redor. Antes, eu me importava com os olhares curiosos e julgadores, mas agora, com o passar dos anos, eu tinha aprendido a não permitir que essas opiniões alheias me afetassem.Contudo, quando avistei minha mãe e meu irmão esperando por mim, meu coração se encheu de emoção. Os olhos marejados de mamãe, que não conseguia conter as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. O nó em minha garganta parecia maior do que nunca, e só consegui soltar uma única palavra: "Mãe".Ela correu em minha direção e nos encontramos em um abraço apertado. O calor do seu corpo contra o