Alisson ou Renata O zelador, um homem quieto e de olhos curiosos, sua barba branca não condizia com a pele de seu rosto, estava ocupado limpando o meu quarto. Ele estava demorando mais do que o normal, e vez ou outra, lançava olhares preocupados para mim. Eu estava sentada na cama, observando o homem trabalhar em silêncio.De repente, Juninho entrou, havia despachado o dono do hospital. Seu olhar era duro e seus movimentos eram rápidos e decididos. Ele se aproximou da cama e do zelador, questionando-o."Você não vai terminar de limpar essa bagunça logo? Você está demorando demais", ele reclamou, dirigindo-se ao zelador. Em seguida, ele se virou para mim, "Renata, meu amor. Não pense em me trair, eu vi você falando com aquela médica intrometida, ela não precisa se meter em nossa relação."Senti um arrepio percorrer minha espinha. "Juninho, eu estou ficando com medo de você."Ele sorriu, mas não havia calor em seu sorriso. "Você não precisa ter medo de mim, se você não tentar fazer na
Alisson e RenataAlisson segurou a jóia na mão, seus olhos se fixaram na pequena pedra preciosa que brilhava sob a luz fraca do quarto. Ela não sabia quem a tinha colocado ali, mas havia algo nela que a fez se sentir segura. Sem hesitar, ela colocou a jóia em seu pescoço, sentindo o frio do metal contra sua pele. Ela só esperava que aquela jóia fosse para ajudá-la, um talismã talvez, em meio a toda a incerteza que a cercava.A porta se abriu e uma senhora entrou, trazendo uma bandeja com o café da manhã. Alisson comeu vagarosamente, cada garfada era um lembrete de que não estava apenas se alimentando por si mesma, mas também pelo pequeno ser que crescia dentro dela. Ela estava grávida e o pequeno bebezinho em seu ventre precisava que ela se alimentasse.“Bom dia, Renata. Como você está?”A médica entrou no quarto, acompanhada por um homem que Alisson reconheceu como um dos guardas que estava sempre do lado de fora. A médica perguntou como ela estava e Alisson respondeu que estava melh
Lemi MurabakO peso da coroa sobre minha cabeça não era apenas um símbolo de poder, mas também de responsabilidade. A multidão vibrava, celebrando a coroação em Karilink. Era um momento de união e esperança para meu reinado.No entanto, esse instante de glória foi interrompido pela explosão ensurdecedora. Caos e desespero se instalaram, levei Alisson, minha mãe e Diana para um esconderijo junto com José. Said cuidava de todos eles, mas as coisas fora do esconderijo saíram do controle, homens fortemente armados entraram no palácio e eles não vieram apenas fazer baderna. Eles eram parecidos e estavam atrás de alguém. Eles estavam atrás de Alisson. Eram homens de Juninho. Um deles quase me atingiu, Said logo apareceu junto com Aslan para dar cobertura. Mas quando a bomba explodiu eu só pude ver eles levando a minha mulher, minha princesa e o amor da minha vida. Ela tinha sido levada por homens desconhecidos, num ato traiçoeiro que abalou as estruturas da cerimônia.O choque inicial deu
ZaydEu sou um espião discreto. Estava ali por uma razão: Alisson. Ela era a minha missão. Juninho, o homem que sempre dava ordens naquele momento tinha sido muito claro. "Não tire os olhos de Alisson, mas mantenha a língua dentro da boca ou ela ficará fora do corpo." As palavras de Juninho ainda ecoavam em minha mente enquanto eu observava a saída dos funcionários do hospital.Trabalho para Aslan e a família Murabak há anos. Sou como um fantasma, sempre presente, mas nunca visto. Estou sempre lá, observando, ouvindo, coletando informações e ninguém sabe quem eu sou? Nem mesmo Lemi, um dos mais próximos de Aslan, sabe da minha existência. Essa é a minha função no palácio de Aslan, ser o olho e o ouvido invisível.Sei tudo sobre Alisson, e minha missão agora é salvá-la e mantê-la a salvo. Sei que o meu alvo termina o turno às dezenove horas, sei qual é o seu carro, sei que ela demora exatamente quinze minutos para trocar de roupa e sair do hospital. Sei tudo isso porque é o meu trabal
Alisson ou RenataJuninho, com sua voz grave e imponente, preenche o quarto. Zayd, parado na porta, parece uma estátua, imóvel e silencioso. Eu, estou no meio de tudo isso, confusa e assustada."O que você está fazendo aqui?" Juninho se levanta abruptamente e caminha até Zayd, sua presença dominando o espaço. "Vamos, me diga o que você está fazendo aqui dentro?""Eu..." Zayd hesita, olhando para Juninho que o segura pela camisa, "Vim avisar que eles estão por perto.""Eles estão aqui?" Juninho sorri, um sorriso que mais parece um grunhido. "Que venham os bobões árabes", ele desfere um tapas no rosto de Zayd, deixando-o vermelho, "Bom garoto.""Agora vou me retirar e procurar saber mais informações." Zayd, com o rosto marcado pelo golpe, abre a porta e sai do quarto."O que tá olhando, Renata?" Juninho se vira para mim, seus olhos faiscando. "Pode ficar tranquila, meu amor, seu homem está aqui pra te proteger", ele segura meu queixo e beija minha boca. "Nunca mais vão nos separar, ente
Alisson Smith“Me ajude a tirar ele daqui”, a doutora diz.“Vamos cair”, eu grito quando vejo a aeronave baixando.“Eu vou assumir o manche”, ele senta no lugar do homem enquanto eu e a doutora colocamos o piloto no banco de trás, “Estamos perdendo combustível, vou ter que pousar.”Eu estava em pânico. O helicóptero estava perdendo combustível rapidamente e a doutora ao meu lado confirmou que o homem ferido não estava nada bem. A situação era crítica e precisávamos encontrar um lugar para pousar antes que fosse tarde demais.“Ele não vai aguentar por muito tempo.”“Alisson, pegue meu celular e fale com Aslan por mensagem”, eu digitava freneticamente as mensagens, implorando para que ele viesse nos resgatar o mais rápido possível.Enquanto isso, Lemi lutava para manter o helicóptero sob controle. A sensação de que íamos cair a qualquer momento era avassaladora. Eu segurava firme no banco, rezando para que tudo desse certo. Já a doutora segurava o ferimento do homem De repente, uma ide
Alisson SmithSenti uma presença se aproximando, um corpo forte e imponente que me puxou contra si. Meu corpo se chocou contra uma parede de músculos, e por um momento, pensei que fosse Juninho. O desespero me consumiu, meus olhos ainda fechados, temendo o que poderia ver. Comecei a bater no homem que me abraçava, minhas palavras saíram em um grito desesperado."Seu filho da puta, me solta. Eu não quero ficar em suas mãos, nunca mais. Me solta."A resposta veio em um tom suave, um contraste gritante com o caos que me cercava. "Calma meu amor, sou eu. Estou aqui com você."A voz de Lemi. Abri os olhos, encontrando o olhar dele. Ele me abraçou e me deu o beijo mais delicioso que já provei. Quando pensamos que uma pessoa que amamos morre, o mundo por instantes acaba para nós também. O medo e desespero, são como bombas que explodem nossos corações de forma devastadora. Mas ver Lemi ali na minha frente é ter esperança novamente. E a pergunta que me faz ficar cada vez mais ansiosa e temeros
Alisson Smith Chegando em karlink, senti uma onda de emoção percorrer todo o meu corpo. Era como se eu estivesse voltando para casa, um lugar onde pertenço. Assim que saímos do avião, fui surpreendida por várias pessoas que nos esperavam, gritando o meu nome. Fiquei confusa e perguntei à Lemi o que estava acontecendo."O que é isso? Eles estão gritando meu nome?", perguntei, tentando entender a situação.Lemi me olhou com um sorriso e respondeu: "Você é uma princesa agora, minha querida."Olhei para a multidão de pessoas, crianças e adultos, todos agitando pequenas bandeirinhas. Não pude resistir à curiosidade e decidi me aproximar deles, mesmo com Lemi tentando me impedir. Aquelas pessoas pareciam me ver como alguém importante, alguém que eles admiravam. Estendi minha mão e também os toquei, sentindo a conexão com o povo.Enquanto isso, vários seguranças tentavam nos proteger da aglomeração, mas eu estava determinada a me conectar com as pessoas que me acolhiam com tanto carinho. Er