Capítulo 5 – Problemas e soluções.

L E I L A  V A L L E N C E

    Meus braços estavam carregados das recentes compras. Comprei diversas joias para Selina. Minha querida filha havia ficado tão triste com o presente que meu marido deu para Selen, precisava anima-la.

Sua festa de aniversário foi um sucesso e eu fiquei tão feliz por sua felicidade.

Deixo minhas sacolas no quarto e vou para o de Selina, as pousando na cama ao lado dela, como sempre ela estava com os fones nos ouvidos, ignorando minha presença, ainda irritada.

Me aproximo sutilmente e tiro seus fones, ignorando seus resmungos.

– Olhe o que comprei para você! – Digo animada, olhando para as sacolas, ela logo se levanta abrindo as mesmas e jogando as embalagens no chão.

– Mãe! Não acredito! Obrigada! – Apenas diz, fico feliz. Mas toda sua animação some quando ela escuta seu celular vibrar, com uma nova notificação.

Continuo o que ela estava fazendo e desembalo tudo.

– Olha só! – Ela me empurra seu celular. – Ele agora me mandou uma foto, isso não é a praia em frente ao prédio do meu pai? – Vejo nervosismo em seus olhos, assustada eu abro a imagem, era realmente a praia em frente.

– Não filha, não é – Tento acalma-lá.

– Mas se não é, por que ele me mandou essa mensagem também? – Aponta com o dedo e só então vejo.

"Estou mais perto de você, meu amor"

Mas o que que é isso?!

– Querida? – Olhamos assustadas para a porta, Thomás está apenas com o cabeça para dentro do quarto. Olho para Selina, pedindo com o olhar para que ela não conte nada a seu pai.

– Sim, meu amor? – Pergunto, entregando o celular para a nossa filha e me levantando.

– Preciso conversar com você. – Assinto com o cabeça e me viro para Selina.

– Daqui a pouco conversamos, ok? – Ela confirma com a cabeça, com os olhos arregalados.

– O que quer? – Pergunto a ele, o mesmo permanece em silêncio e segue em direção ao escritório. Contrariada, eu sigo.

Ele puxa a cadeira para mim e eu me sento.

– Recebi uma proposta de negócios – Abro o sorriso instantaneamente.

– Sim, mas por que está sério? – Confusa. Deveríamos estar comemorando.

– Tem uma condição – Suspira, passando a mão no rosto, ele faz isso quando está estressado.

– Sim, desembucha, homem! – Incentivo.

– O negociador quer nossa filha. – Sinto meu sangue congelar. O que?

– A Selina?!

– Quem mais? – Pergunta exasperado.

– Não sei o que fazer. – Continua.

– Ele tem propriedades? – Resolvo perguntar, se tivesse, eu não veria problema algum em um casamento.

– Sim, acredito que sim, se aceitarmos o casamento, ele investirá o dobro. – Fala pensativo.

– Temos que conversar com Selina, mas por mim, desde que ela tenha uma vida confortável, está tudo certo. – Resolvo dizer logo o que penso.

– Não sei, querida, ele não me pareceu muito confiável.

Após a nossa breve conversa, volto para o quarto de Selina e conversamos o resto do dia até a hora do jantar.

Thomás já estava á mesa quando desci as escadas.

Olho as horas no meu celular antes de sentar-me, em seguida a tela brilha com a chegada de uma menagem. Era Susan, a amiga mais próxima que tenho, ela não costuma mandar mensagem a essa hora.

"Você precisa ver isso!" É o que diz a mensagem, em seguida um link.

Abri o mesmo extremamente curiosa

Era uma notícia, uma nova polêmica envolvendo o nome da família, passo a mão no cabelo nervosa, novamente isso, não posso contar a Thomás.

– Minha vida é uma merda! – Selina entra no lugar chorando. – Mãe, por que eu só faço coisas ruins?! – Ela diz, olho para Thomás que rapidamente fecha o semblante, agora já era.

– O que aconteceu? – Pergunta. Em silêncio, entrego o celular para ele.

– Odeio minha vida! Gostaria de ter uma outra vida, começar do zero! – Soluça. E olha atordoada para nós.

– Eu perdi mais de 150 mil seguidores por conta dessa merda! – Diz. Olho para Thomás que está com a expressão completamente diferente. E penso no que ele pode estar pensando.

– Tenho uma ideia! – Fala sorrindo. E eu logo entendo.

S E L E N

    Dou seta para parar no acostamento em frente a casa do meu melhor amigo. A última vez que nos vimos foi no meu aniversário. Por um curto tempo já que ele precisava voltar para o hospital.

Sua mãe estava com leucemia a já estava lutando a alguns anos, ela era como uma mãe pra mim assim como tinha ele como um irmão.

– Finalmente, estava vindo a 20km/h? – Zomba, reviro os olhos.

– Boa baliza – Se aproxima do carro, descendo da calçada e dando 3 passos até mim, reviro os olhos constatando que com certeza o carro está torto.

Victor abre a porta para mim e eu desço do carro pegando minha mochila.

– Vamos, fiz um bolinho de laranja – Ele pega a mochila de mim e a leva, caminhamos até o caminho curto de pedras até a casa.

Victor era meu amigo desde o ensino fundamental, ficamos inseparáveis desde então. Ele é um ano mais velho que eu, tem 20 anos. Bem desconstruído eu diria, fumava de vez em sempre seu cigarro de tabaco e me fazia refletir com curtas frases, eu o admirava por seus pensamentos evoluídos, sempre nos envolvíamos em conversas profundas quando estávamos juntos.

Mesmo não falando muito da minha vida pessoal, eu me sentia leve quando conversávamos.

– Como ela está? – Pergunto, me referindo a tia Nancy.

– Na mesma – Me responde em um tom triste na voz.

Entramos na casa e vejo ela senta no sofá.

– Minha flor – Me salda, sorrindo para mim.

– Olá, tia Nancy – Me aproximo, me inclinando e a abraçando e dando dois beijinhos no rosto.

– Como se sente hoje? – Pergunto.

Conversamos por alguns minutos até Victor me chamar para tomarmos café na varanda, já era fim do dia.

Tomamos em silêncio, discutindo sobre o início do verão.

– Você já viu na nova polêmica que sua irmã se meteu? – Reviro os olhos, não vi mesmo e nem queria.

– O que ela fez desta vez? – Pergunto forçadamente, odiava falar sobre ela.

– Foi racista com uma atendente no quiosque próximo aquela pista de skate. – Conta, pegando o isqueiro em cima da mesa e acendendo seu cigarro.

– Que droga – Apenas digo. – O que leva uma pessoa a fazer algo assim?

– Soberba, tudo o que compõe riquinhas mimadas como ela, acha que nada do que fazem tem alguma consequência e por isso nunca param.

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