CAPÍTULO 3

Ele baixou a cabeça, o rosto perto do meu, seus olhos brilhando com um calor inexplicável. Seus dedos começaram a deslizar suavemente sobre meu pescoço, descendo pelo meu colo até chegarem aos meus seios. Quando ele os tocou, senti um arrepio intenso percorrer meu corpo, como se sua pele estivesse carregada de eletricidade. Era um toque delicado e ao mesmo tempo possessivo, que fazia minha pele queimar e minha respiração acelerar.

— Você sente isso, Ayla?

Ele sussurrou, a voz baixa e carregada de promessas perigosas.

— Sente como seu corpo responde ao meu? É isso que você deseja, mesmo que tente negar.

Eu queria gritar, afastá-lo, mas as palavras se prendiam na minha garganta. Meu corpo parecia estar fora do meu controle, reagindo ao toque dele de maneiras que eu não conseguia evitar. Fechei os olhos, tentando bloquear as sensações, mas era impossível. Cada movimento dos dedos dele sobre minha pele fazia com que eu perdesse um pouco mais do controle.

— Pare...

Consegui murmurar, mas minha voz era fraca, quase suplicante.

Ele riu suavemente, um som que ressoou dentro de mim, intensificando a confusão que me dominava.

— Por que deveria parar, Ayla?

Ele perguntou, sua mão ainda explorando meu corpo.

— Você não quer isso? Seu corpo está me dizendo que sim. Está me implorando para que eu continue.

Eu sabia que ele estava jogando comigo, manipulando meus sentidos e emoções, mas era difícil resistir à força que ele exercia sobre mim. Minha mente estava dividida entre a luta para manter minha pureza e a atração irresistível que Azrael estava provocando.

— Isso é errado...

Tentei argumentar, mas as palavras soavam vazias, mesmo para mim.

— Errado?

Ele repetiu, seus olhos fixos nos meus, cheios de um fogo que me consumia.

— O que é realmente errado, Ayla? Seguir as regras que outros impuseram a você ou ouvir o que o seu próprio corpo está pedindo?

Ele se inclinou, seus lábios roçando levemente minha orelha, enviando outra onda de calor por todo o meu corpo.

— Você pode me negar com palavras, mas seu corpo nunca poderá mentir para mim.

Ele sussurrou, seus dedos agora passando suavemente pelos meus seios, desenhando círculos que faziam minha pele arder de desejo.

Eu sabia que estava à beira de ceder, que ele estava quebrando minhas defesas lentamente. Uma parte de mim queria que ele parasse, mas outra, uma parte que eu nunca havia conhecido, desejava que ele continuasse, que levasse adiante o que havia começado.

Azrael se afastou ligeiramente, apenas o suficiente para que eu pudesse ver o sorriso vitorioso em seu rosto.

— Não lute contra isso, Ayla.

Ele disse, a voz como um veneno doce.

— Quanto mais você resistir, mais prazer você vai sentir quando finalmente ceder. E eu estarei aqui, esperando por esse momento.

Ele finalmente se afastou, seus olhos ainda brilhavam com aquela promessa sombria.

— Eu voltarei, Ayla. E da próxima vez, vou fazer implorar por mais, até conseguir te consumir.

E com essas palavras, ele desapareceu, deixando o quarto mergulhado na escuridão e no silêncio, enquanto o meu coração batia descontroladamente, e o meu corpo tremia dos pés a cabeça.

Eu estava completamente desorientada, os resquícios do toque dele ainda vivos na minha pele, o calor de seus dedos ainda pulsando em meus seios. Meu coração batia descontroladamente, e eu sentia uma mistura de vergonha e excitação crescendo dentro de mim.

Foi então que, sem pensar, minha mão deslizou para baixo, até o espaço entre minhas pernas. Eu me toquei instintivamente e senti a umidade ali, quente e pulsante. A descoberta me chocou. Nunca antes meu corpo havia reagido assim, nunca antes eu havia sentido esse desejo, essa necessidade tão intensa, nenhuma dos meus pensamentos ocultos haviam me deixado molhada dessa forma.

A minha mente estava em caos, lutando para entender o que estava acontecendo comigo, na verdade eu entendia, eu só não queria admitir pra mim mesma que eu estava cedendo tão facilmente.

O impulso de continuar me tocando era quase irresistível.

Cada fibra do meu corpo clamava por alívio, uma urgência que eu nunca havia experimentado antes. Meu corpo estava em chamas, e a ideia de me entregar àquele prazer desconhecido, de finalmente ceder ao desejo que Azrael havia despertado, era tentadora demais.

Fechei os olhos, tentando afastar os pensamentos, mas a imagem de Azrael continuava vívida na minha mente, seus olhos penetrantes, o toque de seus dedos sobre minha pele. Era como se ele ainda estivesse ali, como se sua presença tivesse se enraizado dentro de mim, alimentando aquele desejo proibido.

Minha mão hesitou, os dedos roçando levemente contra a minha pele, e um gemido suave escapou dos meus lábios. Um calor profundo se espalhou pelo meu corpo, e por um instante, quase me deixei levar, quase cedi àquela necessidade desesperada de alívio.

Mas então, a voz da minha avó ecoou na minha mente, as palavras dela sobre a importância de proteger minha pureza, sobre a batalha que eu estava travando contra algo muito maior do que eu. Azrael estava me manipulando, tentando destruir o que eu mais prezava. Ele queria que eu perdesse o controle, que eu me rendesse, mas eu não podia deixar que isso acontecesse.

Com um esforço tremendo, retirei minha mão, o coração ainda disparado e o corpo em chamas. A vontade de me masturbar era quase insuportável, mas eu sabia que ceder significava dar a Azrael o poder sobre mim, permitir que ele quebrasse a última barreira que eu tinha erguido. Eu não podia deixar que ele vencesse.

Lutei contra aquele desejo avassalador, cada segundo parecendo uma eternidade. Concentrei-me em respirar, em acalmar meu corpo, em afastar a imagem de Azrael da minha mente. Foi uma luta difícil, e o desejo não desapareceu facilmente, mas aos poucos ele foi se dissipando.

— Eu preciso descobrir como me livrar dele, eu preciso lutar contra isso.

Falei pra mim mesma, sentindo meus olhos queimarem, anunciando as lágrimas que estavam prestes a cair.

Eu me enrolei, e me permiti chorar, pois tudo aquilo estava sendo pesado demais pra mim, e assim eu fiquei, até o sono finalmente me abraçar.

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