Ele baixou a cabeça, o rosto perto do meu, seus olhos brilhando com um calor inexplicável. Seus dedos começaram a deslizar suavemente sobre meu pescoço, descendo pelo meu colo até chegarem aos meus seios. Quando ele os tocou, senti um arrepio intenso percorrer meu corpo, como se sua pele estivesse carregada de eletricidade. Era um toque delicado e ao mesmo tempo possessivo, que fazia minha pele queimar e minha respiração acelerar.
— Você sente isso, Ayla? Ele sussurrou, a voz baixa e carregada de promessas perigosas. — Sente como seu corpo responde ao meu? É isso que você deseja, mesmo que tente negar. Eu queria gritar, afastá-lo, mas as palavras se prendiam na minha garganta. Meu corpo parecia estar fora do meu controle, reagindo ao toque dele de maneiras que eu não conseguia evitar. Fechei os olhos, tentando bloquear as sensações, mas era impossível. Cada movimento dos dedos dele sobre minha pele fazia com que eu perdesse um pouco mais do controle. — Pare... Consegui murmurar, mas minha voz era fraca, quase suplicante. Ele riu suavemente, um som que ressoou dentro de mim, intensificando a confusão que me dominava. — Por que deveria parar, Ayla? Ele perguntou, sua mão ainda explorando meu corpo. — Você não quer isso? Seu corpo está me dizendo que sim. Está me implorando para que eu continue. Eu sabia que ele estava jogando comigo, manipulando meus sentidos e emoções, mas era difícil resistir à força que ele exercia sobre mim. Minha mente estava dividida entre a luta para manter minha pureza e a atração irresistível que Azrael estava provocando. — Isso é errado... Tentei argumentar, mas as palavras soavam vazias, mesmo para mim. — Errado? Ele repetiu, seus olhos fixos nos meus, cheios de um fogo que me consumia. — O que é realmente errado, Ayla? Seguir as regras que outros impuseram a você ou ouvir o que o seu próprio corpo está pedindo? Ele se inclinou, seus lábios roçando levemente minha orelha, enviando outra onda de calor por todo o meu corpo. — Você pode me negar com palavras, mas seu corpo nunca poderá mentir para mim. Ele sussurrou, seus dedos agora passando suavemente pelos meus seios, desenhando círculos que faziam minha pele arder de desejo. Eu sabia que estava à beira de ceder, que ele estava quebrando minhas defesas lentamente. Uma parte de mim queria que ele parasse, mas outra, uma parte que eu nunca havia conhecido, desejava que ele continuasse, que levasse adiante o que havia começado. Azrael se afastou ligeiramente, apenas o suficiente para que eu pudesse ver o sorriso vitorioso em seu rosto. — Não lute contra isso, Ayla. Ele disse, a voz como um veneno doce. — Quanto mais você resistir, mais prazer você vai sentir quando finalmente ceder. E eu estarei aqui, esperando por esse momento. Ele finalmente se afastou, seus olhos ainda brilhavam com aquela promessa sombria. — Eu voltarei, Ayla. E da próxima vez, vou fazer implorar por mais, até conseguir te consumir. E com essas palavras, ele desapareceu, deixando o quarto mergulhado na escuridão e no silêncio, enquanto o meu coração batia descontroladamente, e o meu corpo tremia dos pés a cabeça. Eu estava completamente desorientada, os resquícios do toque dele ainda vivos na minha pele, o calor de seus dedos ainda pulsando em meus seios. Meu coração batia descontroladamente, e eu sentia uma mistura de vergonha e excitação crescendo dentro de mim. Foi então que, sem pensar, minha mão deslizou para baixo, até o espaço entre minhas pernas. Eu me toquei instintivamente e senti a umidade ali, quente e pulsante. A descoberta me chocou. Nunca antes meu corpo havia reagido assim, nunca antes eu havia sentido esse desejo, essa necessidade tão intensa, nenhuma dos meus pensamentos ocultos haviam me deixado molhada dessa forma. A minha mente estava em caos, lutando para entender o que estava acontecendo comigo, na verdade eu entendia, eu só não queria admitir pra mim mesma que eu estava cedendo tão facilmente. O impulso de continuar me tocando era quase irresistível. Cada fibra do meu corpo clamava por alívio, uma urgência que eu nunca havia experimentado antes. Meu corpo estava em chamas, e a ideia de me entregar àquele prazer desconhecido, de finalmente ceder ao desejo que Azrael havia despertado, era tentadora demais. Fechei os olhos, tentando afastar os pensamentos, mas a imagem de Azrael continuava vívida na minha mente, seus olhos penetrantes, o toque de seus dedos sobre minha pele. Era como se ele ainda estivesse ali, como se sua presença tivesse se enraizado dentro de mim, alimentando aquele desejo proibido. Minha mão hesitou, os dedos roçando levemente contra a minha pele, e um gemido suave escapou dos meus lábios. Um calor profundo se espalhou pelo meu corpo, e por um instante, quase me deixei levar, quase cedi àquela necessidade desesperada de alívio. Mas então, a voz da minha avó ecoou na minha mente, as palavras dela sobre a importância de proteger minha pureza, sobre a batalha que eu estava travando contra algo muito maior do que eu. Azrael estava me manipulando, tentando destruir o que eu mais prezava. Ele queria que eu perdesse o controle, que eu me rendesse, mas eu não podia deixar que isso acontecesse. Com um esforço tremendo, retirei minha mão, o coração ainda disparado e o corpo em chamas. A vontade de me masturbar era quase insuportável, mas eu sabia que ceder significava dar a Azrael o poder sobre mim, permitir que ele quebrasse a última barreira que eu tinha erguido. Eu não podia deixar que ele vencesse. Lutei contra aquele desejo avassalador, cada segundo parecendo uma eternidade. Concentrei-me em respirar, em acalmar meu corpo, em afastar a imagem de Azrael da minha mente. Foi uma luta difícil, e o desejo não desapareceu facilmente, mas aos poucos ele foi se dissipando. — Eu preciso descobrir como me livrar dele, eu preciso lutar contra isso. Falei pra mim mesma, sentindo meus olhos queimarem, anunciando as lágrimas que estavam prestes a cair. Eu me enrolei, e me permiti chorar, pois tudo aquilo estava sendo pesado demais pra mim, e assim eu fiquei, até o sono finalmente me abraçar.Na manhã seguinte, acordei com a mente pesada, o corpo ainda cansado da luta interna da noite anterior. Eu me arrastei para fora da cama, tentando ignorar as lembranças dos sonhos perturbadores e do toque de Azrael, mas era impossível afastá-los completamente. Enquanto me preparava para o dia, um sentimento de inquietação persistia, como se algo sombrio estivesse à espreita.Minha mãe estava na cozinha quando desci para tomar café, e me lançou um sorriso caloroso assim que me viu. — Bom dia, Ayla.— Bom dia mãe.Respondi após beijá-la no rosto.— Sua cara não está boa, não dormiu bem?— Na verdade não.— Então acho que você vai se sentir melhor agora. Recebemos uma visita especial hoje.Ela disse, com uma ponta de entusiasmo na voz. Antes que eu pudesse perguntar quem era, ouvi passos firmes na entrada da casa. Ao me virar, vi Daniel, um dos pretendentes mais respeitáveis e conhecidos da nossa família. Ele era um jovem bonito, com cabelos castanhos claros e olhos azuis penetrantes,
Assim que entramos pela porta, minha mãe nos recebeu com um sorriso, mas a expressão dela logo mudou ao perceber que havíamos voltado mais cedo do que o esperado.— Já estão de volta? Ela perguntou, surpresa, os olhos passando de Daniel para mim com uma leve curiosidade. — O passeio foi tão rápido assim?Meu pai também apareceu na sala, e havia uma leve preocupação em seu olhar.— Aconteceu alguma coisa, Daniel? Ele questionou, claramente querendo entender por que o passeio terminou tão abruptamente.Daniel, sempre educado e cortês, apressou-se em responder, tentando dissipar qualquer preocupação.— Não, senhor, senhora. Ayla mencionou que estava um pouco cansada, então achei melhor voltarmos mais cedo. Ele sorriu para mim, tentando me tranquilizar. — Foi um passeio muito agradável, mas acho que o calor do dia acabou nos deixando um pouco exaustos.Meus pais trocaram um olhar, ainda um pouco desconfiados, mas não pressionaram mais. — Entendo. Meu pai disse, finalmente assentind
A presença de Azrael era como uma sombra que pairava sobre mim, e a sensação de que ele podia aparecer a qualquer momento me deixava inquieta.Mas, enquanto eu estava ali, sozinha com meus pensamentos, uma coisa ficou clara: Eu não podia continuar assim, à mercê dos caprichos de um anjo obsessor. Não podia permitir que ele continuasse a me controlar, a me aterrorizar. Eu precisava reagir, descobrir mais sobre ele e, de alguma forma, encontrar uma maneira de impedi-lo.No dia seguinte, após uma noite de sono conturbada, decidi que precisava visitar minha avó novamente. Ela sempre foi uma mulher sábia, conhecedora das antigas tradições e lendas que cercavam nossa família. Se alguém pudesse me ajudar a entender o que estava acontecendo, seria ela.A caminhada até a casa da minha avó foi rápida, mas cada passo parecia ser guiado por uma determinação nova, como se o próprio ato de me mover em direção a ela já fosse um desafio contra Azrael. Ao chegar, ela me recebeu com um sorriso acol
Entrei no banheiro, ainda tremendo, com o coração disparado e a mente confusa. Precisava de um momento para mim, para tentar processar tudo o que havia acontecido. Liguei o chuveiro e deixei a água quente escorrer pelo meu corpo, fechando os olhos na tentativa de afastar o medo que Azrael havia deixado em mim. Cada gota que caía parecia levar embora um pouco da tensão, mas a sombra dele ainda pairava sobre mim, impossível de ignorar.Fiquei ali por um tempo que não consegui medir, deixando o calor da água acalmar meu corpo enquanto minha mente tentava encontrar alguma paz. Quando finalmente desliguei o chuveiro, me enrolei em uma toalha e respirei fundo, tentando reunir coragem para voltar ao quarto.Mas, ao abrir a porta do banheiro, meu coração quase parou.Azrael estava ali, parado no meio do quarto, seus olhos escuros fixos em mim. O susto me fez recuar, e meu corpo inteiro ficou tenso. Abri a boca, tentando dizer algo, qualquer coisa, mas a voz não saía como eu queria.— Por
Naquela noite, depois de tudo que havia acontecido, eu não conseguia mais ficar sozinha com meus pensamentos. Azrael estava em toda parte, em cada sombra, em cada suspiro do vento. Eu precisava falar com alguém, precisava que meus pais soubessem, porque eu não tinha mais forças para enfrentar isso sozinha. Meu coração batia rápido enquanto descia as escadas, cada passo pesado, como se uma mão invisível estivesse tentando me impedir.Quando cheguei à sala, meus pais estavam sentados no sofá, conversando em voz baixa. Ao me verem, seus rostos se encheram de preocupação imediata. Minha mãe se levantou primeiro, com seu olhar cheio de apreensão.— Ayla, querida, o que aconteceu? Você parece tão... assustada.Engoli em seco, tentando encontrar as palavras certas. Como explicar algo tão irreal, tão aterrorizante?— Eu... preciso falar com vocês. Algo muito estranho está acontecendo comigo. Algo que... me deixa com medo.Meu pai, que até então estava em silêncio, se inclinou para frente
Mesmo diante de um beco que parecia sem saída, eu precisava saber o que havia acontecido com Eliza, no fundo eu queria que o preço que ela havia pago, pudesse ser pago por mim também, mas quanto mais eu sabia da história, mais aterrorizada eu ficava.Respirei fundo e, com a voz trêmula, perguntei:— E o que aconteceu com Eliza depois que ela quebrou a tradição? O que realmente aconteceu com ela?Meus pais trocaram um olhar pesado, como se carregassem um segredo há muito tempo guardado. Meu pai foi o primeiro a responder, sua voz carregada de gravidade e tristeza.— Ayla, quebrar a tradição em nossa família não é algo simples. A virgindade é sagrada para nós, e a tradição é o pilar que nos mantém unidos. Eliza e seus pais fizeram a escolha de quebrar essa tradição para escapar do anjo que a assombrava, mas essa escolha teve um preço terrível.Minha mãe, com os olhos cheios de lágrimas, completou:— Quando uma jovem da nossa família quebra essa tradição, ela não pode mais fazer parte da
Depois da conversa tensa com meus pais, voltei para o meu quarto sentindo uma frustração enorme, uma mistura de desespero e impotência que parecia corroer meu peito. Como eu poderia viver sabendo que qualquer decisão que eu tomasse poderia trazer dor, seja para mim, para minha família, ou para as gerações futuras? As palavras dos meus pais ecoavam na minha mente, mas não conseguiam acalmar o tumulto de emoções que eu sentia.Eu me deitei na cama, mas o sono parecia uma promessa distante. A minha mente rodava, tentando encontrar uma saída, uma solução para o dilema que eu enfrentava. Mas por mais que eu tentasse, só encontrava mais dúvidas, mais medo. As horas se arrastaram, e só depois de muito tempo, quando a exaustão finalmente tomou conta, eu consegui adormecer.No entanto, o descanso que eu esperava foi rapidamente interrompido. O sonho começou com a mesma sensação opressora de todas as outras vezes, e eu soube imediatamente que ele estava lá. Azrael. O anjo que tinha transforma
AZRAEL ..Eu sou Azrael, descendente de uma linhagem antiga de anjos obsessores. Desde tempos memoriais, nós somos designados para uma única missão: Encontrar e corromper a pureza mais intocada, desafiando a luz e dobrando a vontade das almas puras à nossa escuridão. Não somos como os outros anjos caídos, que se contentam em espalhar caos indiscriminadamente. Nossa tarefa é mais refinada, mais específica. Somos caçadores, especializados em encontrar as vítimas mais raras e preciosas: Aquelas que nunca foram tocadas, que nunca cederam aos desejos carnais, que se mantêm puras em corpo e espírito.Eu fui forjado para essa missão. Minha essência foi moldada pelo desejo de subverter o que é considerado sagrado, de manchar o que é considerado intocável. Ao longo dos séculos, já quebrei muitas dessas almas. Com cada vitória, o meu poder e a minha fúria cresciam. Mas, como qualquer caçador experiente, sempre busquei uma presa que oferecesse um verdadeiro desafio, uma alma cuja pureza fos