70. Tudo fora do lugar

Alice

Fechei a porta com força, apoiando as mãos no alumínio enquanto sentia o coração batendo forte. As lágrimas que eu tanto segurei começaram a escorrer, mas eu as limpei rapidamente, recusando-me a deixar PG ou qualquer um me ver naquele estado.

— Você tá bem, minha filha? — Dona Olga perguntou com voz suave, se aproximando devagar.

— Tô, tô sim. Só preciso de um minuto. — respondi, sem me virar. Eu não podia encarar ninguém agora.

Dona Olga ficou em silêncio por alguns segundos, mas logo percebi seus passos se afastando. A casa estava estranhamente quieta agora, como se o caos que PG havia trazido tivesse sumido junto com ele. Mas dentro de mim, nada estava em paz. Tudo ainda estava uma bagunça, como se ele tivesse deixado um furacão e ido embora calmamente, sem se importar com os destroços.

Me sentei à mesa, olhando para os cacos de vidro do vaso que ainda não havia terminado de recolher. Era assim que eu me sentia: quebrada em mil pedaços. Cada vez que ele aparecia, parecia me
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