115. O Dono do Jogo

Alice

O clima continua tenso. O armário ambulante permanece quieto; pelo visto, compreende que PG não está para brincadeiras. A aglomeração de pessoas só aumenta. O suor brota na testa do vigilante, e sua pose de autoridade vacila diante da presença de PG. Ele tenta puxar o braço, mas PG ainda o segura, firme, sem pressa, como se avaliasse a situação, decidindo se vale a pena continuar jogando paciência ou se chegou a hora de derrubar o tabuleiro inteiro.

Observo sua roupa — é a mesma de horas atrás. Pelo visto, ele não esteve em casa; caso contrário, teria se trocado. Mas onde esteve? E, o principal, como soube que eu estava aqui?

Minha mente dá voltas, mas não posso perder o foco. Volto minha atenção para PG.

— Solta o meu braço, rapaz. — O vigilante tenta manter a voz firme, mas há uma quebra sutil em sua postura, um quase tremor nos dedos.

— Dá logo uma lição nesse vacilão, PG! — Uma voz surge do nada em meio à avalanche de pessoas.

Engulo seco. No início, até parece divertido ver
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