120. Aprendendo a Amar

Alice

Com os olhos marejados e o coração batendo a mil por hora, com toda a verdade que existe dentro de mim, encaro PG e digo:

— Eu não sei como te ensinar algo que sinto pela primeira vez na vida. — Dou uma pausa, tentando segurar a emoção que transborda dentro de mim. — Mas, se quiser, podemos aprender juntos.

PG não diz nada. Apenas fica de pé, segura minha mão e me puxa para mais perto. Seu olhar brilha, intenso e profundo, tão diferente do dia em que nos conhecemos. Naquele dia, seus olhos estavam sombrios, vazios e perdidos. Agora, estamos ambos emocionados. Esperamos tanto, e agora, inacreditavelmente, estamos aqui, silenciosos, dizendo o que sentimos sem precisar de uma única palavra.

Não há como negar: assim como dona Olga disse, estamos destinados um ao outro. Já passamos por tantas coisas para estarmos juntos, e parece que tudo isso serviu unicamente para nos fortalecer e blindar nosso amor.

"Meu Deus, como eu o amo."

Agora, com nossos corpos colados e os olhos
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