MALVINO Depois de tantas emoções que foi o dia de hoje, totalmente relaxado, em casa, assisti aos trabalhos da Yanah e Késsia tomando um bom vinho e admirando Martin que acertou na contratação, Yanah deve muito a Alina, que, além de irmã, é uma verdadeira mãe. Às vezes, tenho pena da Alina, mas, ao mesmo tempo, tenho raiva, porque o orgulho e a teimosia dela me tiram a paciência. No dia seguinte, acordei, não sou muito de ligar o celular assim que acordo, não faz parte da minha rotina, mas, hoje, o liguei, e o diário da Alina atualizou cedo, fotos dela numa ambulância chegando no hospital me fizeram arregalar os olhos. As demais fotos são de uma Alina desolada, sentada no chão do hospital, isso me causou um certo desconforto e, imediatamente, liguei para uma pessoa lá de dentro do hospital, que me repassou informações sobre Ykaro, o caso dele não é nada bom. Agora, é só aguardar Alina vir até mim. Ao invés de treinar, fui tomar banho para ir trabalhar, sinto que Alina irá lemb
ALINA Sai do escritório do Malvino sem me sentir. Ao sair na rua, o motorista do Malvino me chamou, e pedi a ele que me levasse de volta para o hospital. Ao chegar na recepção, a primeira coisa que perguntei foi se o meu irmão foi transferido para a ala particular, e a recepcionista disse que sim. Fechei os olhos de alívio, pois sei que as chances do meu irmão acordar serão maiores. Enquanto estive aqui, pedi para ir ver o meu irmão, e disseram que no momento não dava, sentei-me em uma das cadeiras e o meu celular começou a tocar, eu não queria falar com ninguém, o dia era o mais terrível possível e eu só queria acordar desse pesadelo. O celular chamou novamente e resolvi atender sem saber quem era e, ao ouvir a voz do Malvino, percebi que estou vivendo algo pior do que um pesadelo. Agora tenho que obedecer e cumprir ordens do Malvino. Quando ele me pede que eu deixe o hospital para ir arrumar as minhas coisas, pois ele conseguiu uma nova casa para mim, a minha vontade era de dizer
MALVINO Fui até o encontro da Alina, levando o contrato comigo, ela leu e ainda tentou questionar as exigências feitas por mim, mas foi em vão, a fiz lembrar que ela não está em condições de questionar nada. Alina assinou tudo, porque a lembrei do que já fiz pelo seu irmão, ele está no melhor hospital, não entendo tamanho drama da Alina, parecendo mais uma garotinha. Trouxe comigo uma cópia do contrato e sai, a deixando sozinha. Durante o caminho para o trabalho, recebi a ligação do caseiro, avisando que já está tudo pronto na casa de praia, e, de repente, tudo muda na minha mente e tomo a decisão de ir viajar amanhã mesmo, deixando tudo nas mãos do Martin. Algumas ligações foram necessárias para conseguir viajar amanhã cedo, Alina vai pirar com isso, mas pouco me importa a sua opinião, quero logo ficar com ela, foi por isso todo o meu investimento. Visitei uma obra com Martin e marquei de irmos almoçar juntos. Joguei sobre ele a bomba de me substituir pelo menos uns dois dia
ALINA Malvino foi embora, e eu fiquei criando forças para dar um passo, leio novamente o contrato e me arrepiei mais ainda com cada coisa que terei que fazer, o pesadelo é bem pior do que pensava, nunca irei me livrar do Malvino. Fui visitar o meu irmão, que ainda se encontra do mesmo jeito, e fui fazer os exames de sangue exigido por Malvino, como se não bastasse toda humilhação, ainda terei que ir a uma ginecologista. Viajar com ele assim, de uma hora para outra, e pior, com o meu irmão nesse estado, nunca vou me perdoar por chegar a esse ponto. Ao chegar no consultório da ginecologista, inúmeras perguntas foram feitas, e lá vai eu ficar vermelha de vergonha quando a médica perguntou se eu já tenho a vida sexual ativa, respondi que ainda sou virgem, mas necessito de métodos contraceptivos, pois irei me relacionar com um homem, ela receitou pílulas orais, os meus exames de sangue estavam todos normais. Dói-me muito ter que abandonar o meu irmão para acompanhar um homem que nem
MALVINO Alina dormiu no meu ombro até chegar em San Francisco e percebi o quanto o seu celular está velho, é só chegarmos que darei a ela um de presente. Relaxo também durante a viagem, com ela dormindo do meu lado, é notório o quanto Alina está totalmente sobrecarregada, sei que também tenho culpa nisso. Mas jamais iria ter Alina ao meu lado se não fosse pela doença do seu irmão. Dei-lhe um celular novo, mesmo ela dizendo que não precisa. Sentamos para almoçarmos juntos, e sai da mesa para atender algumas ligações, programando dias legais para mim e ela. Nós nos hospedamos no hotel e, por enquanto, em quartos separados, o olhar da Alina já mudou, ela não disse nada, mas percebi que a mesma está tensa. Ao entrar no meu quarto, descansei um pouco, guardei comigo o celular da Alina e só lhe darei quando voltarmos. Dormi um pouco e, quando acordei, já era noite, me arrumei completamente com uma roupa leve e branca e fui chamar Alina no seu quarto. Quando ela abriu a porta do seu
ALINA Nunca pensei na vida que um dia iria despertar tanta paixão, desejo e loucura em um homem. Malvino veio para cima de mim pegando fogo, mas um contrato foi assinado e a vida do meu irmão estava em jogo, me entreguei para ele, e o pior de tudo é que o meu corpo arrepia a cada toque dele, a minha intimidade pulsa por Malvino, não queria gemer, mas gemi de prazer, porque não sabia que a boca desse homem me levaria a sentir sensações que jamais sonhei em sentir, e o meu corpo covarde queria mais e mais. Malvino foi cuidadoso comigo, paciente, e me entreguei, sentindo aquele misto de sensações como dor e prazer, pois as duas coisas fazem parte do sexo, principalmente quando é a minha primeira vez. Após o nosso sexo, Malvino me olhava diferente, e eu só queria me esconder. Ele me beija demorado. — Está se sentindo bem, meu passarinho? — Malvino pergunta, sério. — Estou bem! Preciso de um banho. — O respondo, me cobrindo. — Não precisa se cobrir, Alina, você é linda e gostosa. —
MALVINO Alina é uma mulher especial, sorrio sozinho e feliz por eu ser o primeiro homem a beijá-la e tocar todo o seu corpo virgem, não consigo nem pensar nela longe de mim. Alina é teimosa, sei que as exigências que fiz a sufocam, e isso é nítido. Quando ela fica nervosa, coloca a minha família no meio da nossa discussão, e eu odeio que toquem no nome da minha família, pode não parecer, mas assim como a família dela é o centro da sua vida, a minha também é. Não sou movido a sentimentos, tanto que estou há anos morando longe deles, mas essa viagem é perfeita para ir visitá-los, minha sobrinha nasceu. No dia seguinte, virei de lado e fui abraçar Alina, mas me dei conta que a cama está vazia, me sentei rapidamente na cama e olhei para um lado para outro, assustado. — Alina não é nem louca de fugir, ela não faria isso. — Falo sozinho, mas já sentindo medo. Andei até o banheiro e ela não estava, corri até a sala, cozinha, nada, fui até a varanda e, de longe, a vi sentada na beir
ALINA Malvino me acompanhou até o hospital segurando na minha mão, quando chegamos, todos os olhares pararam em nós dois, fico um pouco sem jeito de aparecer com ele. Malvino apertou a minha mão levemente, e, para a minha surpresa, Otton estava fazendo companhia a Yanah no hospital, o que me deixou feliz também, mas, no momento, só queria me esconder no abraço da Yanah para tentar sanar a vergonha que estou com ela. Julguei tantas coisas erradas na minha irmã e hoje fiz coisas piores do que ela. Yanah me abraça, e, juntas, fomos para o quarto ver o meu irmão, lógico que ela pediu uma explicação para tudo o que viu agora pouco, mas eu não queria falar sobre mim e o Malvino, Yanah pareceu me entender quando falei que tudo foi por ela e Ykaro. Fiquei aliviada de ver que Ykaro não precisa mais daqueles aparelhos para viver, nada mais importava para mim a não ser ficar com o meu irmão, tanto que esqueci até do Malvino. Yanah foi embora com Otton, e eu fiquei segurando na mão dele, me ajo