MALVINO Fui até o encontro da Alina, levando o contrato comigo, ela leu e ainda tentou questionar as exigências feitas por mim, mas foi em vão, a fiz lembrar que ela não está em condições de questionar nada. Alina assinou tudo, porque a lembrei do que já fiz pelo seu irmão, ele está no melhor hospital, não entendo tamanho drama da Alina, parecendo mais uma garotinha. Trouxe comigo uma cópia do contrato e sai, a deixando sozinha. Durante o caminho para o trabalho, recebi a ligação do caseiro, avisando que já está tudo pronto na casa de praia, e, de repente, tudo muda na minha mente e tomo a decisão de ir viajar amanhã mesmo, deixando tudo nas mãos do Martin. Algumas ligações foram necessárias para conseguir viajar amanhã cedo, Alina vai pirar com isso, mas pouco me importa a sua opinião, quero logo ficar com ela, foi por isso todo o meu investimento. Visitei uma obra com Martin e marquei de irmos almoçar juntos. Joguei sobre ele a bomba de me substituir pelo menos uns dois dia
ALINA Malvino foi embora, e eu fiquei criando forças para dar um passo, leio novamente o contrato e me arrepiei mais ainda com cada coisa que terei que fazer, o pesadelo é bem pior do que pensava, nunca irei me livrar do Malvino. Fui visitar o meu irmão, que ainda se encontra do mesmo jeito, e fui fazer os exames de sangue exigido por Malvino, como se não bastasse toda humilhação, ainda terei que ir a uma ginecologista. Viajar com ele assim, de uma hora para outra, e pior, com o meu irmão nesse estado, nunca vou me perdoar por chegar a esse ponto. Ao chegar no consultório da ginecologista, inúmeras perguntas foram feitas, e lá vai eu ficar vermelha de vergonha quando a médica perguntou se eu já tenho a vida sexual ativa, respondi que ainda sou virgem, mas necessito de métodos contraceptivos, pois irei me relacionar com um homem, ela receitou pílulas orais, os meus exames de sangue estavam todos normais. Dói-me muito ter que abandonar o meu irmão para acompanhar um homem que nem
MALVINO Alina dormiu no meu ombro até chegar em San Francisco e percebi o quanto o seu celular está velho, é só chegarmos que darei a ela um de presente. Relaxo também durante a viagem, com ela dormindo do meu lado, é notório o quanto Alina está totalmente sobrecarregada, sei que também tenho culpa nisso. Mas jamais iria ter Alina ao meu lado se não fosse pela doença do seu irmão. Dei-lhe um celular novo, mesmo ela dizendo que não precisa. Sentamos para almoçarmos juntos, e sai da mesa para atender algumas ligações, programando dias legais para mim e ela. Nós nos hospedamos no hotel e, por enquanto, em quartos separados, o olhar da Alina já mudou, ela não disse nada, mas percebi que a mesma está tensa. Ao entrar no meu quarto, descansei um pouco, guardei comigo o celular da Alina e só lhe darei quando voltarmos. Dormi um pouco e, quando acordei, já era noite, me arrumei completamente com uma roupa leve e branca e fui chamar Alina no seu quarto. Quando ela abriu a porta do seu
ALINA Nunca pensei na vida que um dia iria despertar tanta paixão, desejo e loucura em um homem. Malvino veio para cima de mim pegando fogo, mas um contrato foi assinado e a vida do meu irmão estava em jogo, me entreguei para ele, e o pior de tudo é que o meu corpo arrepia a cada toque dele, a minha intimidade pulsa por Malvino, não queria gemer, mas gemi de prazer, porque não sabia que a boca desse homem me levaria a sentir sensações que jamais sonhei em sentir, e o meu corpo covarde queria mais e mais. Malvino foi cuidadoso comigo, paciente, e me entreguei, sentindo aquele misto de sensações como dor e prazer, pois as duas coisas fazem parte do sexo, principalmente quando é a minha primeira vez. Após o nosso sexo, Malvino me olhava diferente, e eu só queria me esconder. Ele me beija demorado. — Está se sentindo bem, meu passarinho? — Malvino pergunta, sério. — Estou bem! Preciso de um banho. — O respondo, me cobrindo. — Não precisa se cobrir, Alina, você é linda e gostosa. —
MALVINO Alina é uma mulher especial, sorrio sozinho e feliz por eu ser o primeiro homem a beijá-la e tocar todo o seu corpo virgem, não consigo nem pensar nela longe de mim. Alina é teimosa, sei que as exigências que fiz a sufocam, e isso é nítido. Quando ela fica nervosa, coloca a minha família no meio da nossa discussão, e eu odeio que toquem no nome da minha família, pode não parecer, mas assim como a família dela é o centro da sua vida, a minha também é. Não sou movido a sentimentos, tanto que estou há anos morando longe deles, mas essa viagem é perfeita para ir visitá-los, minha sobrinha nasceu. No dia seguinte, virei de lado e fui abraçar Alina, mas me dei conta que a cama está vazia, me sentei rapidamente na cama e olhei para um lado para outro, assustado. — Alina não é nem louca de fugir, ela não faria isso. — Falo sozinho, mas já sentindo medo. Andei até o banheiro e ela não estava, corri até a sala, cozinha, nada, fui até a varanda e, de longe, a vi sentada na beir
ALINA Malvino me acompanhou até o hospital segurando na minha mão, quando chegamos, todos os olhares pararam em nós dois, fico um pouco sem jeito de aparecer com ele. Malvino apertou a minha mão levemente, e, para a minha surpresa, Otton estava fazendo companhia a Yanah no hospital, o que me deixou feliz também, mas, no momento, só queria me esconder no abraço da Yanah para tentar sanar a vergonha que estou com ela. Julguei tantas coisas erradas na minha irmã e hoje fiz coisas piores do que ela. Yanah me abraça, e, juntas, fomos para o quarto ver o meu irmão, lógico que ela pediu uma explicação para tudo o que viu agora pouco, mas eu não queria falar sobre mim e o Malvino, Yanah pareceu me entender quando falei que tudo foi por ela e Ykaro. Fiquei aliviada de ver que Ykaro não precisa mais daqueles aparelhos para viver, nada mais importava para mim a não ser ficar com o meu irmão, tanto que esqueci até do Malvino. Yanah foi embora com Otton, e eu fiquei segurando na mão dele, me ajo
MALVINO Acordei no dia seguinte totalmente relaxado, dormi bem, sem insônia e sem sonhar com trabalho, lembrei da Alina e lamentei tudo o que está acontecendo na vida dela, a nossa viagem poderia ter se prolongado, mas chegou a hora de voltar ao trabalho. Contratei uma empregada para Alina, como o seu irmão estará em casa e, em breve, ela precisará dar atenção a ele, não tem escolha. Como era de se esperar, Alina me enviou mensagens para avisar que está indo para casa e perguntou sobre a empregada, fico feliz de ela estar me avisando o que eu já sei, afinal, o motorista não dá um passo sequer com Alina que eu saiba. Ao chegar na empresa, Yanah já se encontrava, fui diretamente até o seu escritório falar sobre o seu projeto. Preciso revelar que todo aquele projeto que ela está arquitetando é da Alina. Mas Yanah está mesmo preocupada é com Luína, que afirma que ela é minha amante, foi bom saber dessas acusações, Luína não perde por esperar. Yanah, já sabendo do meu envolvimento c
ALINA Dormi um pouco e tive que tomar o anticoncepcional, preciso trocar urgentemente esse método, sinto-me mal por tomar ele. Tomei um banho rápido e fui ficar com o meu irmão no hospital enquanto não chegava agora de ir para o jantar do Otton e ir ao encontro do Malvino, só de pensar nele, já sinto um frio na barriga. Quando cheguei ao hospital, encontrei Ykaro sorrindo, mostrando para a enfermeira uns presentes. Entrei devagar no quarto e ele sorriu. — Boa tarde, quanto presente lindo, Ykaro. — Falo. — Fiz um novo amigo, ele se chama Malvino e trouxe presentes para mim. — Malvino? — Falo, sem acreditar no que ouvi. — Sim, ele disse que é seu amigo e da Yanah. Se é amigo de vocês, é meu também. — Ykaro fala, sorrindo. — Claro que é. — Falo, sem graça, beijando o topo da sua cabeça. Pergunto o que Malvino pretende dessa vez, vindo trazer presentes para o Ykaro, eu não sei mais o que esperar dele, vejo todos os seus brinquedos e faço companhia a ele até a noite. Dói um