Medo nunca foi um traço em minha personalidade, aventureira, coragem em demasia, incontrolavel como os fenomenos naturais, não sendo em sem motivos a escolha do meu cavalo, com a chegada de Rodrigo em estado desolado, não sabia o que fazer, senti pena, como um garoto recém descobrindo o mundo lhe vi entrar no banheiro, talvez ferido, magoado, tendo certeza que a entrevista não foi boa. Rodrigo entrou no banheiro me deixando a flor da pele, eu queria comemorar a sua contratação, isso era bom, após passar a tarde vendo uma possível mobilia para a nossa casa, a sua chegada me fez perceber que não seria tão fácil assim, como fui tola em sonhar com esta facilidade. Ele entrou no banheiro, fechando a porta, o jeito que seu rosto mostrava, os olhos vermelhos, o semblante caido, os ombros para baixo, não me contive, pegando o endereço ainda anotando no bloco de notas, conferi o local, seja quem fosse este tal Martinez, que direito ele tem de ofender o meu futuro companheiro?Vesti uma calça
- Somos um casal, Ária, eu exijo saber para onde foi. - Por mais que eu já tivesse falado sem resposta, não houve alternativa a não ser sacudila, encontrando-a dormindo, apagada a meu lado. Será que eu fiz o certo, me perguntei lhe olhando dormindo a meu lado, a madrugada passo em claro. "Danilo está ai?" Chamo o cara a quem sempre considerei como um amigo, o mais próximo e intimo. " Evidente, sem sono?" Não houve estranheza pela sua pressa em responder. " Sim, sem sono, revoltado, cheio de duvidas, chateado."" Nossa, o que houve? Mas também depois de tudo que perdeu, não era pra menos"" Acho que estou arrependido"" O que? Como arrependido? Não vai me dizer que vocês brigaram?"" Acho que sim, ela saiu bem arrumada, quando eu mais precisava dela, saiu sem me dizer, voltou e não me disse, acha que ela tem alguém?" Suspiro fundo, olho a mulher na cama." Quem? Ária? Duvido, ela é honesta demais pra enganar alguém, mas me diz, você acha que a Caroline pode estar esperando alguém?
Os meus olhos cairam ao ver o ultrassom em tela, eu me recusei a fazer o exame de sangue, ao explicar um suposto trauma, há um ser dentro de mim, e pelo movimento de encher e esvaziar não era preciso o médico explicar que era um coração a bombear sangue, a fazer uma vida, a sala ficou em completo silêncio embora o doutor Simon explicasse muitas coisas.Eu me vi vagar pelo silêncio, e uma serie de questionamentos e duvidas desencadeadas, era eu e ele, eu e aquele ser a gerar dentro de mim, oito semanas, pela minha reação, foi como um tiro quando a doutora mencionou aborto, caso não fosse um filho desejado, mastigando a saliva, sentir o incomodo se formar em minha garganta. Talvez tenha algum problema devido aos medicamentos que venho tomado, isso me abalou ainda mais, sai do consultório perdida, ao chegar dentro do veículo as lágrimas desabaram-me, um filho? Eu nunca quis ter um filho, a minha vida acontecia desde sempre, mas um filho requeria planos.Eu sequer estava conseguindo pens
Por ela, eu enfrentaria as adversidades da pobreza, sem angustia, o seu calor no meu corpo, preenche como se fosse o homem mais rico do mundo, ainda havia o peso na consciência por ter vivido o luxo por anos, que meu avô me proporcionou, mas um luxo inoncente, eu não sabia o que ele foi capaz de fazer para ter tudo o que tem, eu jamais faria.Após Aria abrir mão da guerra fria, me permitindo aconchega-la em meu pai, sentir paz, ela é tudo que eu preciso, sorri fraco alisando o seu ante braço até pegar no sono. Não era o sexo, nem a beleza, tudo isso são meros detalhes. Acordo pela manhã com a cama vazia, me sento nela rindo da situação. A procuro pelo quarto, sabendo que não está, os sinais nos detalhes, a toalha molhada na cadeira, o roupão pendurado, ela saiu e certamente que cedo, algo havia acontecido para lhe deixar confusa, me arrumo notando que meu aparelho descarregou, saio deixando no carregador. Chego ao estacionamento notando que ela saiu de carro, outra vez usa o carro c
Tive absoluta certeza que era tudo medo, estive fazendo uma tempestade num copo da água. Me senti uma tola ao acordar mais um dia, sentindo a mão de Rodrigo em minha barriga por dentro da camisola, seu pai poderia ser um idiota pevertido e a sua mãe uma interesseira, mas tiveram um excelente homem como filho. Retiro a sua mão da minha barriga devagar. - Para onde...- Banheiro, preciso esvaziar a minha bexiga, tomar a vitamina, posso?- Rodrigo deitado me olha na cama, seus olhos azuis me enfeitiçam, tomara que o meu filho nasça com eles. - Vá, para que ele não fique apertado ai dentro. - Reviro os olhos ao escuta, levanto indo ao banheiro, sexto dia após descobrir a minha gravidez, as coisas não foram tão faceis, como pensei que seria, o nosso retorno a Paraíso parece impossível, grávida é mais perigoso retornar, me torno um alvo fácil, decidir ficar por aqui.Não conseguir falar para Caroline e sei que a sua reação não será das melhores. Faço higiene, tomo banho, vendo Rodrigo me o
Evidente que Fernando não havia me perdoado, meu avô impugnou a venda das suas ações e a está altura ao menos uma parte do dinheiro havia sido gasto, os Irlandeses querem o dinheiro ou a empresa. Seus olhos em Ária me incomodaram, o que ele pretendia? A situação desagradável se agrava, numa simples ida e volta a mesa, diante do silêncio absoluto de Fernando e Erica a olhando, não sei se admirando, evidente que não apesar de linda, a minha ex não estaria embasbacada com a sua beleza. - Sua água, querida. - Coloco a taça com água a sua frente, vendo Ária encarar o objeto em seguida. - Obrigado. - Tudo bem Fernando?- Meu ex sogro parecia meio perplexo, a desviar os olhos dela para mim. - A sua namorada questionou quanto tempo pretendemos ficar no hotel, vocês compraram?- Ária bebe sua água muito tranquila como se não houvesse feito a pergunta. - Estamos incomodamos vocês?- Érica me olha sentada na cadeira de madeira, meio chateada. - Não, talvez você só queira saber sobre eles não
Seis meses se passaram, chegando o natal, não foi fácil transferir a minha vida para cá. Sinto falta de Sansão, do pessoal do haras, e até mesmo das paredes da minha chacara, mas não é uma falta de voltar, de repente a minha casa se tornou aqui, os meus planos mudaram dia após dia. A medida que a minha barriga cresce, as novidades vão acontecendo pouco a pouco, principalmente ao descobrir que terei uma menina, e não um menino como eu queria, mas há tanto amor, que não houve incomodo algum. Nunca houve uma retaliação, da parte do avô de Rodrigo, tampouco dos Antares, a única a incomodar uma vez ou outra é a minha mãe, que liga, e diz que quer me ver. Sofia ainda é segredo, como diz Rodrigo, o nosso segredo perfeito. A verdade é que não sei até quando guardar, os dias vão passando, as minhas roupas vão mudando conforme me sinto melhor, o perfil dona de casa vai se instalando, me olho no espelho, tendo certeza que seria o tipo de mulher perfeita que Yan desejaria, recatada, do lar, e em
Eu nunca tive duvidas dos meus sentimentos por Ária, ama-la é como uma parte de mim, um orgão vital que não vivo sem, tê-la é como vencer na vida em todos os aspectos, por mais que não venha sendo fácil trabalhar na MVP, suportar uma carga exerciva de trabalho, os assédios no local de trabalho parece ser algo comum. As hulmilhações se mantém, atuando a cada mais e mais forte, sou apontando, cochichos pelos corredores em minhas costas, mas o sálario é bom, e pra ser sincero, eu preciso muito dele, não parecia haver preço melhor do que chegar em casa, encontrar a mulher que amo, gerando a nossa filha fruto do nosso amor. Uso a criação da minha família, somente minha, como combustível diarimente, fingindo e ignorando os demais que não deixam ou sequer esquecem de onde vir, o que sou, e o que tenho que fazer agora. Em mais um dia cheio, estou trabalhando num projeto, a portas fechadas, em breve a MVP será fechada para reforma. - Terminou o projeto da univerdade?- Estando no meio da manh