Rodrigo ParlatoMe senti um fraco, incapaz, ao ceder a meu avô que faria o que ele quer, casar-me com Érica, a minha ex-namorada, indo em direção a casa de Ária para ver se desta vez a encontro, mas ao ouvir a minha proposta foi o fim, nunca a vi de tal maneira, qualquer mulher inteligente aceitaria essa proposta, o que são cinco anos? Fico a frente da sua casa a espera de uma resposta, mas escuto quando b**e a porta com força do lado de dentro, a noite chegou sem uma resposta, sozinho volto para a mansão Parlato, encontrando a minha mãe sentada no sofá ao telefone, a mesma apenas me olha em resposta. - Sim, claro, é preferido dela não é?- O sorriso amplo em seus lábios. - Pode deixar querida, pode deixar este jantar será inesquecível. Sabia que seria doloroso por alguns dias, mas como disse o meu avô, não há glória sem sacríficios, sei que ela irá se arrepender, e logo estará de volta para mim. - Então? - Mal subi alguns degraus, quando a minha mãe pergunta. - Porque está cara de en
ÁRIA DUARTE Eu não deveria chorar, entrando quarto a dentro deixando as lágrimas descerem, me pergunto quando me tornei esta pessoa, tão faágil, como deixei Rodrigo me abalar de tal maneira? Como aquele homem poderia mexer comigo assim? Desestruturar-me? E agora me propõe algo que eu talvez já fosse, e de repente isso dói, me machuca como se me descartasse numa lixeira qualquer. Limpo as lágrimas que insiste em descer, enquanto penso comigo mesma, não tendo condições de comer durante o dia, fico o dia inteiro no quarto, já sendo noite quando Carol liga avisando que Danilo está preso no trabalho, ela não poderá vir. - Não tem problema, Caroline, de qualquer maneira é bom que tenham se entendido. - Digo evitando pensar na proposta de Rodrigo, ainda a frente do computador. - Estamos tentando, ainda estou pasma como ele pode nos ameaçar com multa caso não cumprissêmos o aviso prévio. - Ela diz, enquanto não estou interessada no assunto. - Ária? - Me chama a medida que leio com os olho
Rodrigo Parlato Não podendo perder Danilo, penso em segura-lo a empresa, e desta forma também devo segurar Caroline, já que ela se torna útil por dois motivos, segurar Danilo e me passar informações sobre Ária. Algo que ainda não sabendo como fazer, já que esta é mais díficil do que lidar com os dois. Uma semana se passa, mergulhado em trabalhos. - Você não pode continuar fazendo plantas a seu jeito, Érica. - Afirmo para a mulher sentada lado oposto a mim na mesa, usando um vestido verde tecido grosso, Érica me examina por um curto momento. - Eles queriam uma casa com oito quartos, três sala, seis banheiros, não é isso que eu fiz? - Protesta mordendo a caneta em sua mão. - Isso aproveita o terreno, como foi pedido na contratação? - Danilo rebete, seriamente do outro lado da mesa, mesmo estando na minha sala evitando sempre a falar comigo. - Sim, tudo que eles pedira está aqui. - Érica arrasta o computador a frente de Danilo mostrando. - Eles são produtores, Érica, o que custa ente
Aria Duarte - Então a jovem que engravidou do Rodrigo, abortou? Pensei que fosse golpe. - Comento, indo em direção a minha cama, vendo que ela vem em direção a onde estive. - Não, infelizmente não era golpe, tolo seria quem tenta enganar aquela família, mas sinto um grande alívio em ver que isso não pode ocorrer com você, afinal engravidando dele, não seria um benefício. Respiro profundamente em resposta, sentada em minha cama. - Então você só me teve pelos benefícios não é? - De alguma maneira a pergunta que faço já me abala, mas vê-la afirmar me abala muito mais. - No inicio sim, Ária. - Sentada onde estive confirma ávidamente. - Você não sabe de onde eu venho, não sabe o que é passar fome, tampouco ser hulmilhada, eu fui muitas vezes por minha madrasta, por meu pai, cuidar de porcos e as vezes até mesmo catar algum bom que estava nas sobras de comidas para dá eles, eu tinha uma carreira a zelar, um nome a construir, e sim, eu engravidei de você de proposito, porque sabia que você
Rodrigo Parlato - Onde você está seu idiota? O que você quer acabar com a nossa família? - Mal atendo o telefone escutando meu avô perguntar. - Venha imediatamente, Rodrigo, ou do contrário eu me empenharei a acabar com a vida desta mulher hoje mesmo. - Engulo em seco as ameaças do meu avô, sem saber se ele de fato seria capaz de fazer o que diz. - Estou indo. - Desligo o telefone, vendo Ária de pé outra vez segurando o portão aberto, em seus olhos é nítido que esteve chorando, vi as lágrimas no corredor, mas também sinto a certeza de que ela jamais cederia, hoje não, quem sabe lhe dando um tempo. - Te darei tempo para pensar, esperar tudo se acalmar. - Mas a mulher de pé ao lado do portão, não me diz uma palavra e por pura teimosia, beijo a sua testa, vendo que não reage, tampouco diz nada, saio em seguida, me odiando por dentro, por ser tão idiota e covarde ao ponto de fazê-la aceitar ser minha de qualquer maneira, mas covarde por não ter coragem de ficar e enfrentar o meu avô, que
Ária DuarteRodrigo foi embora, e desta vez tive certeza que ele nunca mais voltaria, buscando conter o choro, que tanto me faz me odiar por essa fraqueza inesperada, entro em casa, sento no sofá pensando em tudo que eu deveria lhe dizer, o que ele quer fazer com a minha vida? Nunca me senti tão frágil na vida, até mesmo na morte do meu pai por todos os momentos, sempre me segurei, pensando que tudo era teste, mas ao lidar com a realidade não era bem isto, e agora, me vejo perdida outra vez, desta sozinha. Estando a um tempo sentada no sofá, sonolenta, faminta e com medo de comer, é como uma invasão aos meus pensamentos quando a campainha toca, a primeira vez vem acompanhada por outras, em que me pergunto o que ele quer desta vez? Eu não vou mudar de ideia. Mas ao abrir o portão. - Nossa pensei que não abrir nunca. - Erick entra, apressado, me deixando parada a segurar o portão ainda mais que surpresa, e no seu calcanhar um homem alto, forte, tatuagens diversas espostas, cabelo pres
Rodrigo ParlatoDomingo inteiro submerso a ansiedade, Ária saiu da cidade ninguém sabia o caminho, sair procurando não adiantaria, sumiu após cruzar a saída da cidade, e por mais que Elias me dissesse que tenho potencial para ser um forte concorrente da Parlato, Vale do Paraiso ainda é uma cidade dos tempos de coroneis, quem seríamos nós para lidar com um homem de poder como o meu avô? Após observar toda a arrumação do jantar de noivado, subo as escadas. - Você realmente vai fazer isto? - Me olho no espelho trajando um terno elegante, enquanto ajeito a gravata preta no meu pescoço. - Preciso, além disso ela não está se importando para mim. - Elias balança a cabeça em constante negação. - Já que está escolhendo, não venha desabafar as suas armaguras em meu ombro. O ignoro, eu jamais faria isto, me olho no espelho tendo ciência do anoitecer, era um passo que mudaria a minha vida, tomar posse de toda a empresa, assumir toda a fortuna da família Parlato, e quem sabe também administrar
Ária DuarteMe senti fraca após beber algumas doses de vinho, mas não queria reconhecer, após Caroline me pedir para parar. - Não estou bêbada. - Afirmo pegando a taça novamente. - Mesmo assim é bom você parar. - Farez segura a taça demonstrando que está do lado dela, me impedindo de beber, eu quis me afogar no alcool, o gosto do vinho suave fez-me sentir o prazer da liberdade, era preciso não pensar no amanhã, e mais uma vez me tornar qualquer coisa associada a Rodrigo. - Já disse que não estou bêbada e posso provar. - Levanto querendo provar, quando Farez me segura pela cintura. - Você está cambaleando, pequena. - Diz contra a minha orelha, mas ainda reluto, já não quero chorar, tampouco dizer o que sinto, mas tudo isso ia de água a baixo como numa torneira de água corrente, quando Rodrigo surge do nada, não precisava ser amanhã, meus problemas surgem no hoje. O desejo desefreado, os batimentos acelerados a ponto de sentir o meu corpo querer entrar em colapso, os seus olhos azuis