Ária DuarteRodrigo foi embora, e desta vez tive certeza que ele nunca mais voltaria, buscando conter o choro, que tanto me faz me odiar por essa fraqueza inesperada, entro em casa, sento no sofá pensando em tudo que eu deveria lhe dizer, o que ele quer fazer com a minha vida? Nunca me senti tão frágil na vida, até mesmo na morte do meu pai por todos os momentos, sempre me segurei, pensando que tudo era teste, mas ao lidar com a realidade não era bem isto, e agora, me vejo perdida outra vez, desta sozinha. Estando a um tempo sentada no sofá, sonolenta, faminta e com medo de comer, é como uma invasão aos meus pensamentos quando a campainha toca, a primeira vez vem acompanhada por outras, em que me pergunto o que ele quer desta vez? Eu não vou mudar de ideia. Mas ao abrir o portão. - Nossa pensei que não abrir nunca. - Erick entra, apressado, me deixando parada a segurar o portão ainda mais que surpresa, e no seu calcanhar um homem alto, forte, tatuagens diversas espostas, cabelo pres
Rodrigo ParlatoDomingo inteiro submerso a ansiedade, Ária saiu da cidade ninguém sabia o caminho, sair procurando não adiantaria, sumiu após cruzar a saída da cidade, e por mais que Elias me dissesse que tenho potencial para ser um forte concorrente da Parlato, Vale do Paraiso ainda é uma cidade dos tempos de coroneis, quem seríamos nós para lidar com um homem de poder como o meu avô? Após observar toda a arrumação do jantar de noivado, subo as escadas. - Você realmente vai fazer isto? - Me olho no espelho trajando um terno elegante, enquanto ajeito a gravata preta no meu pescoço. - Preciso, além disso ela não está se importando para mim. - Elias balança a cabeça em constante negação. - Já que está escolhendo, não venha desabafar as suas armaguras em meu ombro. O ignoro, eu jamais faria isto, me olho no espelho tendo ciência do anoitecer, era um passo que mudaria a minha vida, tomar posse de toda a empresa, assumir toda a fortuna da família Parlato, e quem sabe também administrar
Ária DuarteMe senti fraca após beber algumas doses de vinho, mas não queria reconhecer, após Caroline me pedir para parar. - Não estou bêbada. - Afirmo pegando a taça novamente. - Mesmo assim é bom você parar. - Farez segura a taça demonstrando que está do lado dela, me impedindo de beber, eu quis me afogar no alcool, o gosto do vinho suave fez-me sentir o prazer da liberdade, era preciso não pensar no amanhã, e mais uma vez me tornar qualquer coisa associada a Rodrigo. - Já disse que não estou bêbada e posso provar. - Levanto querendo provar, quando Farez me segura pela cintura. - Você está cambaleando, pequena. - Diz contra a minha orelha, mas ainda reluto, já não quero chorar, tampouco dizer o que sinto, mas tudo isso ia de água a baixo como numa torneira de água corrente, quando Rodrigo surge do nada, não precisava ser amanhã, meus problemas surgem no hoje. O desejo desefreado, os batimentos acelerados a ponto de sentir o meu corpo querer entrar em colapso, os seus olhos azuis
Rodrigo ParlatoSaio do bar a procura por Danilo, mas tanto ele como Caroline já não estão no local, noto ao perceber que nem mesmo o carro dele está aqui, entro em meu carro esperando Ária sair, algum tempo passa.Até que a vejo sai conversando com o mesmo indivíduo de antes, pegando a sua chave numa pequena bolsa que não esteve conosco no banheiro, fala sem parar enquanto ele a segue também conversando, mas algo inesperado acontece burlando os meus planos.Quando o homem alto de cabelos presos, pega a chave da sua mão, deixando-a parada contra o veículo, e em seguida caminha em direção ao lado do motorista, apressado, Ária diz algo que não consigo entender, sabendo como gosta de dirigir, imagino que proteste por isto.Ambos entram no seu carro, partindo em seguida, desconfiado desta amizade, espero por um curto tempo,até que eles tomam o caminho da sua casa, não gosto disto, ao ponto que penso em questiona-la mais a fundo sobre eles.O meu celular toda, ao ver a tela que me mostra o
Ária DuarteApós passar mal na estrada, tive certeza que era melhor cancelar o passeio. - Acho que o seu namorado, digo... o chefe da sua amiga não esteja gostando de mim. - Olho para o carro de Rodrigo vindo atrás, mesmo depois que disse que. não, mas havia erro e este também vem de mim quando digo não, mas acabo cedendo.- Ele não é meu namorado. - Digo deitada no banco do carro, a mão na barriga, a acariciar. - Não é o que parece. - Farez diz rindo, guiando o carro, chegamos em casa um tempo depois, o. carro de Rodrigo ficando a certa distância.- Precisa de ajuda ou o...- Nego a pergunta antes de descer. - Deixe o carro no haras, estarei lá amanhã. - Aviso, tendo uma certa torcida dentro de mim para que Rodrigo venha, mas ao entrar em casa tudo muda, vendo o sofá revirado, tapete desarrumado, papéis pelo chão.Senti insegura mas entro em casa olhando tudo, quando o carro apenas sai, pelo barulho noto que é o meu, Farez partia. Lembrando mais ou menos o que Caroline me disse mais c
Rodrigo ParlatoA manhã na Parlato não começou bem, a notícia da morte de um morador local espalhou-se pela cidade, fazendo com que a maioria dos funcionários revelasse suas faces curiosas, não sendo necessário notíciario, histórias duvidosas com façanhas a se acreditar vindo a tona, Oswaldo Neres o sujeito com anos de serviço prestado a família Antares foi encontrado morto numa ribamceira, havendo tantas pessoas no local onde o seu carro foi encontrado. De nada sabia-se do sujeito, a reunião da manhã logo foi cancelada pela entrada da cidade ser interditada pela polícia local, os clientes não puderam entrar na cidade, tendo tempo para dá uma pausa consigo acionar uma profissional que possa cuidar da minha imagem pessoal, a minha relação com Gilda talvez nunca fosse boa, embora só tenha notado isto agora.- Não quero nada sobre a minha vida pessoal sem a minha autorização exposto na rede. - A mulher loira, cabelos nos ombros anota. - Somente sobre a empresa? - Afirmo tendo certeza do
Ária Duarte- O que fazem aqui a esta hora?- Os olhos conflituosos de Erick sobre mim e Farez indicavam perdidos, já não saberia dizer se era sono, ou por nossa causa, Farez deixa o celular desligado sobre a sua mesa. - Ária sofreu uma tentativa de assassinato. - O homem mais velho a nossa frente deixa de olha-lo, une as sobrancelhas me olhando. - O que? De quem este aparelho?- Pega ao perguntar. - Quem tentou? - Pergunta examinando o que tem nas mãos. - Ainda não sei, o nome dele é Oswaldo. - Digo tendo as mãos de Erick em mim, me afasto evitando o seu toque, mas ainda assim pega em meu queixo, examina. - Esta ferida? Este vermelho é?- Não, estou bem. - Digo lhe vendo se afastar, ao que presumo que seja o mal hálito que sai da minha boca. - Ok, por fora está ótima, mas por dentro, andou bebendo? - Pergunta indo a sua mesa, até que nos olha. - Andaram bebendo? - Corrige a pergunta nos olhando, sendo obvio que sim. - Sim, nos livramos do corpo. - Farez diz se sentando, já Erick que i
Rodrigo Parlato Saio do shopping aborrecido, era óbvio que ela já esta envolvendo-se com outro, soco o meu volante irado, como ela pode seguir em frente tão rápido? O meu celular toca diversas vezes, até que o pego chateado. - O que você quer? - Pergunto sério, nervoso, sem saber do que seria capaz neste momento. - Rodrigo? A voz fina de Erica vem do outro lado. - Seja breve Érica. - Falo diretamente, escutando barulho ao fundo. - Pegou as alianças? Não me importo que seja de shopping, como é algo simbolico não é...- Sorri ao fundo, me fazendo lembrar dos olhos molhados de Ária em mim enquanto questiona. - Porque você mesmo não compra? - Rodrigo?- Me chama outra vez, desligo o celular sem querer saber o que acha em falar tanto o meu nome, chego ao flat sozinho, tudo arrumado, me deito na cama, mas a inquietude me faz levantar, beber outra vez. - Eu deveria estar lá. - Digo a mim mesmo perante ao espelho, mesmo sabendo que ela sente prazer em me hulmilhar, durmo no flat. Sábado pela