Sim
Rodrigo Parlato Não podendo perder Danilo, penso em segura-lo a empresa, e desta forma também devo segurar Caroline, já que ela se torna útil por dois motivos, segurar Danilo e me passar informações sobre Ária. Algo que ainda não sabendo como fazer, já que esta é mais díficil do que lidar com os dois. Uma semana se passa, mergulhado em trabalhos. - Você não pode continuar fazendo plantas a seu jeito, Érica. - Afirmo para a mulher sentada lado oposto a mim na mesa, usando um vestido verde tecido grosso, Érica me examina por um curto momento. - Eles queriam uma casa com oito quartos, três sala, seis banheiros, não é isso que eu fiz? - Protesta mordendo a caneta em sua mão. - Isso aproveita o terreno, como foi pedido na contratação? - Danilo rebete, seriamente do outro lado da mesa, mesmo estando na minha sala evitando sempre a falar comigo. - Sim, tudo que eles pedira está aqui. - Érica arrasta o computador a frente de Danilo mostrando. - Eles são produtores, Érica, o que custa ente
Aria Duarte - Então a jovem que engravidou do Rodrigo, abortou? Pensei que fosse golpe. - Comento, indo em direção a minha cama, vendo que ela vem em direção a onde estive. - Não, infelizmente não era golpe, tolo seria quem tenta enganar aquela família, mas sinto um grande alívio em ver que isso não pode ocorrer com você, afinal engravidando dele, não seria um benefício. Respiro profundamente em resposta, sentada em minha cama. - Então você só me teve pelos benefícios não é? - De alguma maneira a pergunta que faço já me abala, mas vê-la afirmar me abala muito mais. - No inicio sim, Ária. - Sentada onde estive confirma ávidamente. - Você não sabe de onde eu venho, não sabe o que é passar fome, tampouco ser hulmilhada, eu fui muitas vezes por minha madrasta, por meu pai, cuidar de porcos e as vezes até mesmo catar algum bom que estava nas sobras de comidas para dá eles, eu tinha uma carreira a zelar, um nome a construir, e sim, eu engravidei de você de proposito, porque sabia que você
Rodrigo Parlato - Onde você está seu idiota? O que você quer acabar com a nossa família? - Mal atendo o telefone escutando meu avô perguntar. - Venha imediatamente, Rodrigo, ou do contrário eu me empenharei a acabar com a vida desta mulher hoje mesmo. - Engulo em seco as ameaças do meu avô, sem saber se ele de fato seria capaz de fazer o que diz. - Estou indo. - Desligo o telefone, vendo Ária de pé outra vez segurando o portão aberto, em seus olhos é nítido que esteve chorando, vi as lágrimas no corredor, mas também sinto a certeza de que ela jamais cederia, hoje não, quem sabe lhe dando um tempo. - Te darei tempo para pensar, esperar tudo se acalmar. - Mas a mulher de pé ao lado do portão, não me diz uma palavra e por pura teimosia, beijo a sua testa, vendo que não reage, tampouco diz nada, saio em seguida, me odiando por dentro, por ser tão idiota e covarde ao ponto de fazê-la aceitar ser minha de qualquer maneira, mas covarde por não ter coragem de ficar e enfrentar o meu avô, que
Ária DuarteRodrigo foi embora, e desta vez tive certeza que ele nunca mais voltaria, buscando conter o choro, que tanto me faz me odiar por essa fraqueza inesperada, entro em casa, sento no sofá pensando em tudo que eu deveria lhe dizer, o que ele quer fazer com a minha vida? Nunca me senti tão frágil na vida, até mesmo na morte do meu pai por todos os momentos, sempre me segurei, pensando que tudo era teste, mas ao lidar com a realidade não era bem isto, e agora, me vejo perdida outra vez, desta sozinha. Estando a um tempo sentada no sofá, sonolenta, faminta e com medo de comer, é como uma invasão aos meus pensamentos quando a campainha toca, a primeira vez vem acompanhada por outras, em que me pergunto o que ele quer desta vez? Eu não vou mudar de ideia. Mas ao abrir o portão. - Nossa pensei que não abrir nunca. - Erick entra, apressado, me deixando parada a segurar o portão ainda mais que surpresa, e no seu calcanhar um homem alto, forte, tatuagens diversas espostas, cabelo pres
Rodrigo ParlatoDomingo inteiro submerso a ansiedade, Ária saiu da cidade ninguém sabia o caminho, sair procurando não adiantaria, sumiu após cruzar a saída da cidade, e por mais que Elias me dissesse que tenho potencial para ser um forte concorrente da Parlato, Vale do Paraiso ainda é uma cidade dos tempos de coroneis, quem seríamos nós para lidar com um homem de poder como o meu avô? Após observar toda a arrumação do jantar de noivado, subo as escadas. - Você realmente vai fazer isto? - Me olho no espelho trajando um terno elegante, enquanto ajeito a gravata preta no meu pescoço. - Preciso, além disso ela não está se importando para mim. - Elias balança a cabeça em constante negação. - Já que está escolhendo, não venha desabafar as suas armaguras em meu ombro. O ignoro, eu jamais faria isto, me olho no espelho tendo ciência do anoitecer, era um passo que mudaria a minha vida, tomar posse de toda a empresa, assumir toda a fortuna da família Parlato, e quem sabe também administrar
Ária DuarteMe senti fraca após beber algumas doses de vinho, mas não queria reconhecer, após Caroline me pedir para parar. - Não estou bêbada. - Afirmo pegando a taça novamente. - Mesmo assim é bom você parar. - Farez segura a taça demonstrando que está do lado dela, me impedindo de beber, eu quis me afogar no alcool, o gosto do vinho suave fez-me sentir o prazer da liberdade, era preciso não pensar no amanhã, e mais uma vez me tornar qualquer coisa associada a Rodrigo. - Já disse que não estou bêbada e posso provar. - Levanto querendo provar, quando Farez me segura pela cintura. - Você está cambaleando, pequena. - Diz contra a minha orelha, mas ainda reluto, já não quero chorar, tampouco dizer o que sinto, mas tudo isso ia de água a baixo como numa torneira de água corrente, quando Rodrigo surge do nada, não precisava ser amanhã, meus problemas surgem no hoje. O desejo desefreado, os batimentos acelerados a ponto de sentir o meu corpo querer entrar em colapso, os seus olhos azuis
Rodrigo ParlatoSaio do bar a procura por Danilo, mas tanto ele como Caroline já não estão no local, noto ao perceber que nem mesmo o carro dele está aqui, entro em meu carro esperando Ária sair, algum tempo passa.Até que a vejo sai conversando com o mesmo indivíduo de antes, pegando a sua chave numa pequena bolsa que não esteve conosco no banheiro, fala sem parar enquanto ele a segue também conversando, mas algo inesperado acontece burlando os meus planos.Quando o homem alto de cabelos presos, pega a chave da sua mão, deixando-a parada contra o veículo, e em seguida caminha em direção ao lado do motorista, apressado, Ária diz algo que não consigo entender, sabendo como gosta de dirigir, imagino que proteste por isto.Ambos entram no seu carro, partindo em seguida, desconfiado desta amizade, espero por um curto tempo,até que eles tomam o caminho da sua casa, não gosto disto, ao ponto que penso em questiona-la mais a fundo sobre eles.O meu celular toda, ao ver a tela que me mostra o
Ária DuarteApós passar mal na estrada, tive certeza que era melhor cancelar o passeio. - Acho que o seu namorado, digo... o chefe da sua amiga não esteja gostando de mim. - Olho para o carro de Rodrigo vindo atrás, mesmo depois que disse que. não, mas havia erro e este também vem de mim quando digo não, mas acabo cedendo.- Ele não é meu namorado. - Digo deitada no banco do carro, a mão na barriga, a acariciar. - Não é o que parece. - Farez diz rindo, guiando o carro, chegamos em casa um tempo depois, o. carro de Rodrigo ficando a certa distância.- Precisa de ajuda ou o...- Nego a pergunta antes de descer. - Deixe o carro no haras, estarei lá amanhã. - Aviso, tendo uma certa torcida dentro de mim para que Rodrigo venha, mas ao entrar em casa tudo muda, vendo o sofá revirado, tapete desarrumado, papéis pelo chão.Senti insegura mas entro em casa olhando tudo, quando o carro apenas sai, pelo barulho noto que é o meu, Farez partia. Lembrando mais ou menos o que Caroline me disse mais c