Capitulo CVIII

Ária Duarte

Vendo o meu rosto no reflexo do rio de águas escuras, observo-me em cada detalhe adepta a este gesto desde a infância, mas desta vez não o faço como das outras vezes, apesar dos meus olhos estarem em mim reflentindo na água, minha cabeça está em outro lugar, lembrando de todas as vezes que estive deitada sobre o peito de Rodrigo e isso me parecia tão bom.

Como alguém pode construir sonhos e castelos sobre areia movediça? Seus planos tinham data marcada para acabar, e eu pareço ser a única a não saber disto, mas ao mesmo tempo me questiono pelo tanto que cedi, sendo tola, as ligações, os envolvimentos com várias mulheres, até mesmo uma que atendi dizendo está grávida dele, como pude ignorar todos os sinais?

Sendo inevitável murmurar internamente por meus erros, me martirizar por tudo é como um escape para não pensar em tudo que li, de qualquer maneira é melhor não pensar em tudo agora, devo ou não procurar os familiares do meu pai, contar tudo que sei quem sabe ele não po
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