Após uma noite intensa com Rodrigo, uma parte de mim quis voltar a minha vida em Paraíso, mas a outra, para meu desprazer essa ganha, quer tentar uma vida a dois longe de tudo, eu o amo, o amo como nunca amei Yan, o amor é uma piada, acordei rindo diante a cama vazia sem ele. O seu lugar ainda aquecido, mas vazio, o amor realmente é uma piada, ri sozinha ao notar como sou ao seu lado, namorei com o tenente, noivei com o capitão mais desejado do esquadrão, havia algumas fagulhas de tesão em seu beijo, mas nunca uma explosão de desejo, tampouco o desejo gradioso de levar um beijo além, havia de inicio uma curiosidade e sequer fora por ele, era pelo o que me falaram.Com Rodrigo eu quis mais, eu faria sexo outra vez pela manhã, se ele estivesse na cama, eu me entregaria outra vez, e despudoramente aceitaria tudo como a noite passada, um lado do meu subconsciente me indaga se quero agrada-lo por ele ter aberto mão de tudo por mim, afinal não seria qualquer um a fazer isso. Me olhando no
Não sabia se era drama, ou se é mesmo verdade, havia temor, resguardo, mas eu não queria preocupar Ária, a mulher a me olhar pelo reflexo do computador enquanto beijo as suas costas, talvez não fizesse ideia dos riscos que poderia correr, nunca conheci seu lado dramática. E nunca vi, talvez dramas não seja algo que faça parte de Ária Duarte, mas cresci sentindo o de Erica, até então algo fofo, mas agora preocupante, ela seria capaz de mentir a este ponto? Somente por atenção? Não saberia dizer, talvez a conheça suficiente para saber que não. Érica nunca foi uma garota má, a certeza disto é ter me abandonado no dia do nosso casamento, não era de seu puro interesse se casar, havia obrigações entre as nossas famílias, a incerteza que seríamos felizes, certamente lhe fez sair correndo naquela tarde. Após mimar um pouco a minha companheira, descemos para almoçar, e logo em seguida, com Ária me falando que pode trabalhar como recepcionista, secretária algo que não me agrada, subimos para
As palavras fugiam, o nervoso evidente em mim fazendo minhas mãos tremerem e suarem, me imaginando criar uma vida com ela, ergui o rosto.- E você pretende trabalhar aqui?- Olho nos olhos do homem a minha frente, notando a mesa como. barra de contenção a sua barriga, afirmo.Sendo nítido que todos aqueles lá na fila não eram páreo ao meu currículo, o que pode ser provado em prédios, construções e de grande escala, eles ao me aceitar, estariam dando a vaga a um golpe de sorte.Nem em meus piores piores pesadelos me vi em tais circunstâncias, procurando emprego, numa empresa a rachar, diante a um homem pasmo, incrédulo. - Sim, não estão procurando um engenheiro?- Gidren, o Martinez mandou você esperar, ele virá fazer essa entrevista. - Franzi o cenho confuso, pela expressão do homem a minha frente, notei ser alguém grande.- Eu quero vê isso!- A mulher disse com ânimo, fazendo os segui-la, a silêncio se tornou silêncio, de uma das certezas para mim é que a vaga é minha, pela humilhaçã
Medo nunca foi um traço em minha personalidade, aventureira, coragem em demasia, incontrolavel como os fenomenos naturais, não sendo em sem motivos a escolha do meu cavalo, com a chegada de Rodrigo em estado desolado, não sabia o que fazer, senti pena, como um garoto recém descobrindo o mundo lhe vi entrar no banheiro, talvez ferido, magoado, tendo certeza que a entrevista não foi boa. Rodrigo entrou no banheiro me deixando a flor da pele, eu queria comemorar a sua contratação, isso era bom, após passar a tarde vendo uma possível mobilia para a nossa casa, a sua chegada me fez perceber que não seria tão fácil assim, como fui tola em sonhar com esta facilidade. Ele entrou no banheiro, fechando a porta, o jeito que seu rosto mostrava, os olhos vermelhos, o semblante caido, os ombros para baixo, não me contive, pegando o endereço ainda anotando no bloco de notas, conferi o local, seja quem fosse este tal Martinez, que direito ele tem de ofender o meu futuro companheiro?Vesti uma calça
- Somos um casal, Ária, eu exijo saber para onde foi. - Por mais que eu já tivesse falado sem resposta, não houve alternativa a não ser sacudila, encontrando-a dormindo, apagada a meu lado. Será que eu fiz o certo, me perguntei lhe olhando dormindo a meu lado, a madrugada passo em claro. "Danilo está ai?" Chamo o cara a quem sempre considerei como um amigo, o mais próximo e intimo. " Evidente, sem sono?" Não houve estranheza pela sua pressa em responder. " Sim, sem sono, revoltado, cheio de duvidas, chateado."" Nossa, o que houve? Mas também depois de tudo que perdeu, não era pra menos"" Acho que estou arrependido"" O que? Como arrependido? Não vai me dizer que vocês brigaram?"" Acho que sim, ela saiu bem arrumada, quando eu mais precisava dela, saiu sem me dizer, voltou e não me disse, acha que ela tem alguém?" Suspiro fundo, olho a mulher na cama." Quem? Ária? Duvido, ela é honesta demais pra enganar alguém, mas me diz, você acha que a Caroline pode estar esperando alguém?
Os meus olhos cairam ao ver o ultrassom em tela, eu me recusei a fazer o exame de sangue, ao explicar um suposto trauma, há um ser dentro de mim, e pelo movimento de encher e esvaziar não era preciso o médico explicar que era um coração a bombear sangue, a fazer uma vida, a sala ficou em completo silêncio embora o doutor Simon explicasse muitas coisas.Eu me vi vagar pelo silêncio, e uma serie de questionamentos e duvidas desencadeadas, era eu e ele, eu e aquele ser a gerar dentro de mim, oito semanas, pela minha reação, foi como um tiro quando a doutora mencionou aborto, caso não fosse um filho desejado, mastigando a saliva, sentir o incomodo se formar em minha garganta. Talvez tenha algum problema devido aos medicamentos que venho tomado, isso me abalou ainda mais, sai do consultório perdida, ao chegar dentro do veículo as lágrimas desabaram-me, um filho? Eu nunca quis ter um filho, a minha vida acontecia desde sempre, mas um filho requeria planos.Eu sequer estava conseguindo pens
Por ela, eu enfrentaria as adversidades da pobreza, sem angustia, o seu calor no meu corpo, preenche como se fosse o homem mais rico do mundo, ainda havia o peso na consciência por ter vivido o luxo por anos, que meu avô me proporcionou, mas um luxo inoncente, eu não sabia o que ele foi capaz de fazer para ter tudo o que tem, eu jamais faria.Após Aria abrir mão da guerra fria, me permitindo aconchega-la em meu pai, sentir paz, ela é tudo que eu preciso, sorri fraco alisando o seu ante braço até pegar no sono. Não era o sexo, nem a beleza, tudo isso são meros detalhes. Acordo pela manhã com a cama vazia, me sento nela rindo da situação. A procuro pelo quarto, sabendo que não está, os sinais nos detalhes, a toalha molhada na cadeira, o roupão pendurado, ela saiu e certamente que cedo, algo havia acontecido para lhe deixar confusa, me arrumo notando que meu aparelho descarregou, saio deixando no carregador. Chego ao estacionamento notando que ela saiu de carro, outra vez usa o carro c
Tive absoluta certeza que era tudo medo, estive fazendo uma tempestade num copo da água. Me senti uma tola ao acordar mais um dia, sentindo a mão de Rodrigo em minha barriga por dentro da camisola, seu pai poderia ser um idiota pevertido e a sua mãe uma interesseira, mas tiveram um excelente homem como filho. Retiro a sua mão da minha barriga devagar. - Para onde...- Banheiro, preciso esvaziar a minha bexiga, tomar a vitamina, posso?- Rodrigo deitado me olha na cama, seus olhos azuis me enfeitiçam, tomara que o meu filho nasça com eles. - Vá, para que ele não fique apertado ai dentro. - Reviro os olhos ao escuta, levanto indo ao banheiro, sexto dia após descobrir a minha gravidez, as coisas não foram tão faceis, como pensei que seria, o nosso retorno a Paraíso parece impossível, grávida é mais perigoso retornar, me torno um alvo fácil, decidir ficar por aqui.Não conseguir falar para Caroline e sei que a sua reação não será das melhores. Faço higiene, tomo banho, vendo Rodrigo me o