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Rodrigo ParlatoA notícia mais que pegou desprevenido, franzi o semblante ao observar Gilda ir andando enquanto disse, a sigo. - O que eles vieram fazer? - Mas ela me olha erguendo a sobrancelha negando em seguida. - Assunto de família, meu caro, sou apenas advogada da empresa. - Diz me fazendo suspeitar que há ironia na sua resposta. - Você é cunhada deles, e amiga do meu avô. - Chegamos a recepção juntos, sendo recebidos com olhares e fofocas no ar, não me importando tanto com eles, algo me dizendo que uma tempestade está a caminho. - Advogada, apenas advogada, não se esqueça que o meu marido é um homem morto, e o seu avô já fez questão de deixar isso tão claro quanto a neve, Advogada, ele não tem amigos, ele faz negócios!- Diz entre dentes, me fazendo compara-la com um inimigo. Vamos ao elevador, ninguém entra, ninguém sai, a empresa está parada.Busco pensar em possibilidades, mas não há alguma a se pensar, exceto preocupação com o meu desmaio? Não os Antares não viria por isto,
Ária Duarte Arrumo a minha bagagem sozinha, escutando Danilo e Caroline na sala numa discurssão que eu sou o motivo, ela quer ir comigo para o haras, enquanto ele quer cuidar da sua perna, após arrumar a minha mochila chego a sala pegando os dois de surpresa, giro nos calcanhares voltando ao quarto. - Ária!- Droga, não queria atrapalhar, não é porque estou infeliz que devo azarar este momento. - Finjam que não me viram. - Digo após ver que o talvez primeiro beijo deles no meio de uma briga pudesse sair e eu atrapalhei tudo, Danilo sai porta a fora certamente chateado. - Como vou fingir que não vir você, então vamos? - Pergunta me fazendo negar em seguiida. - Não, você não vai. Afirmo seriamente passando por ela, vendo Danilo apoiando a um jeep cinza, meio que se inclinando nos calcanhares a me xingar mentalmente, é, eu o entendo. - O que? Você não pode dizer isso, eu posso... - Não vai!- Danilo me olha com um riso curto nos lábios em aprovação a minha negação. - Ir com você pode s
Rodrigo Parlato Vendo-o indicar o poltrona após dizer que a mulher do seu melhor amigo era sua paixão, caminho para ela enojado para me sentar, é muita coisa ao mesmo tempo, eu já não tendo controle de mim, sento lhe olhando. - Nós éramos iguais, embora ela nunca soubesse, pobres, com a diferença que ela com um grande potencial para entender as leis, diferente da Ângela, que só servia para gastar o me dinheiro... - Seu?- O vejo sorri. - Meu, já que me casei com ela, merecidamente por atura-la, enquanto fui obrigado a me casar, não imaginava... - Quem o obrigou? Você não disse que...- O interrompo, diante ao que diz sem fazer sentido para mim, se o que o fez casar-se foi a sua ganancia. - A necessidade, eu nunca tive jeito para ser pobre, Rodrigo. - Argumenta chateado pela interrupção que fiz. - Não me interrompa. - Avisa do outro lado, de qualquer maneira ele não deixa de ser meu avô, a espera do que tem a dizer, já que sempre soube que vim de família rica, sangue nobre. - Não im
Ária DuarteVendo o meu rosto no reflexo do rio de águas escuras, observo-me em cada detalhe adepta a este gesto desde a infância, mas desta vez não o faço como das outras vezes, apesar dos meus olhos estarem em mim reflentindo na água, minha cabeça está em outro lugar, lembrando de todas as vezes que estive deitada sobre o peito de Rodrigo e isso me parecia tão bom. Como alguém pode construir sonhos e castelos sobre areia movediça? Seus planos tinham data marcada para acabar, e eu pareço ser a única a não saber disto, mas ao mesmo tempo me questiono pelo tanto que cedi, sendo tola, as ligações, os envolvimentos com várias mulheres, até mesmo uma que atendi dizendo está grávida dele, como pude ignorar todos os sinais? Sendo inevitável murmurar internamente por meus erros, me martirizar por tudo é como um escape para não pensar em tudo que li, de qualquer maneira é melhor não pensar em tudo agora, devo ou não procurar os familiares do meu pai, contar tudo que sei quem sabe ele não po
Rodrigo Parlato - Danilo o que está acontecendo?- Ainda passando a mão no canto da boca, doendo bastante, vi Elias perguntar, ainda abalado, surpreendido por tudo que acontece, olho para Elias a frente de Danilo tentando segura-lo, enquanto o mesmo diz coisa com coisa. - Solta ele, sai Elias, você quer brigar então vem. Levanto sentindo o sangue ferver, vendo Elias empurrando Danilo, que luta para cima tira-lo da sua frente. Eu faço o que ele quer, ao empurrar Elias, vendo Danilo o suficiente bolado vindo para cima de mim, não medi distância ao acertar o primeiro soco em sua cara, em cheio, mas pelo seu gesto em reagi socando a minha, nos atracamos a trocar socos como dois animais. - Seu filho da puta, como pôde fazer isso? Deixa-la daquela maneira. - Danilo dizendo coisas com coisas, ao ponto de já não mais conhecer ninguém, presumi que mais outro que me engana. - O que está drogado? - fomos separados, as mãos que me tiraram sobre ele não soube dizer de quem. - Me solta porra!- G
Ária Duarte Após ler o comunicado da família Parlato, alegando que o pedido de Rodrigo não passou de uma brincadeira, que tivemos uma envolvimento rápido e passageiro, seguido de comentários de pessoas torcendo para que ele e Érica casassem, sento na cama vendo como é as coisas do lado deles, sempre há um jeito, uma maneira de mudar tudo, no fim de fato seu pedido, aliás os seus pedidos foram brincadeiras, a maneira fácil que ele consegue brincar. Uma semana de atividades iniciou-se na haras, me mantive a distância mesmo dos colegas do meu pai, sabendo bem que seria motivo para comentários, mas apesar de querer estar bem, a minha mente passava longe disto, até mesmo o haras estando bombardeado de lembranças dele. Aproveito o momento para pensar na minha vida, não procurar o meu tio, evitar a minha mãe, mantér distância da vida social. - Você gostou das flores?- Paro ao passar pela mesa dos oficiais, após escutar a pergunta de Yan, viro-me para eles, vendo que a maioria sabe e não co
Rodrigo ParlatoDo paraíso ao inferno, em poucas horas, ao chegar ao apartamento para mim tudo estando devastado, não vejo alguém, uma pessoa se quer para desabafar. Como eu diria tudo que escutei?Pego o litro de uísque penando no que meu avô me disse, para quê tantos rodeios, uma hora outra eu teria que ceder a ele, conclui isto após a terceira garrafa jogada ao chão, em estilhaços.Vendo os cacos de vidros em estilhaços como eu me sinto agora, quebrado em cacos, sozinho, vale a pena deixar tudo por uma mulher que nem mesmo está presente quando preciso? A pergunta veio a minha cabeça diante a embriaguez.Acordo pela manhã caído na sala, entre pedaços de vidro, uma bagunça terrível no apartamento, além de sujeira ao redor. Passo a mão no rosto ao sentir dores por ele inteiro. Tento me sentar, mas ressaca é perversa, e a primeira lembrança que me vem a mente é o meu avô e suas histórias.Tento levantar, a cabeça tão pesada, o corpo doendo como quem foi atropelado, entro no quarto vend
ÁRIA DUARTEO meu retorno para casa não é tão bom, após conversar com Caroline em busca de como poderia ajudar, me senti mais perdida que ela, diante das questões colocadas, aconselha e incentiva que tentasse outra vez, seria o pior caminho, talvez esperar fosse o melhor, mas com Danilo sendo a sua sombra, sinto a pressão para isto, embora ambos negue que estão namorando.O cheiro da refeição pela manhã incomoda, e por isso saio para caminhar, sentir o cheiro do gramado molhado, o orvalho é o melhor remedio para uma mente pertubada, inquieta, ao voltar para casa vendo Danilo sentado a mesa fazendo o desjejum com Caroline, pela primeira vez me pergunto quando ele iria embora, é isso o tempo inteiro? Mas não disse nada, me sentindo culpada por sua briga com Rodrigo, talvez ele o orientasse melhor sobre o problema dos dois. Um assunto proibido em casa, seu nome se tornou. - Ária, você está bem? - Passo da sala para o meu quarto, sentindo o aroma do café me embrulhar, quando Caroline per