CXXXII- Rodrigo Furtano
A minha relação com Martinez tornava-se insustentavel a cada dia, a vontade socar a sua cara a cada reunião, a cada forma dele demonstrar a sua ganancia por dinheiro, para mim estava sendo inaceitável, achava que na empresa do meu avô havia faucatruas, mas na MVP, é o que acontece o tempo inteiro, superfaturamento de obras, formas de arrancar dinheiro, desvios.

Era mais um dia de trabalho, ao acordar, não havia visão melhor ao meu lado na cama, a mulher deitada numa camisola de seda marron, nunca imaginei algo marrom ficar tão belo em alguém, os cabelos longos negros caídos, cacheados, bagunçados pelo travesseiro, tanto o seu quanto o meu, o seu cheiro por todo lugar, o semblante fechado, as sobramcelhas negras grossas, os cílios caidos, os olhos a descansar, o caminho entre seus olhos a chegar em seu nariz pontudo, empinado, a boca carnuda desenhada tão rosada.

Nunca houve dúvidas de amor por ela, nunca houve arrependimento, eu faria tudo de novo e de novo,

mil vezes ou mais, o seu
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