Emma — Desculpe-me por ontem! Eu não queria ter sido tão estranha com seus pais. — Realmente, sinto-me mal. Remoí essa questão a noite inteira. — Acho que causei uma péssima impressão. — Não tem que se desculpar. Eles amaram você. E a culpa foi minha, por tê-la forçado a ir comigo. — Passa seus braços ao redor da minha cintura, unido os nossos corpos quentes. Não sei se gosto ou se odeio esse momento, pois sempre que acontece e estamos em uma conversa séria, meu corpo só pensa no quanto ele é lindo e sexy. — Não me forçou a nada. Eu só esperava ser menos Emma perto deles. — brinquei, tentando me concentrar no assunto, e não no fato da sua camisa branca estar um pouco aberta, permitindo-me ver sua pele incrível e sentir seu perfume, que se tornou o meu favorito. A nossa troca intensa de olhares nos leva ao beijo que esperei receber o dia inteiro. Suas mãos nas minhas costas me provocam e meu corpo estremece quando ele me levanta no colo. Sinto sua mão subir ainda mais pela minha co
— Ai! Estou ferrada. — Constatei em voz alta. — Eu não... não quero magoá-lo. Nunca estive nessa situação antes. Na verdade, ultimamente, as coisas têm acontecido descontroladamente na minha vida. Quando olho para Victor, vejo nele um irmão mais velho, não um interesse romântico. Quando Ian e eu começamos a conversar, eu também não o via dessa forma, mas as coisas saíram dos trilhos e agora sei que o amo realmente. Estou até planejando abrir nosso relacionamento para as pessoas. Ouvir tal novidade está me deixando chateada comigo mesma. — Ele é um cara legal, fofo e muito doce. Vocês formariam um casal lindo. — Opinou Natasha, amiga de Mia. — Mas não gosta dele desse jeito, não é? — Mia me olha como se estivesse me testando. Não dá para mentir, já que não escondo a minha preocupação. — Nunca o vi com esses olhos. Ele é como um irmão para mim, e não posso enganá-lo. — Estou preocupada. — Além do mais, não estou disponível para um relacionamento ou tentativa. A surpresa é nítida
Ian Emma não é mulher de sair e trair o namorado. Ralei muito para conseguir chegar o mais próximo que pude dela, e, do nada, eu a vi agarrada a um estranho que estava a beijando. A primeira coisa que se passou pela minha cabeça foi “ilusão”; que tudo que eu queria era exibir a mulher que amava, mas que estava sendo corno. Eu podia ter matado esse homem se não fosse por ela. Eu estava tão maluco, que realmente achei que estivesse sendo enganado. Até olhar em seus olhos verdes e ver neles a frustação e o medo. Não faço ideia de quem é o cara, mas não posso culpá-la. Emma, claramente, estava desconfortável e querendo se livrar do homem quando cheguei. Colocar a culpa nela seria um erro e uma burrice. Tento me concentrar na rua enquanto dirijo de volta para casa. O clima acabou totalmente e não dizemos uma palavra sequer durante o percurso. Quando ela me falou do seu desejo de revelar nosso namoro para todos, fiquei em êxtase. Algo que nunca tinha acontecido comigo. Eu me vi feliz po
EmmaMinha cabeça paranoica não me deixou dormir depois do que aconteceu na boate. As meninas disseram que Victor gosta de mim. O meu amigo, quem achei que fosse uma boa pessoa, agarrou-me à força e me beijou após eu dizer que não queria nada disso. E Ian ficou furioso.Sempre vivi de forma calma, relaxada. A única aventura que eu tinha era criar o nosso projeto, correr com Bia e a ouvir me dizer besteiras sobre sua vida. Só que no momento estou na casa do meu namorado e chefe, sem saber como será meu dia na empresa.Mia não é do tipo de pessoa que fofoca sobre a vida de todos, apesar de, muitas vezes, eu ter ouvido conversas desse gênero sair da sua boca. A minha preocupação realmente é Natasha. Nós nunca fomos próximas e ela sempre me tratou bem, mas eu sei que costumava usar decotes provocantes quando sabia que ficaria a menos de um metro de Ian; ou para se jogar para cima de executivos ou, até mesmo, para aqueles do alto escalão da TEC Corporation.Não sou ciumenta, apesar de já t
Eu quase tinha me esquecido de Victor, com toda a história com Ian. Mas logo quando entrei na sala, esse acontecimento me veio à tona.Todos os dias, quando chegávamos, conversávamos e trocávamos ideias. Ele fica a poucos metros de mim, em uma mesa repleta de fios e telas de computadores, assim como a minha. E hoje está em seu lugar habitual, olhando-me como se estivéssemos brigados feio e eu fosse a culpada.Culpar a bebida não justifica sua atitude. Posso até entender que goste romanticamente de mim, mas ter me agarrado à força foi algo que odiei; ainda mais agora, quando parece me culpar ou ter raiva por algum motivo.Nunca quis tanto que um dia de trabalho acabasse logo. Gosto do que faço e me sinto feliz aqui, entretanto estou acuada hoje, culpando-me pela situação.Concentro-me no que estava fazendo, processando mais uma pilha de dados, colocando-a no servidor e a transferindo para um lugar seguro em nossa rede.Estar sempre de olho nos monitores ajuda a saber o fluxo de informa
Emma Sou do tipo de pessoa que quando tem que fazer algo ou quer fazer, pensa naquilo dia e noite. Minha semana foi basicamente assim. Boston não é longe, nem outro mundo, mas o problema não é para onde viemos, e sim o que acontecerá aqui. Mia disse: “Sem preocupações ou pressão, Emma. Isso não é um contrato ou um plano firmado. Se for para acontecer, vai acontecer.” Respirei fundo e rezei para o fim de semana vir logo. Até parecia que iria a um passeio de escola. Só que viajaria com meu namorado, o cara mais gato e mais cobiçado. Às vezes me pergunto como tudo aconteceu. Não sou nenhuma deformada ou desajustada, mas as únicas vezes que fui notada, foi para entrar na TEC Corporation. Algo que só aconteceu porque diziam que eu era acima da média. Meu mantra é: “Não tem nada demais em estar em uma nova cidade e deixar as coisas rolarem.” Foi desnecessário pensar nisso, pois aqui estou eu, deixando do lado de fora a menina forte, decidida e nenhum pouco ansiosa para os finalmentes,
EmmaUm ano depoisSe alguém me dissesse, há um ano, que eu estaria usando um vestido de noiva, prestes a me casar com o meu chefe hoje, eu diria que era uma piada de mal gosto. Mas aqui estou, em frente a um espelho enorme, completamente de branco e segurando um buquê. Daqui a meia hora estarei entrando em uma igreja.Em um ano, muitas coisas aconteceram. Nunca mais recebi notícias de Victor; minha mãe e eu conversamos e colocamos todas as mágoas para fora; Bia teve o seu bebê e está empolgada, mas não só com o meu casamento; e Milton, meu antigo supervisor, aposentou-se e me deixou em seu lugar.Ian sempre me apoiou e gosta de me ouvir falar sobre coisas que ele não entende. Ainda fala que serei a pessoa que o ajudará a nunca mais ser roubado. Até hoje, não sofremos mais com roubos ou paralisações no sistema.Seus pais saíram em uma nova lua de mel e hoje estão de volta, para o nosso casamento.Graças ao senhor, não sou mais tão medrosa e ansiosa. Talvez fosse porque não me sentia co
PrólogoEntão, a voz de Nico me trouxe de volta à realidade. Ele notou minha distração e a desaprovação estava clara em seu olhar. Eu o encarei, sentindo vergonha por não ter prestado atenção nele. - Desculpa - eu disse, tentando encontrar uma explicação. - É que ainda estou me adaptando a tudo isso. Nico mordeu os lábios e baixou a cabeça, parecendo tristonho. Ele disse, com um toque de insegurança: - Você não gostou de me ver? Quando eu olhei nos olhos castanhos dele, percebi o temor que escondia. Eu gostava dele, eu gostava de vê-lo pessoalmente, mas, naquele momento, naquela praia, sob as estrelas, eu não sentia nada mais do que... bem, um cara legal. Essa constatação me deixou confusa e apavorada. Se o meu coração não saltava de alegria quando Nico estava presente, o que isso significava? Será que ele realmente pertencia a Colin? Mas agora Colin estava com Pati, e eu não fazia ideia do que eles estavam fazendo naquele momento. - Eu...- comecei a dizer, mas as palavras pare