Eu estava no sofá, quando meu celular vibrou. Era a minha irmã. Por sorte, Colin estava distraído com outra coisa. Uma ligação importante, e tive tempo de respondê-la.Agatha: “VOCÊ TEM UM NAMORADO?”As palavras em caixa alto foram um exagero.Hanna: “É, Agatha, achei que era isso o que desejava.”Agatha: “Era, eu só não sabia que você realmente conseguiria arranjar alguém.”Hanna: “Que tipo de irmã fala uma coisa dessas?”Agatha: “Uma irmã que teve que inventar toda uma historia, insistir e te obrigar a fazer uma inscrição em um site duvidoso, pois estava desesperada, achando que sua irmãzinha iria ficar encalhada para sempre. “Hanna: “Assim está me ofendendo. Não precisa falar desse jeito.”Agatha: “Há, me desculpe, não achei que estava a ofendendo.”Tenho certeza que a ultima parte foi uma ironia. Agatha tinha disso. Parando para pensar, era mesmo uma grande surpresa para a família. Não que eu não tenha tido um namorado. Eu só não seguia em frente. Gostava do meu canto e odiava se
Confesso que estou nervosa com esse jantar, entre aspas, porque na conversa que eu tive em mensagens com a minha irmã não acabou nada bem. Claro, não vi as suas respostas, mas quando Colin falou, joga sua irmã para um jantar, já que amanhã eu estou partindo para Nova York, eu não pude dizer não, nem falar o porquê eu diria não. Ele não merecia saber as dúvidas que ela quis colocar na minha cabeça, como se não já houvesse milhares. O que ela acha? Que estou super tranquila sabendo que fui para uma ilha no México, conheci uma pessoa que estava do outro lado da parede e me apaixonei por ela, sem saber quem ele era. Pior, tendo outra pessoa sentindo algo realmente forte por mim. Devo confessar que foi bastante difícil para mim decidir ir e, quando estava lá, escolher um deles. Nico era como um espírito livre, que me deixava empolgada, mas também com medo. Eu diria que com mais medo do que empolgada. Ele não tinha rédeas, era um homem que adorava o momento e a emoção. Então, me trouxe
- Então, você é médico?Estávamos em uma mesa de quatro pessoas. Colin e eu de um lado, juntos, enquanto minha irmã e seu marido do outro lado. Ela já estava caidinha por ele. Óbvio, um homem com a presença, a segurança e a elegância de Colin conseguia... fazer com que qualquer mulher pudesse ficar babando por ele. Por sorte, minha irmã era casada e o Colin era meu. Não tínhamos entrado na questão Nova York ainda. Ela ainda tinha as suas ressalvas sobre essa ideia, na qual eu não falei a Colin que minha irmã não estava aprovando. Eu já era adulta e foi ela que me mandou para aquela área para conhecer uma pessoa que eu me conectasse suficiente para namorar. Ela só não sabia que essa pessoa poderia ser de outro estado ou cidade e que, querendo ou não, eu teria que sair debaixo da sua asa. Agradeço muito a minha irmã por ter feito muito por mim todos esses anos. Nossos pais simplesmente andam por todos os Estados Unidos em seu trailer. Eles odiavam ficar em um lugar só, enquanto nas
Eu não queria que esse momento chegasse, mas parece que o tempo estava contra nós. Colin tinha que voltar para Nova York, pois também tinha uma vida lá, e ela não se resumia só a mim. Contudo, passaríamos só um tempo distante um do outro. Mas, graças a tecnologia, existia inúmeras maneiras de ficarmos em contato. Quando amanheceu, eu já tinha levantado e feito café para ele. Era incrível acordar de manhã cedo ao seu lado. Eu já tinha até me acostumado. Depois do café, nós saímos, mas não fomos diretamente ao aeroporto. Queríamos prolongar aquele tempo o máximo possível. Colin e eu parecíamos jovens, adolescentes, apaixonados. Isso era tão bom. Nunca senti isso com ninguém em toda a minha vida. Quando finalmente chegamos no aeroporto, senti como se meu coração estivesse se partindo em dois. Eu não queria deixar partir, ou não queria ficar aqui, mas era necessário. Assim, eu colocaria as coisas no lugar. Minha mente ficaria no lugar, e não precisaríamos ficar coladas 24 horas. Mesm
PovAo colocar os pés em Nova York, Colin se arrependeu de ter saído de Los Angeles. Tudo que ele mais queria era ficar junto com a sua amada Hanna, mas o dever o chamava, e ele precisava voltar ao trabalho, querendo ou não. Então, ele pegou um táxi e foi direto para o seu apartamento. Passou todo o caminho lembrando de tudo que aconteceu nessas últimas semanas, o quão louco foi entrar naquela ilha achando que era apenas uma diversão ou piada, mas no final saiu de lá com uma namorada, no qual ele não conseguia parar de pensar. Afastar-se dela era como uma tortura, causava uma dor no peito que ele não conseguia explicar. Além do mais, mesmo sabendo que Hanna era fiel totalmente a ele, ele ainda pensava em Nico e que os dois moravam na mesma cidade. Óbvio, no final, Nico ficou com a Patrícia, mas o quão juntos eles estavam, pois até um dia antes, eles estavam fazendo tanta questão pela união de Colin e Hanna. Nico era um homem bastante insistente e charmoso, querendo ou não, Colin s
Sei que parece exagerado, mas 15 dias longe de Colin era como anos. Eu não podia demonstrar isso sempre. Minha irmã ficar me dizendo que é chato sempre ouvir que estou com saudade do meu namorado, sendo que foi ela quem me mandou para aquela ilha arrumar um. Interessante, não é? Mas a gata estava bastante feliz por mim, e eu estava radiante. Falava com Colin todos os dias. Ele sempre me ligava, fazia vídeo-chamada, mas só quando tinha tempo. Ele tinha voltado ao trabalho, gerir, namoro, a sua clínica e o hospital estavam sendo difíceis para ele. Por isso, estar perto de Colin era muito crucial para nossa relação. Assim, todas as vezes que ele voltava para casa, ele me veria lá. Mas, confesso que tenho um pouco de medo disso, pois nos conhecemos, apesar de parecer muito, em tão pouco tempo, que me deixa um pouco assustada. Parece que vivo e respiro por causa dele. Ao mesmo tempo que era bom me sentir sufocada. Talvez fosse a distância, a saudade que batia em meu peito e partia ele n
Colin ainda não acreditava no que estava vendo. Ele ficou completamente petrificado. Seu coração parou de funcionar. O mundo ao redor dele parou de funcionar. Ele viu Hanna no chão e ficou desesperado. Suas pernas quase falharam. Ele mal conseguia andar. Mas ele se forçou a fazer isso. Afinal, ela precisava dele. Então, Colin correu até onde Hanna estava, no chão. Por sorte, ela não ficou desacordada. Mas parecia tonta. Colin era médico, mas naquele momento ele não sabia o que fazer. Pensou várias vezes, olhou a situação, olhou para Hanna, bêbada, com uma cara de dor. E não sabia o que fazer. Seu coração batia tão rápido que ele mal podia sentir o seu sangue correr pelas veias. Então, Colin piscou algumas vezes. O mundo ao seu redor voltou a funcionar. E ele ouviu pessoas, as vozes, os carros, até mesmo o som do seu coração batendo em seu peito. Ele olhou para Hanna e pensou, tenho que a deixar o mais confortável possível. Ninguém pode tocá-la. E foi isso que ele fez. Ele olhou a
Colin andava de um canto a outro desde que Hanna entrou na sala de cirurgia. Ele estava nervoso. Sentia como se estivesse vulnerável e incapaz de fazer alguma coisa por ela. Aquele acidente passava e se repassava em sua mente o tempo todo. Se ele não tivesse ido embora daquela forma, se ele não tivesse atravessado a rua fazendo com que ela fosse atrás dele, isso nunca aconteceria. Essa culpa remoía e remoía bem na sua frente, deixando sua mente atordoada. Agatha, irmã de Hanna, também estava aflita. Seu marido estava cuidando das crianças, enquanto ela estava ali sentada com as mãos apoiando o rosto, rezando para que algo bom acontecesse e que ela saísse daquela cirurgia sem muitas sequelas. Ela não entendia porque aquilo aconteceu. Foram poucos minutos. A fila do banheiro estava enorme. Ela teve que passar um bom tempo ali. E quando voltou, sua irmã já não estava. E um burburinho do lado de fora chamou sua atenção. Como não viu Hanna lá dentro, ela pensou que ela estaria lá fora.