O salão mergulha no caos.Pessoas gritam e correm em todas as direções, enquanto seguranças armados invadem o espaço. Tudo parece acontecer em câmera lenta. Adam pressiona o ombro ensanguentado com força, os dentes cerrados pela dor.Eu não sei como reagir. Por que ele fez isso? Por que alguém como Adam arriscaria a própria vida por mim?— Saiam daqui! Protejam a Elizabeth! — ele grita para os seguranças, enquanto tenta conter o sangramento.Minha mente está um turbilhão. Ben, o homem que um dia chamei de irmão, está sendo imobilizado por dois seguranças. Ele grita, mas suas palavras são incompreensíveis para mim. Tudo o que consigo ver é Adam, no chão, lutando para não desmaiar.— Você está bem? — pergunto, ajoelhando-me ao seu lado, minha voz baixa, quase um sussurro.Meu vestido está tomado de vermelho.Adam me olha, os olhos ainda faiscando determinação, apesar da dor evidente.— Isso... é só um arranhão. — Ele tenta sorrir, mas é óbvio que está mentindo.Um médico, que estava ent
🥀 Adam 🥀 Isso não muda nada. Eu acho... – Agora só falta o senhor assinar a papelada, Adam. – O advogado lhe oferece, impassível. Tudo o que Adam queria era pegar o primeiro voo para Ibiza, voltar para sua cobertura de cinco estrelas, com várias modelos usando lingeries mínimas. – Ok. Oh, é só isso? Pensei que ia querer um pouco do meu sangue, sabe? Para selar o pacto. – Um sorriso malicioso brota em seus lábios. – Não brinque com isso, Adam. Seu avô quis assim. Tudo estava indo conforme o esperado até que Adam recebe uma ligação informando que seu avô foi encontrado morto no chão do quarto. Não que isso o abalasse; afinal, sua relação com o avô sempre foi longe do convencional. Adam entenderia essa reação se o próprio avô não tivesse tentado matá-lo inúmeras vezes desde os seus quatorze anos – o mesmo ano em que seus pais faleceram e ele teve que ir morar com seu único parente vivo: o próprio avô. – Mas, então, o que ele me deixou de herança… além da morte, claro? – Doía um
🥀 Tate 🥀 – Ok, mãe! Já entendi, eu tenho que colocar as meias antes de dormir. Já era tarte da noite é tudo o que queria era um banho para raciocinar direito. Não acredito que já estou há meia hora com minha mãe no celular… De novo! A razão pela qual ela sempre me liga às onze da noite é a mesma: ou eu não consegui um emprego, ou fui demitida. E dessa vez fui demitida, pela segunda vez no mês. Não aguento mais essa instabilidade. Minha geladeira já está vazia e meu aluguel está com três meses de atraso. Eu poderia me humilhar para os meus pais e pedir um cheque gordo a eles, tipo uns 50 mil, que provavelmente nem chegaria perto do que eles gastam com a Fifi em um mês. Cadela de sorte. Talvez, se eu tivesse me vendido e aceitado fazer a faculdade de Direito que meus pais tanto sonhava, eu poderia estar trabalhando no escritório dele e nadando em grana agora, sem precisar roubar sachês de molho do Burger King e comprar um molho decente. Por que eu fui querer trabalhar com arte
🥀 1 mês depois da reunião no escritório 🥀 Beba! Beba! Beba! Beba! Em uníssono, trinta pessoas gritam ao ver Adam virando seis copos de tequila, um atrás do outro. Secando cada gota e ainda pedindo mais, ele não se cansa. Na sua vida inteira, esse foi o melhor esporte: encher a cara como se não houvesse amanhã. Adam começou aos quinze anos, um ano após a morte dos pais. Sua adolescência foi marcada por zerar latas de cerveja antes de ir para a escola. Sua rotina: bater, apanhar e ser expulso das aulas. Adam não se considera um alcoólatra. Todo esse tempo foi apenas para se controlar e conseguir beber mais. Seis copos não fazem nem cócegas. – Aaaawn!! Meu Deus, Ben?! – Uma loira alta, que poderia muito bem ser uma modelo, se aproxima. – Aaaawn, Beeeen. – Adam a imita ao ver a loira se aproximando do seu melhor amigo. Quando é negada, a loira se vira para Adam como se ele fosse o único homem naquele bar. Ou, pior, em segundos, esqueceu que estava flertando com seu amigo. Ela pe
🥀Tate🥀 – Tate!! Vejo meu irmão a um metro de distância olhando pra mim como se eu fosse uma princesa dos contos de fadas. Eu e Ben e Ben e eu, a dupla que nunca se abalou, sempre nos apoiamos em nossas piores escolhas até no dia que apoiei ele bêbado a tatuar "I love Boston" em sua bunda ou mesmo quando ele me apoiou a ser pintora. Ele sempre foi minha maior admiração e a minha única fonte de confiança. Corro e abraço ele. Seus cabelos está mas claro do que da última vez que o vi, há mechas queimada pelo sol. Um tom que se aproxima do meu castanho claro. Seus olhos igual safira, aqueles olhos azuis igual de papai. Nele eu percebo semelhança que também há em mim. Ela me abraça. – Minha pirralha! – diz ele quase quebrando minhas costelas. – Está mais bonita do que antes. – Tem algo para comer na sua casa? Estou faminta. Ele ri e me acompanha até o carro. No caminho rimos e brincamos até chegar no seu apartamento. – puta que pari.. – Olha a boca! - ele me repreende. – Desd
O clima caótico tomou conta daquela sala. Adam e Tate sentados no sofá em frente a Ben, que ri e tenta entender o quê e como aconteceu o tal desastre canônico. – Eu não queria que vocês se conhecesse assim. - Ben se explica engolindo seu riso. – Isso foi constrangedor. – Ela sussurra. Pra Tate sim, mas para Adam... Ele não se conforma, que aquele olhos de safira cruzou com o seu, aquele corpo seminu colado do seu, que por via das dúvidas estava completamente nú. Aquela pele fresca e macia e seus seios prensado ao seu peito. Isso não sairá de sua mente nem que o torturasse. Só de pensar em tomar aquele corpo para si, em tê-la realmente nua pra ele e somente ele. Aquele cheiro que agora está em sua pele o enlouqueceu,de uma forma, de uma emoção de puro êxtase, tesão e frustração. Como aquela mulher mexeu com seus instintos tão de repente, que isso o enlouquece. Quando aquele lindos par de olhos e aquela bo carnuda se aproximou com apenas lingerie, ele só sabia de uma coisa,
Três dias após o trauma do banheiro. Acredito que este é o prédio mais alto que Tate já viu na vida. Já faz três horas que ela está no elevador… Bom, não exatamente três horas, mas dois minutos de espera. Seu estômago embrulha só de pensar que esteve em uma entrevista de emprego na tarde anterior. Seus pensamentos se acalmariam se o entrevistador não tivesse dito: "Entraremos em contato em breve". Já se passou quase um dia e nada. Nenhuma ligação sequer. — Respira, inspira e não surta. — Ela diz a si mesma dentro do elevador, ignorando o senhor de cabeça branca que se assusta ao vê-la falando sozinha. Sem graça por parecer louca, Tate se vira, constrangida, e lhe dá um dos seus melhores sorrisos simpáticos. O homem não corresponde. Cruzando os dedos, enrolando o cabelo castanho que cai sobre seu ombro, fechando e abrindo sua jaqueta jeans, roendo a unha do dedão… Tate já não vê a hora do elevador se abrir. — Até que enfim! — O elevador para no saguão, abrindo as portas e deixand
🥀 Tate 🥀 Mais uma cavada no meu próprio túmulo. Eu compro. Essas palavras deveriam ter sido pensadas e repensadas antes de saírem da minha boca. A livraria, com certeza, seria a melhor forma de me erguer novamente. 250 mil... Tenho apenas 25 mil na minha conta. Como vou pedir esse valor tão alto e tão de repente para o papai? Grr. No corredor, com a cabeça encostada no batente da porta, cor de céu nublado. Como vou dizer a ele que, para resolver, basta assinar umas papeladas e ter uma dívida maior que a minha própria vida? Choramingo mais um pouco. Preciso beber. Só. Dessa. Vez. De novo... Escuto risadas, não de um grupo, mas de um dueto de vozes. Vozes masculinas. Oh não. Sinto uma horripilação tomar conta do meu corpo. Seria aquele cara? Do banheiro... Ah, Deus, me leva. Abro a porta, ninguém na sala, mas os risos cessam e uma onda de constrangimento toma conta do ambiente. — Tate, estamos na cozinha. — A voz de Benjamin chama, vindo de lá. Largo minha bolsa