Maxim Volkov
A moldura do espelho se abriu, revelando o olhar de uma jovem que parecia uma estátua, tremendo incontrolavelmente de medo. Seus olhos encontraram os meus, e o desespero era palpável. Ela parecia um animal assustado, e por um momento, quase sorri com a situação, mas não havia tempo para isso. Meu amigo Viktor estava morto, e agora seus filhos eram minha responsabilidade.
Estendi minha mão para a garota com urgência. “Vamos logo, a polícia está a caminho. Você não quer ficar aqui.”
Ela se encolheu ainda mais no canto do pequeno cômodo, e ouvi um grunhido vindo de trás dela. Ela olhou assustada, suas mãos pareciam querer proteger algo atrás de si. Eu podia sentir minha paciência se esgotando rapidamente. Não podíamos permanecer naquele lugar por muito mais tempo. O som de tiros ao longe fez meus homens olharem preocupados para mim.
“Peguem a garota e o menino e tragam-nos para o carro. Protejam-nos a todo custo.” As palavras saíram de minha boca com firmeza, cientes de que o perigo nos cercava. Aqueles que haviam cruelmente tirado a vida de Viktor e Nadine ainda podiam estar à espreita, esperando pacientemente minha chegada para completar sua missão sinistra.
Dois dos meus homens, experientes e calmos sob pressão, avançaram em direção à garota. Ela lutava contra eles com todas as suas forças, mas a determinação de meus homens era inabalável. Um deles a ergueu com cuidado sobre o ombro, enquanto ela soltava gritos desesperados que ecoavam pelas paredes, como um lamento da tragédia que se abatia sobre ela. O outro soldado pegou o menino, um anjo de rosto angelical, em seus braços. A criança chorava inconsolavelmente, seus olhos inocentes e cheios de medo fixados na irmã mais velha. Ele estendia os pequenos braços em sua direção, desejando apenas a proteção dela. A cena era comovente, mas não tínhamos um segundo a perder.
Com passos rápidos e determinados, deixamos para trás o cenário aterrorizante da casa onde a tragédia havia se desenrolado. Escutávamos tiros ao longe, um lembrete constante de que nossos inimigos estavam próximos. Meus homens mantinham seus olhos alerta enquanto seguíamos em direção ao carro, um refúgio temporário em meio ao caos. A missão era clara: proteger aquelas duas vidas a qualquer custo.
No entanto, a garota, mesmo inconsciente após o golpe, não cessava de ser um problema. Seus soluços ocasionais, um lamento fraco em resposta ao que presenciara, ameaçavam revelar nossa presença. Minha paciência estava se esgotando rapidamente, e eu sabia que não poderíamos nos dar ao luxo de sermos descobertos.
Com um gesto brusco, um de meus homens aplicou uma força extra, suficiente para que ela perdesse a consciência por completo. Seu corpo ficou inerte, e finalmente, seus soluços silenciaram. A criança, irmão dela, observava tudo com olhos arregalados, incapaz de compreender completamente a terrível realidade que os cercava. Em sua inocência, ele não percebeu que aquele ato foi necessário para sua própria segurança. Não podíamos permitir que ele nos entregasse inadvertidamente aos nossos perseguidores.
Enquanto entrávamos no carro com dificuldade, a sensação de que estávamos sendo acuados nos envolvia. Parecíamos estar encurralados, mas eu sabia que ninguém jamais havia sido páreo para me deter. A fúria queimava dentro de mim, consumindo qualquer traço de medo ou hesitação. Naquele momento, eu só sentia prazer em eliminar qualquer um que ousasse cruzar o meu caminho.
A perseguição era implacável, e nossos perseguidores estavam determinados a nos alcançar. No entanto, minha experiência e destemor prevaleceram. Manobrei o carro com habilidade, realizando manobras arriscadas e evitando os obstáculos que surgiam em nosso caminho. Cada curva, cada desvio, era uma dança perigosa com a morte, mas eu era o maestro daquele caos.
Nossos perseguidores eram implacáveis, mas minha equipe era igualmente implacável na proteção daquelas vidas inocentes. O som das sirenes e dos motores rugindo enchia meus ouvidos, enquanto eu lutava para manter a vantagem. O destino estava em nossas mãos, e eu estava determinado a levá-los a salvo.
Finalmente, após uma perseguição frenética e repleta de adrenalina, conseguimos despistar nossos inimigos. Eles ficaram para trás, perdendo-nos de vista na escuridão da noite. Respiramos aliviados por um breve momento, sabendo que a batalha estava longe de terminar.
Finalmente, chegamos à pista principal, e a sensação de liberdade temporária nos envolveu. O terreno familiar e as luzes da cidade à frente nos lembraram que havia um mundo além do pesadelo que acabáramos de enfrentar. Entretanto, a ameaça ainda pairava sobre nós, e eu estava pronto para enfrentá-la de frente.
No interior do jato particular, eu estava ofegante e com o coração ainda martelando no peito após a intensa troca de tiros na pista de pouso. A cabine estava imersa em uma atmosfera de tensão e urgência. Os ruídos das explosões lá fora ecoavam em meus ouvidos, cada estampido parecia uma lembrança constante de que nossos perseguidores não nos deixariam escapar facilmente.
Meus companheiros de equipe agiam com a precisão de quem já havia enfrentado situações de vida ou morte. Recarregavam suas armas, verificavam o equipamento e mantinham-se prontos para qualquer eventualidade. O som das explosões e disparos lá fora fazia meu pulso acelerar, mas minha mente estava focada, e minha determinação era inquebrável.
Com a porta do jato aberta, dei um salto para dentro, e o motor roncou como uma fera despertando. Cada segundo era crucial. Enquanto fechávamos a porta, os tiros continuavam, como uma sinfonia macabra que ecoava em minha mente. Nossa fuga dependia daquele jato, da habilidade de nossa equipe e de minha experiência em situações de alto risco.
O interior do jato estava repleto do aroma metálico da tensão. Os bancos de couro eram confortáveis, mas agora serviam como abrigo temporário. Meus companheiros estavam espalhados pela cabine, cada um com sua missão. Eu me posicionei perto do cockpit, observando as luzes piscando no painel de controle. O rugido dos motores aumentou enquanto a aeronave ganhava velocidade na pista.
A turbulência da decolagem transformou-se em uma aceleração poderosa. O mundo lá fora desapareceu na escuridão, e as nuvens noturnas nos envolveram. Eu estava no comando, coordenando nossos próximos passos enquanto mantínhamos um olhar atento sobre os monitores. O destino era minha casa.
Enquanto voávamos através do céu noturno, eu sabia que havia mais mistérios a serem desvendados. Olhei para a escuridão lá fora, com a certeza de que, apesar de termos escapado daquele confronto, estávamos apenas no início de uma jornada repleta de perigos.
Aproximei-me do corpo frágil da garota, sua figura delicada contrastava com o caos que nos cercava. Seus cabelos desalinhados caíam sobre o rosto, mas algo mantinha meu olhar fixo nela. Era como se fosse uma ninfa emergindo da confusão, uma visão que me hipnotizava. Agora, longe do tumulto, pude perceber mais detalhes. Ela usava um minúsculo vestido de algodão, que revelava suas coxas grossas e sua pele branca e impecável. Seus seios fartos quase saltavam para fora do decote, e meu coração acelerou diante de sua beleza inegável. Engoli em seco, sentindo o suor escorrer por minha testa, enquanto sussurrava para mim mesmo: “Controle-se, Maxim, ela é apenas uma jovem.”
Eu sabia que a filha de Viktor tinha acabado de completar 19 anos. Embora nunca a tivesse visto pessoalmente, Viktor costumava falar dela com ternura, como se fosse sua garotinha. Mesmo com um corpo espetacular aos olhos de qualquer um, eu a via como a criança que seu pai descrevia. Peguei um cobertor e delicadamente cobri seu corpo, tentando respeitar sua privacidade.
Foi nesse momento que um alarme começou a soar, interrompendo meus pensamentos. Corri para a cabine, onde meu copiloto me informou com urgência: “Maxim, estamos em apuros. Um dos motores foi atingido, e o tanque também. Estamos sobre o oceano, se cairmos, não sobreviveremos.”
Meu coração afundou ao ouvir aquelas palavras. Olhei pela janela, vendo o vasto oceano abaixo de nós. Estávamos em uma situação crítica, e o tempo estava se esgotando rapidamente.
Maxim Volkov O pânico se espalhou rapidamente pelo interior do jatinho particular. Meus homens, normalmente confiantes e treinados, após saberem o que estava acontecendo, ficaram visivelmente perturbados. Eu, Irina e Calebe havíamos sido atirados no meio dessa situação de emergência sem aviso prévio, e a tensão no ar era quase palpável.Meu coração batia descompassado enquanto eu lutava para manter o controle da situação. Minha mente estava em modo de sobrevivência, mas a responsabilidade de proteger Irina e Calebe pesava sobre mim como um fardo implacável.Eu, que normalmente era frio e calculista, estava visivelmente abalado. Minha expressão austera e controlada cedeu lugar a um olhar de preocupação e determinação. Eu sabia que estava em uma situação difícil e que precisava tomar medidas rápidas e decisivas.O copiloto estava tentando manter a calma enquanto reportava a situação, mas havia um tremor evidente em sua voz. “Maxim, o motor direito está pegando fogo, e o tanque de comb
Maxim Volkov O sol, implacável em sua ascensão, queimava nossa pele já castigada pela água salgada. Os primeiros raios trouxeram consigo um calor sufocante que contrastava com a situação precária em que nos encontrávamos. O oceano ainda nos balançava de um lado para o outro, como se quisesse nos lembrar de nossa vulnerabilidade.Irina e Calebe finalmente cederam ao cansaço e dormiram exaustos. Seus cabelos loiros ainda estavam úmidos, e eu sabia que a exposição ao sol poderia ser prejudicial. As ondas continuavam a nos arrastar, e eu lutava para manter a calma.O telefone por satélite permanecia inerte em minhas mãos. O aparelho havia sido danificado pela água salgada, e a incerteza sobre sua funcionalidade me corroía. Eu precisava entrar em contato com alguém, pedir ajuda, mas o silêncio do dispositivo era ensurdecedor.Foi então que Irina acordou e a visão de Calebe a fez entrar em desespero. Seu irmãozinho estava com febre, com a boca rachada e os olhos fechados. Vi o pânico tomar
Maxim Volkov Enquanto o uísque descia pela minha garganta, a sensação de amargura da bebida parecia ecoar com a complexidade dos meus pensamentos. Aquela noite se assemelhava a uma batalha invisível contra um inimigo oculto, e eu podia sentir o peso dessa luta em cada fibra do meu ser.Recostei-me na cadeira do meu escritório, deixando a bebida percorrer meu corpo cansado. Viktor, meu leal Conselheiro, sempre fora um mestre da discrição. Seu papel consistia em ser uma sombra silenciosa, conhecedora de cada segredo que permeava nossa organização. Ele tinha acesso a informações desde os detalhes triviais até os mais sombrios segredos. No entanto, agora, uma inquietação pairava em minha mente: teria ele revelado algo crucial antes de sua morte?A ideia era quase inaceitável. Viktor compreendia a gravidade de nossa situação, especialmente sabendo que a vida de seus próprios filhos estava agora nas minhas mãos. A traição, nesse contexto, parecia um ato impensável, mesmo à beira da morte.
Irina Petrova. Abro os olhos e sinto meu estômago retorcer de dor. Sento-me abruptamente, tentando entender o meu entorno. Olho ao redor, observando as paredes e os móveis que compõem o ambiente. Este definitivamente não é o meu quarto. Um arrepio percorre minha espinha enquanto tento descobrir como acabei aqui. Será que tudo o que vivi foi apenas um terrível pesadelo? Passo a língua pelos lábios ressecados, sentindo a aspereza da pele. Olho para o meu corpo e percebo que estou vestindo uma fina camisola. Minha mente começa a rodar, tentando se lembrar de como cheguei a este lugar. A última coisa que recordo é estar no mar, lutando contra as ondas. Meu coração acelera à medida que a falta de ar se instala. Preciso encontrar Calebe. Ele é tudo o que me resta agora, a única conexão com a realidade que conheço. Com determinação, levanto-me rapidamente, ignorando a dor e o desconforto. Não importa onde estou; minha prioridade é encontrar Calebe, pois ele é a âncora que me mantém ligada
Maxim Volkov Paro no corredor, sentindo meu sangue ferver de frustração. Aquela jovem parece determinada a me tirar do sério, e agora estou preso nesta situação constrangedora. Como posso descer e encontrar Patrik com essa evidente provocação sob minhas calças? O volume é inegável, e a dificuldade de escondê-lo me deixa ainda mais inquieto.Respiro profundamente, tentando acalmar o desejo que insiste em me instigar. Ajusto meus cabelos, certificando-me de que estejam perfeitamente alinhados, enquanto pondero os problemas que estou enfrentando neste momento.Olho para minha calça, e parece que meu próprio corpo está conspirando contra mim. Meu membro se recusa a obedecer, tornando a situação ainda mais desafiadora.Tensiono meus pulsos, sentindo a urgência de resolver essa situação. Dou meia volta e retorno ao meu quarto, determinada a encontrar uma solução para esse dilema. Acredito que um banho frio seja a única maneira de aplacar o calor que me consome.Após quase 30 minutos sob a
Irina Petrova Já estou enlouquecendo presa neste quarto, depois de mais uma bandeja de comida, a empregada sai. Eu não quero comer nada até saber como está meu irmãozinho. Determinada, vou até a porta e, ao girar a maçaneta, percebo que ela está inexplicavelmente aberta. Meu coração acelera, e um sentimento de esperança me impulsiona. Corro pelo longo corredor e tento abrir cada porta que se apresenta. Algumas estão firmemente fechadas, enquanto outras se abrem, revelando apenas o vazio do que parece ser um labirinto sem fim. Finalmente, meu corpo desaba contra uma das paredes, e minhas lágrimas caem em um lamento de frustração e desespero. Depois de um tempo, decido que não posso mais esperar. Preciso encontrar aquele homem que parece estar no comando. Ele vai ter que me mostrar onde está meu irmão. Procuro por ele, mas não o vejo em lugar algum. Pode ser que ele esteja escondido, mas não vou desistir. Determinada, decido esperá-lo. Há algo de sinistro nessa mansão, e estou dispost
Maxim VolkovEnquanto estou sentado nas sombras onde sempre me sinto bem, tentando desesperadamente colocar meus pensamentos em ordem, escuto o barulho da maçaneta da porta. Uma silhueta se apresenta na entrada, e meu corpo reage instantaneamente. Instintivamente, levanto-me, meu coração martelando no peito, e minha mão voa até o pescoço, onde penso em matar quem seja que foi capaz de entrar no meu quarto sem avisar.A sombra na porta permanece indefinida, mas o temor que ela possa ser o responsável pelo ataque anterior me deixa tenso e alerta. A escuridão e o silêncio ao nosso redor parecem intensificar a gravidade da situação, e minha respiração fica mais rápida enquanto tento discernir qualquer pista sobre a identidade da pessoa à minha frente.A tensão toma conta do meu corpo quando meus olhos se fixam na silhueta a minha frente. Ao observar com mais atenção, percebo que é Irina, quase sem ar, diante de mim. Meu corpo reage instintivamente, e minha mão se move em direção ao seu pe
Irina PetrovaFinalmente, consegui o que queria, mas sinto que exagerei um pouco. Minha garganta está seca e estou lutando para entender o que acabou de acontecer aqui. A sensação do calor da respiração dele ainda parece pairar sobre minha pele, e o toque dos seus dedos ecoa em minha mente. No entanto, não posso me permitir pensar nisso agora.Olho ao redor, e a empregada continua parada, me observando como se eu fosse uma aberração. Percebo o óbvio, e meu rosto cora instantaneamente. Meu vestido ainda está levantado, e eu continuo deitada na cama dele. A vergonha e o constrangimento me inundam, e uma sensação de vulnerabilidade toma conta de mim. O que fizemos aqui deixou sua marca, e não tenho certeza de como lidar com as consequências desse encontro proibido.Me levanto imediatamente e corro em direção à porta, mas, assim que chego no corredor, escuto a voz de Rosa me chamar. Paro bruscamente, mas não consigo encará-la.“Menina, você é louca? O que estava fazendo no quarto dele?”“