Maxim Volkov
O pânico se espalhou rapidamente pelo interior do jatinho particular. Meus homens, normalmente confiantes e treinados, após saberem o que estava acontecendo, ficaram visivelmente perturbados. Eu, Irina e Calebe havíamos sido atirados no meio dessa situação de emergência sem aviso prévio, e a tensão no ar era quase palpável.
Meu coração batia descompassado enquanto eu lutava para manter o controle da situação. Minha mente estava em modo de sobrevivência, mas a responsabilidade de proteger Irina e Calebe pesava sobre mim como um fardo implacável.
Eu, que normalmente era frio e calculista, estava visivelmente abalado. Minha expressão austera e controlada cedeu lugar a um olhar de preocupação e determinação. Eu sabia que estava em uma situação difícil e que precisava tomar medidas rápidas e decisivas.
O copiloto estava tentando manter a calma enquanto reportava a situação, mas havia um tremor evidente em sua voz. “Maxim, o motor direito está pegando fogo, e o tanque de combustível está vazando. Não temos muito tempo.”
Eu assenti, meus olhos fixos no horizonte. “Preparem-se para o impacto. Iremos abandonar o jatinho antes que ele caia.”
Meus homens começaram a se mover freneticamente, verificando seus equipamentos e se preparando para a evacuação. Irina acordou, olhando ao redor com confusão e medo em seus olhos. Eu me aproximei dela, mantendo a calma que me era característica.
“Irina, estamos em apuros, mas vou mantê-los a salvo. Precisamos saltar do avião antes que ele caia. Está me ouvindo?” Minha voz, embora preocupada, transmitia uma determinação feroz.
Ela me olhou, seus olhos expressando uma mistura de confusão e medo, como se tentasse desvendar o que estava acontecendo ao seu redor. No entanto, seu assentimento foi decidido, e seus braços envolveram Calebe com força, que começou a chorar em meio ao tumulto. Eu tomei Calebe nos meus braços, enquanto Irina me seguiu rapidamente. Era imperativo garantir a segurança deles.
Com agilidade, amarrei Irina ao meu corpo, certificando-me de que o paraquedas estivesse seguro em minhas costas, e Calebe foi acomodado junto a um dos meus homens, também devidamente equipado. Enquanto o vento furioso chicoteava o interior do jato, a porta se escancarou diante de nós, revelando o oceano implacável lá embaixo.
O copiloto anunciou, sua voz quase sendo engolida pelo vento ensurdecedor: “Estamos prestes a atingir a água. É agora ou nunca.”
Olhei para Irina, nossos olhos se encontrando em meio à turbulência. Naquele olhar, transmiti a confiança que ambos precisávamos em meio ao caos. Com um movimento decidido e sincronizado, saltamos do jato em queda livre, deixando para trás a aeronave em chamas e enfrentando a incerteza do oceano à nossa frente. A sensação de queda livre era avassaladora, mas minha determinação em proteger minha pequena equipe era mais poderosa do que o medo que nos envolvia.
O vento zunia em meus ouvidos enquanto caíamos em direção ao oceano. A queda livre era uma experiência angustiante, e o oceano parecia se aproximar rapidamente, como um predador faminto pronto para nos engolir. Eu mantinha Irina e Calebe firmemente em minha vista, minha determinação incansável sendo a âncora que nos mantinha juntos.
O jatinho em chamas se tornou um pequeno ponto distante no horizonte, sua destruição era um lembrete assustador do quão próximo estivemos da morte certa. A adrenalina pulsava em minhas veias, enquanto o treinamento e o instinto de sobrevivência assumiam o controle.
A água se aproximava, e eu sabia que o impacto seria violento. Com habilidade, ajustei nossa posição, tentando minimizar o impacto. A sensação de choque contra a água foi intensa, uma explosão de frio e pressão, mas mantive meu foco.
Assim que emergimos à superfície, lutei contra as ondas tumultuosas que ameaçavam nos engolir. O paraquedas se desdobrou acima de nós, proporcionando um ponto de referência na vastidão azul. Nadando em direção a ela, alcancei-a e verifiquei seu estado. Ela estava atordoada, mas viva.
Calebe chorava, assustado e confuso, e eu o peguei nos braços. Mantive-me calmo e firme, apesar do caos ao nosso redor. “Estamos bem, Calebe. Você está seguro agora.”
A chegada ao oceano não tinha sido o plano, mas era onde estávamos agora, e precisávamos sobreviver. Enquanto as ondas continuavam a nos empurrar.
A água salgada do oceano nos envolvia, e eu lutava para manter minha mente afiada, apesar do caos que nos cercava. As ondas continuavam a nos jogar de um lado para o outro, testando nossa resistência. Calebe estava aterrorizado, seu choro cortante ecoando sobre as águas revoltas.
Irina estava se recuperando gradualmente do choque inicial. Eu a segurava com firmeza, meu olhar atento em busca de qualquer ameaça que pudesse surgir. Sabia que não estávamos sozinhos nesse oceano vasto e implacável.
Os meus homens que nos acompanhavam começaram a se reunir ao nosso redor, formando um círculo protetor. Eles mantinham suas armas prontas, preparados para qualquer eventualidade. A lealdade deles a mim era inabalável, e eu confiava em sua determinação em proteger minha equipe.
A incerteza pairava no ar enquanto avaliávamos nossa situação. Eu sabia que precisávamos de um plano, um meio de escapar desse oceano traiçoeiro e do perigo que ainda nos ameaçava.
Calebe continuava a tremer em meus braços, e eu o abracei com mais força, prometendo a mim mesmo que faria qualquer coisa para mantê-los seguros. Os coletes salva-vidas e as roupas impermeáveis que vestimos antes de pular nos mantinham aquecidos e à flor-d'água, mas o frio do oceano estava começando a penetrar em nossos rostos. Eu podia ver os dentes de Irina batendo uns nos outros devido ao frio.
“Cadê o kit de sobrevivência? Achem logo!” Gritei, minha voz se perdendo no vento e no rugir das ondas.
Dois dos meus homens começaram a vasculhar as águas revoltas, enfrentando a fúria do oceano em busca do kit que havíamos lançado ao mar. No kit estavam um bote inflável, um telefone por satélite e alguns itens essenciais para nossa sobrevivência. Cada segundo que passava aumentava nossa vulnerabilidade, e eu estava determinado a recuperar o kit o mais rápido possível.
A água salgada se agitava ao nosso redor, como se o oceano estivesse determinado a nos engolir. Meus homens continuaram a busca desesperada pelo kit de sobrevivência, enfrentando ondas que pareciam gigantes decididas a nos derrubar.
Eu segurava Calebe com uma mão firme, enquanto Irina tremia a meu lado. Seus olhos, estavam cheios de medo e incerteza. Eu sabia que precisava ser o pilar de força naquele momento, mas a situação estava além do meu controle habitual. A sensação de impotência me corroía por dentro.
Finalmente, um dos meus homens avistou o kit e começou a nadar em sua direção. Ele o alcançou e voltou para nós, trazendo o bote inflável. A sensação de alívio foi palpável quando finalmente nos abrigamos no bote, mas ainda não estávamos a salvo.
As ondas continuavam a nos sacudir, como se o oceano estivesse determinado a nos testar. Irina abraçou Calebe com força, e eu sabia que precisávamos acalmá-los, mesmo que as palavras fossem poucas naquele momento.
“Vai ficar tudo bem,” eu disse a Irina, tentando transmitir confiança com minha voz. “Estamos juntos nisso, e vamos sair dessa situação.”
Maxim Volkov O sol, implacável em sua ascensão, queimava nossa pele já castigada pela água salgada. Os primeiros raios trouxeram consigo um calor sufocante que contrastava com a situação precária em que nos encontrávamos. O oceano ainda nos balançava de um lado para o outro, como se quisesse nos lembrar de nossa vulnerabilidade.Irina e Calebe finalmente cederam ao cansaço e dormiram exaustos. Seus cabelos loiros ainda estavam úmidos, e eu sabia que a exposição ao sol poderia ser prejudicial. As ondas continuavam a nos arrastar, e eu lutava para manter a calma.O telefone por satélite permanecia inerte em minhas mãos. O aparelho havia sido danificado pela água salgada, e a incerteza sobre sua funcionalidade me corroía. Eu precisava entrar em contato com alguém, pedir ajuda, mas o silêncio do dispositivo era ensurdecedor.Foi então que Irina acordou e a visão de Calebe a fez entrar em desespero. Seu irmãozinho estava com febre, com a boca rachada e os olhos fechados. Vi o pânico tomar
Maxim Volkov Enquanto o uísque descia pela minha garganta, a sensação de amargura da bebida parecia ecoar com a complexidade dos meus pensamentos. Aquela noite se assemelhava a uma batalha invisível contra um inimigo oculto, e eu podia sentir o peso dessa luta em cada fibra do meu ser.Recostei-me na cadeira do meu escritório, deixando a bebida percorrer meu corpo cansado. Viktor, meu leal Conselheiro, sempre fora um mestre da discrição. Seu papel consistia em ser uma sombra silenciosa, conhecedora de cada segredo que permeava nossa organização. Ele tinha acesso a informações desde os detalhes triviais até os mais sombrios segredos. No entanto, agora, uma inquietação pairava em minha mente: teria ele revelado algo crucial antes de sua morte?A ideia era quase inaceitável. Viktor compreendia a gravidade de nossa situação, especialmente sabendo que a vida de seus próprios filhos estava agora nas minhas mãos. A traição, nesse contexto, parecia um ato impensável, mesmo à beira da morte.
Irina Petrova. Abro os olhos e sinto meu estômago retorcer de dor. Sento-me abruptamente, tentando entender o meu entorno. Olho ao redor, observando as paredes e os móveis que compõem o ambiente. Este definitivamente não é o meu quarto. Um arrepio percorre minha espinha enquanto tento descobrir como acabei aqui. Será que tudo o que vivi foi apenas um terrível pesadelo? Passo a língua pelos lábios ressecados, sentindo a aspereza da pele. Olho para o meu corpo e percebo que estou vestindo uma fina camisola. Minha mente começa a rodar, tentando se lembrar de como cheguei a este lugar. A última coisa que recordo é estar no mar, lutando contra as ondas. Meu coração acelera à medida que a falta de ar se instala. Preciso encontrar Calebe. Ele é tudo o que me resta agora, a única conexão com a realidade que conheço. Com determinação, levanto-me rapidamente, ignorando a dor e o desconforto. Não importa onde estou; minha prioridade é encontrar Calebe, pois ele é a âncora que me mantém ligada
Maxim Volkov Paro no corredor, sentindo meu sangue ferver de frustração. Aquela jovem parece determinada a me tirar do sério, e agora estou preso nesta situação constrangedora. Como posso descer e encontrar Patrik com essa evidente provocação sob minhas calças? O volume é inegável, e a dificuldade de escondê-lo me deixa ainda mais inquieto.Respiro profundamente, tentando acalmar o desejo que insiste em me instigar. Ajusto meus cabelos, certificando-me de que estejam perfeitamente alinhados, enquanto pondero os problemas que estou enfrentando neste momento.Olho para minha calça, e parece que meu próprio corpo está conspirando contra mim. Meu membro se recusa a obedecer, tornando a situação ainda mais desafiadora.Tensiono meus pulsos, sentindo a urgência de resolver essa situação. Dou meia volta e retorno ao meu quarto, determinada a encontrar uma solução para esse dilema. Acredito que um banho frio seja a única maneira de aplacar o calor que me consome.Após quase 30 minutos sob a
Irina Petrova Já estou enlouquecendo presa neste quarto, depois de mais uma bandeja de comida, a empregada sai. Eu não quero comer nada até saber como está meu irmãozinho. Determinada, vou até a porta e, ao girar a maçaneta, percebo que ela está inexplicavelmente aberta. Meu coração acelera, e um sentimento de esperança me impulsiona. Corro pelo longo corredor e tento abrir cada porta que se apresenta. Algumas estão firmemente fechadas, enquanto outras se abrem, revelando apenas o vazio do que parece ser um labirinto sem fim. Finalmente, meu corpo desaba contra uma das paredes, e minhas lágrimas caem em um lamento de frustração e desespero. Depois de um tempo, decido que não posso mais esperar. Preciso encontrar aquele homem que parece estar no comando. Ele vai ter que me mostrar onde está meu irmão. Procuro por ele, mas não o vejo em lugar algum. Pode ser que ele esteja escondido, mas não vou desistir. Determinada, decido esperá-lo. Há algo de sinistro nessa mansão, e estou dispost
Maxim VolkovEnquanto estou sentado nas sombras onde sempre me sinto bem, tentando desesperadamente colocar meus pensamentos em ordem, escuto o barulho da maçaneta da porta. Uma silhueta se apresenta na entrada, e meu corpo reage instantaneamente. Instintivamente, levanto-me, meu coração martelando no peito, e minha mão voa até o pescoço, onde penso em matar quem seja que foi capaz de entrar no meu quarto sem avisar.A sombra na porta permanece indefinida, mas o temor que ela possa ser o responsável pelo ataque anterior me deixa tenso e alerta. A escuridão e o silêncio ao nosso redor parecem intensificar a gravidade da situação, e minha respiração fica mais rápida enquanto tento discernir qualquer pista sobre a identidade da pessoa à minha frente.A tensão toma conta do meu corpo quando meus olhos se fixam na silhueta a minha frente. Ao observar com mais atenção, percebo que é Irina, quase sem ar, diante de mim. Meu corpo reage instintivamente, e minha mão se move em direção ao seu pe
Irina PetrovaFinalmente, consegui o que queria, mas sinto que exagerei um pouco. Minha garganta está seca e estou lutando para entender o que acabou de acontecer aqui. A sensação do calor da respiração dele ainda parece pairar sobre minha pele, e o toque dos seus dedos ecoa em minha mente. No entanto, não posso me permitir pensar nisso agora.Olho ao redor, e a empregada continua parada, me observando como se eu fosse uma aberração. Percebo o óbvio, e meu rosto cora instantaneamente. Meu vestido ainda está levantado, e eu continuo deitada na cama dele. A vergonha e o constrangimento me inundam, e uma sensação de vulnerabilidade toma conta de mim. O que fizemos aqui deixou sua marca, e não tenho certeza de como lidar com as consequências desse encontro proibido.Me levanto imediatamente e corro em direção à porta, mas, assim que chego no corredor, escuto a voz de Rosa me chamar. Paro bruscamente, mas não consigo encará-la.“Menina, você é louca? O que estava fazendo no quarto dele?”“
Maxim Volkov Os primeiros raios de sol invadem o quarto através das frestas da cortina. Com um olhar no relógio, confirmo que como sempre, acordo com a aurora. O dia começa e, após me levantar, desço até o meu escritório. Há papéis importantes que preciso verificar. Apesar de gerenciar com destreza meus negócios ilícitos, não posso me dar ao luxo de relaxar. Após a morte de Viktor, sofremos um grande revés. Era ele quem detinha todas as informações cruciais: rotas, entregas, associados, localizações. Tudo o que sustentava nossas operações morreu com ele. Agora, enfrento o desafio de recuperar essas informações perdidas. A incerteza sobre como proceder ainda paira no ar, mas tenho uma intuição. Talvez, de alguma forma, um de seus filhos tenha acesso a essas informações, mesmo que inconscientemente. Viktor não era o tipo de pessoa a deixar tudo desamparado sem um plano de contingência. No escritório, eu estava concentrado em juntar todos os documentos de que precisava para o dia. Orga