CAPÍTULO 166 Débora Andrade Estou gostando do novo trabalho, aqui no reduto é mais tranquilo que no hospital, e se Luigi pensava que estaria favorecendo à ele, se enganou bonito, porque estou bela e formosa trabalhando bem devagar e ganhando muito mais... quando digo que é um bocó, sei que tenho razão. Ajudei o médico com o atendimento à alguns soldados, mas continuo aqui, tomando o meu cafezinho e esperando algum paciente, até que o médico bonitão, entrou na sala. — Débora, você já está liberada. Caso tenha alguma emergência te chamarei. Já estou acostumado com atendimento sozinho, embora confesso, que adorei ter você aqui, hoje... — arregalei os olhos pra ele, mas levei um susto ao enxergar o Luigi de cara feia, encostado no corredor, brincando com a arma, parcialmente apontada na direção do médico. — Ah, que bom, então! — fui até a porta e encostei, ninguém merece ficar olhando cara feia, não é? — Vou encostar essa porta porque bate muito vento
CAPÍTULO 167 Débora Andrade Fiquei meio atordoada, ele me soltou e mordeu a minha boca devagar. “Qual a dificuldade de fugir desses beijos? Qual?“ — Espero que tenha se acalmado, as minhas gatas não gostam de alvoroço, venha! — puxou a minha mão e fui bufando, por perder o controle. — Essa é a Tina, mãe da Polly. Não pude me conter, adoro os gatos, então me soltei e abaixei atrás da Polly. — Não entendo... como a mãe dela conseguiu fugir desse presídio? — olhei em volta, parecia impossível aquilo. — Porque acha que mandei erguerem os muros e mudar o sistema de segurança? Não vou correr risco novamente, agora ninguém sai... — Costuma prender na sua casa aquilo que escolhe para ser seu? — ele entendeu o duplo sentido. — As vezes! Você é uma das que eu gostaria de prender, mas é mais divertido te ter assim... — olhou o meu corpo todo. Levantei de onde estava. — Luigi, sejamos honestos... eu e você não demos certo, e isso percebi em a
CAPÍTULO 168 Débora Andrade Dias depois [Alerta de mensagens] “Abra a porta, estou aqui na sua casa!“ — respirei fundo. “O que deu nele, agora?“ Desapareceu do reduto, pelo visto pegou todos os trabalhos que podia, pelo menos me deu um pouco de paz. Eu não iria abrir, mas não quero correr o risco do Luigi entrar pela janela ou me perturbar, embora, nem ele nem o médico, falaram mais comigo diretamente, depois daquele dia. — O que quer? — abri já falando assim, pra ver se, se toca. Porém ao olhar em seus braços, na mesma hora me acalmei. — Eu trouxe um presente. Sei que fui um idiota no outro dia! — arregalei os olhos, quase caí de costas, precisando se apoiar no batente da porta. — Mas, essa é a Polly! Pelo que me lembro, a sua xodó, não pode me dar, “só porquê foi um idiota”! — zombei e ele gargalhou. — Não vou te dar apenas por isso, vi como ela gostou de você. Já tenho várias, vejo que te faria bem, uma companhia.
CAPÍTULO 169 Salvatore Strondda — Eu não tinha ideia, de como as férias me fariam tão bem! — falei para a Maria que se escondia de baixo do guarda-sol. — Estou estranhando, sempre disse que deixou tudo de lado para assumir o lugar do seu pai. As vezes tenho medo de estrar estragando a sua vida... — falou meio baixo, olhando para o mar. — Eu queria aquilo, porque não tinha alguém como você. Eu não tinha ninguém, na verdade... agora tenho familiares, e você. — Se quiser trabalhar... — Querida, escuta uma coisa que vou te dizer: depois desses dias que passamos juntos, eu entendi algo muito importante... eu não nasci para assumir a máfia Strondda, essa foi a missão de Pablo e sua descendência, Antony mesmo é ótimo no que faz. — Ouvi dizer que atira como ninguém... — sorri. — Sim, realmente. Só que com o dinheiro que o meu pai me deixou, eu não preciso mais trabalhar, então se não vou assumir como Don, vou viver a minha vida. Farei como o Pablo, ir
CAPÍTULO 170 Luigi /El Chapo Coisas que pensei ter esquecido, voltaram a me atormentar... não sei o que fiz de tão errado nessa vida para ser tão castigado, mas não vou permitir que Leonardo me tire mais nada, não mesmo! Passei a semana inteira pensando, decidindo se insistiria na minha escolha de ficar com a Débora, depois do que descobri. É engraçado como sei de tudo, e dessa vez deixei isso passar. O fato dela ter sido dele, me atormenta de certa forma. Claro, eu poderia rir da cara dele, mas não posso dizer que Débora é o meu troféu de vingança, já que gostei dela antes de saber do seu passado com aquele canalha. Quanto mais longe ele estiver de nós, melhor! Eu poderia roubar, levar essa mulher para a minha casa e obrigá-la a ser minha..., mas agora mais do que nunca, eu quero que ela me queira, me procure, nem que seja apenas por uma vez. Por isso saí apressado da casa dela, não posso me exceder dessa maneira, vou pensar em algo. Dirigi r
CAPÍTULO 171 Débora Andrade Nunca quis tanto ver o Luigi na vida... se ele não chegasse, aqueles homens teriam me levado, e a última coisa que quero é voltar a ver Leonardo, não posso nem pensar nisso. O problema é que Luigi age de forma estranha, e ao invés de eu querer abraçá-lo, prefiro me afastar. — O quê foi? — Você pode me deixar na casa da Katy ou da Laura... até da Rebeca, ou... — Tem medo do quê? — Polly foi para a sua cama no banco de trás. — Não gosto do seu jeito, as vezes... me lembra... — Lembra o quê? Leonardo? — me irritei com o jeito dele. — ESCUTA AQUI... SE VAI SER BABACA, VAI SER COM OUTRA, PORQUÊ DE HOMENS QUE ME TRATAM MAL, ESTOU FARTA! — abri a caminhonete em movimento, saltei de lá porquê estava devagar, mas machuquei o pé e caí no asfalto. — DÉBORA! VOCÊ É LOUCA! — vi que parou a caminhonete e veio me encostar, mas me arrastei no chão, me esquivando. — VAI EMBORA DAQUI, ME DEIXE EM PAZ! EU QUERO FI
CAPÍTULO 172 Débora Andrade — Gleice? De brincadeiras com a minha convidada? — perguntou para a oferecida, mas olhou para os meus seios descaradamente, que agora apareciam. A tal da Gleice parecia que estava engasgando, toda vermelha. Tive vontade de dizer: “morra de inveja, linguaruda!“ — mas fiquei na minha, aquela ali deve estar se roendo de raiva. — Eu trouxe uma roupa pra ela, senhor. — me encarou. — Já pode ir, agora! Eu ajudo a senhorita a terminar — parou de falar, mas agora olhou pra ela de um jeito que não gostei, e a filhote de cruz-credo saiu bufando, olhando pra trás. — Ouviu o que ela me disse? — fiquei em pé, mostrando quase todo o meu corpo, sentando na beira da banheira. — Sim. — E, porque não falou nada? — Ela tem alguns problemas psicológicos, não dá pra ligar muito, veio trabalhar aqui a pedido da Elinete... — gargalhei. — Só podia, a cara de uma, focinho da outra! Ela está afim de você, conhece tudo o que acontece
CAPÍTULO 173 Luigi / El Chapo — Eu não quero falar sobre isso, acho que está na hora de jantar! — guardei o óleo de massagem e fui lavar as mãos no banheiro. — Não confia em mim? Eu te contei um pouco do que vivi, fui sincera com você. Não mereço nenhuma resposta? — respirei fundo, fiquei olhando pra ela... “É... talvez, sim!“ — pensei, antes de me aproximar, pensar e dizer, cautelosamente: — É o responsável por sequestrar a minha namorada há nove anos! — fiquei quase sem ar ao falar, apertando o batente da porta, me lembrando do que vivi — Eu tinha dezoito anos, igual ela... — Mas... ele a levou a força? Você não conseguiu salvá-la? Por isso, se culpa? — passei a mão nas sobrancelhas, engoli um nó da garganta, isso é tão difícil lembrar, falar... — No começo sim! Eu não sabia que era ele, não sabia onde ela estava, procurei por um mês e nada... até o dia que recebi um vídeo dos dois juntos, ela havia se apaixonado por ele, era tarde pra mim... a