CAPÍTULO 172 Débora Andrade — Gleice? De brincadeiras com a minha convidada? — perguntou para a oferecida, mas olhou para os meus seios descaradamente, que agora apareciam. A tal da Gleice parecia que estava engasgando, toda vermelha. Tive vontade de dizer: “morra de inveja, linguaruda!“ — mas fiquei na minha, aquela ali deve estar se roendo de raiva. — Eu trouxe uma roupa pra ela, senhor. — me encarou. — Já pode ir, agora! Eu ajudo a senhorita a terminar — parou de falar, mas agora olhou pra ela de um jeito que não gostei, e a filhote de cruz-credo saiu bufando, olhando pra trás. — Ouviu o que ela me disse? — fiquei em pé, mostrando quase todo o meu corpo, sentando na beira da banheira. — Sim. — E, porque não falou nada? — Ela tem alguns problemas psicológicos, não dá pra ligar muito, veio trabalhar aqui a pedido da Elinete... — gargalhei. — Só podia, a cara de uma, focinho da outra! Ela está afim de você, conhece tudo o que acontece
CAPÍTULO 173 Luigi / El Chapo — Eu não quero falar sobre isso, acho que está na hora de jantar! — guardei o óleo de massagem e fui lavar as mãos no banheiro. — Não confia em mim? Eu te contei um pouco do que vivi, fui sincera com você. Não mereço nenhuma resposta? — respirei fundo, fiquei olhando pra ela... “É... talvez, sim!“ — pensei, antes de me aproximar, pensar e dizer, cautelosamente: — É o responsável por sequestrar a minha namorada há nove anos! — fiquei quase sem ar ao falar, apertando o batente da porta, me lembrando do que vivi — Eu tinha dezoito anos, igual ela... — Mas... ele a levou a força? Você não conseguiu salvá-la? Por isso, se culpa? — passei a mão nas sobrancelhas, engoli um nó da garganta, isso é tão difícil lembrar, falar... — No começo sim! Eu não sabia que era ele, não sabia onde ela estava, procurei por um mês e nada... até o dia que recebi um vídeo dos dois juntos, ela havia se apaixonado por ele, era tarde pra mim... a
CAPÍTULO 174 Peter Marino Hoje resolvi ir em uma consulta com a terapeuta, para expor minha evolução e alguns conselhos. — Bom dia! Como está, Peter? Sente-se, fique à vontade. Em que posso ajudar, hoje? — cumprimentei a doutora Márcia, quando entrei no consultório. — Acredito que melhor, hoje me vejo muito melhor! — me sentei, me aconchegando na cadeira. — Que bom! Me relate o que melhorou e o que ainda tem dúvida se houver. — Bom... a cada dia aprendo algo novo, ou supero algo, e até me atrevo a dizer que esqueço um pouco, sabe? Embora ainda tenha os mesmos pesadelos. — me ajeitei na cadeira, vindo com o corpo um pouco mais perto. — Você tem exercitado para esquecer aquilo que não é necessário, aquilo que te machucava? — ajeitou os óculos. Ela parece sempre saber do que estou falando. — Exatamente. O que me incomoda são os pesadelos que ainda aparecem. Eu e Katy observamos, isso... — pensei melhor — Na verdade, quem é a merecedora
CAPÍTULO 175 Katy Caruso Peter me olhava tão diferente, havia algo naquele olhar que eu não conseguia decifrar. Do nada soltou o meu corpo, pegou o celular no bolso e fez uma ligação: — Nicolau, quero que contrate uma equipe de assessoria para o nosso projeto, cuide disso pessoalmente. — falou mais algumas coisas, e fiquei observando. — Não gosta que eu trabalhe? — perguntei, e distraído, guardou o celular no bolso e me olhou. — Adoro. Te acho linda, cuidando disso, só não te quero cansada, e também vou te roubar hoje. — sorriu de leve, me deixando intrigada, Peter não é disso. — Como assim? — Deixa comigo. Sei que se sente segura aqui, mas tantos seguranças e funcionários cansa... — “fiquei tentando entender do que ele dizia” — Só mais uma ligação... — assenti, observando. . — Alex, primo! Tudo bem? — se manteve na linha, ouvindo — Amanhã coloque um soldado no meu lugar, não estarei disponível! — gargalhou, e também sorri vendo a sua evolução, antes nem sorria, agora gargalh
CAPÍTULO 176 Débora Andrade Luigi não me engana, está com o rabo preso com essa vagaba, ou vai aprontar alguma. Terminei o meu jantar que estava ótimo, até porque não tenho nada a ver com isso... então falei: — Será que posso descansar? Amanhã preciso acordar cedo... — Sim, vamos para o quarto! — ergui a sobrancelha e sorri. Ele esticou o braço, aceitei a sua ajuda para chegar lá, novamente. — Essa casa tem muitos quartos, acredito que vá dormir em outro! — ele sorriu com cara de cafajeste. — Não, se posso escolher... quero este! — Fui me virar para procurar outro, mas o safado me empurrou, me jogando na cama. Fiquei de cotovelos tentando reagir, saber como reagir. — Não ouse, Luigi! — veio sobre mim. — Precisa concordar... é tortura demais te ter na minha casa, na minha cama, e sem calcinha! — franzi a sobrancelha. — Se sabia que eu estava sem, porque não me arrumou uma? — colocou uma perna de um lado e outra do outro, dobrando os j
CAPÍTULO 177 Luigi / El Chapo É claro que eu não ficaria bêbado com algumas doses, ainda poderia beber a noite toda, sem problemas, como é fácil enrolar a Débora... As gatas me chamam naquele quarto todas as noites, dificilmente deixo a porta fechada, mas hoje fechei... eu sabia que ela abriria para as gatinhas. O plano era esperar, fiquei irritado de pensar que ela olha pra mim e lembra dele... esse homem só existe para me irritar, me lembrar que é melhor que eu, e isso é horrível. Quando Gleice apareceu eu sabia que a brincadeira ficaria mais divertida, principalmente quando vi a Débora escondida atrás da porta, pelo reflexo do espelho do bar. É claro que me aproveitei, não sou de ferro! Débora não recusou o meu beijo agora. Ela sabe que me provocou e não foi pouco. Me deu um tesão do caralho ficar aqui com ela, não consegui evitar e passei a minha mão sobre o seio dela. Desci e subi a mão, sentindo seu seio enquanto a beijava, e ela parec
CAPÍTULO 178 Débora Andrade Me assustei ao acordar e sentir o meu corpo esmagado por braços pesados, cheguei a tentar me levantar, então virei a cabeça com cuidado ao ouvir uma risada descarada... claro ele havia dormido aqui! — Bom dia, Débora! — meu coração já batia forte logo cedo, “meu Deus... onde vim parar?“ — Estou esmagada! — ele tirou os braços, mas me virou, me deixando de frente pra ele, parecia esperar por algo, não me disse nada. — O que foi? — perguntei olhando pra ele. — Estou esperando o bom dia! Odeio ser ignorado. — arregalei os olhos. — Ah, me desculpe! É que você me esmagou, acabei não percebendo... bom dia, Luigi! — ele sorriu e encostou seus lábios nos meus por alguns segundos. — Melhorou o tornozelo? — mexi para verificar. — Acredito que sim, vou saber melhor quando pisar no chão. Aliás, preciso ir pra casa, estou sem roupa para trabalhar. — fui tentar me levantar, mas ele segurou meu corpo. — Não tenha pressa, já
CAPÍTULO 179 Débora Andrade Meu coração batia feito louco, estava dividida, tentando saber se ele estava sendo sincero, mas também pensando que poderia estar me enganando pra depois me apunhalar. — Compromisso? Uma voz familiar e um barulho esquisito me chamaram a atenção à minha esquerda, e quando me virei, a Gleice estava com a mão no peito, curvada para frente, segurando numa cadeira, parecendo engasgada, Silvestre se apressou a ir até a ela e começou a dar batidas fortes nas suas costas. — Não se preocupem, eu resolvo senhor! Ela engasgou com um chiclete! — Silvestre disse, e coloquei a mão na boca quando começei a rir, tentando me conter. Silvestre claramente não gostava dela, pois era só bater com calma e no lugar certo, e ele simplesmente meteu o tapa na folgada que estava com o rosto sujo de terra, até que de repente ele a puxou do local, levando sei lá pra onde. — Bom, acho que me deve uma resposta! — Luigi veio mais perto, uma d