CAPÍTULO 174 Peter Marino Hoje resolvi ir em uma consulta com a terapeuta, para expor minha evolução e alguns conselhos. — Bom dia! Como está, Peter? Sente-se, fique à vontade. Em que posso ajudar, hoje? — cumprimentei a doutora Márcia, quando entrei no consultório. — Acredito que melhor, hoje me vejo muito melhor! — me sentei, me aconchegando na cadeira. — Que bom! Me relate o que melhorou e o que ainda tem dúvida se houver. — Bom... a cada dia aprendo algo novo, ou supero algo, e até me atrevo a dizer que esqueço um pouco, sabe? Embora ainda tenha os mesmos pesadelos. — me ajeitei na cadeira, vindo com o corpo um pouco mais perto. — Você tem exercitado para esquecer aquilo que não é necessário, aquilo que te machucava? — ajeitou os óculos. Ela parece sempre saber do que estou falando. — Exatamente. O que me incomoda são os pesadelos que ainda aparecem. Eu e Katy observamos, isso... — pensei melhor — Na verdade, quem é a merecedora
CAPÍTULO 175 Katy Caruso Peter me olhava tão diferente, havia algo naquele olhar que eu não conseguia decifrar. Do nada soltou o meu corpo, pegou o celular no bolso e fez uma ligação: — Nicolau, quero que contrate uma equipe de assessoria para o nosso projeto, cuide disso pessoalmente. — falou mais algumas coisas, e fiquei observando. — Não gosta que eu trabalhe? — perguntei, e distraído, guardou o celular no bolso e me olhou. — Adoro. Te acho linda, cuidando disso, só não te quero cansada, e também vou te roubar hoje. — sorriu de leve, me deixando intrigada, Peter não é disso. — Como assim? — Deixa comigo. Sei que se sente segura aqui, mas tantos seguranças e funcionários cansa... — “fiquei tentando entender do que ele dizia” — Só mais uma ligação... — assenti, observando. . — Alex, primo! Tudo bem? — se manteve na linha, ouvindo — Amanhã coloque um soldado no meu lugar, não estarei disponível! — gargalhou, e também sorri vendo a sua evolução, antes nem sorria, agora gargalh
CAPÍTULO 176 Débora Andrade Luigi não me engana, está com o rabo preso com essa vagaba, ou vai aprontar alguma. Terminei o meu jantar que estava ótimo, até porque não tenho nada a ver com isso... então falei: — Será que posso descansar? Amanhã preciso acordar cedo... — Sim, vamos para o quarto! — ergui a sobrancelha e sorri. Ele esticou o braço, aceitei a sua ajuda para chegar lá, novamente. — Essa casa tem muitos quartos, acredito que vá dormir em outro! — ele sorriu com cara de cafajeste. — Não, se posso escolher... quero este! — Fui me virar para procurar outro, mas o safado me empurrou, me jogando na cama. Fiquei de cotovelos tentando reagir, saber como reagir. — Não ouse, Luigi! — veio sobre mim. — Precisa concordar... é tortura demais te ter na minha casa, na minha cama, e sem calcinha! — franzi a sobrancelha. — Se sabia que eu estava sem, porque não me arrumou uma? — colocou uma perna de um lado e outra do outro, dobrando os j
CAPÍTULO 177 Luigi / El Chapo É claro que eu não ficaria bêbado com algumas doses, ainda poderia beber a noite toda, sem problemas, como é fácil enrolar a Débora... As gatas me chamam naquele quarto todas as noites, dificilmente deixo a porta fechada, mas hoje fechei... eu sabia que ela abriria para as gatinhas. O plano era esperar, fiquei irritado de pensar que ela olha pra mim e lembra dele... esse homem só existe para me irritar, me lembrar que é melhor que eu, e isso é horrível. Quando Gleice apareceu eu sabia que a brincadeira ficaria mais divertida, principalmente quando vi a Débora escondida atrás da porta, pelo reflexo do espelho do bar. É claro que me aproveitei, não sou de ferro! Débora não recusou o meu beijo agora. Ela sabe que me provocou e não foi pouco. Me deu um tesão do caralho ficar aqui com ela, não consegui evitar e passei a minha mão sobre o seio dela. Desci e subi a mão, sentindo seu seio enquanto a beijava, e ela parec
CAPÍTULO 178 Débora Andrade Me assustei ao acordar e sentir o meu corpo esmagado por braços pesados, cheguei a tentar me levantar, então virei a cabeça com cuidado ao ouvir uma risada descarada... claro ele havia dormido aqui! — Bom dia, Débora! — meu coração já batia forte logo cedo, “meu Deus... onde vim parar?“ — Estou esmagada! — ele tirou os braços, mas me virou, me deixando de frente pra ele, parecia esperar por algo, não me disse nada. — O que foi? — perguntei olhando pra ele. — Estou esperando o bom dia! Odeio ser ignorado. — arregalei os olhos. — Ah, me desculpe! É que você me esmagou, acabei não percebendo... bom dia, Luigi! — ele sorriu e encostou seus lábios nos meus por alguns segundos. — Melhorou o tornozelo? — mexi para verificar. — Acredito que sim, vou saber melhor quando pisar no chão. Aliás, preciso ir pra casa, estou sem roupa para trabalhar. — fui tentar me levantar, mas ele segurou meu corpo. — Não tenha pressa, já
CAPÍTULO 179 Débora Andrade Meu coração batia feito louco, estava dividida, tentando saber se ele estava sendo sincero, mas também pensando que poderia estar me enganando pra depois me apunhalar. — Compromisso? Uma voz familiar e um barulho esquisito me chamaram a atenção à minha esquerda, e quando me virei, a Gleice estava com a mão no peito, curvada para frente, segurando numa cadeira, parecendo engasgada, Silvestre se apressou a ir até a ela e começou a dar batidas fortes nas suas costas. — Não se preocupem, eu resolvo senhor! Ela engasgou com um chiclete! — Silvestre disse, e coloquei a mão na boca quando começei a rir, tentando me conter. Silvestre claramente não gostava dela, pois era só bater com calma e no lugar certo, e ele simplesmente meteu o tapa na folgada que estava com o rosto sujo de terra, até que de repente ele a puxou do local, levando sei lá pra onde. — Bom, acho que me deve uma resposta! — Luigi veio mais perto, uma d
CAPÍTULO 180 Peter Caruso É tão linda a Katy... Os seguranças não ousaram impedi-la depois de verem o cano da minha arma, deixei que ficasse o quanto quisesse. — Nossa, estou tão molhada... vou molhar o carro! — ela comentou ao irmos embora. — Não tem problema! — abri a porta para que ela entrasse, então ela segurou na porta e na parte de cima, abaixou a cabeça e não entrou. — Está tudo bem? — A minha cabeça ficou pesada de repente. Poderia jurar que vou desmaiar se não sentar... — segurei a sua cintura e a sentei no carro, segurei na sua mão e estava gelada. — A água está fria demais. Vou te levar para tomar um banho! — fechei a porta e fui rapidamente até o hotel que reservei. Ela pareceu melhor, mas a apoiei em mim e a levei até o quarto. — Você vai direto para o chuveiro! Tirei as roupas dela, então a coloquei debaixo do chuveiro e depois tirei as minhas. Logo comecei a ajudá-la a se esquentar, a abracei debaixo do chuv
CAPÍTULO 181 Peter Marino Quando vi a segunda marca vermelha naquele teste, a abracei forte. Era um novo medo que estava aflorando, mas também uma nova oportunidade de mudança de vida. — Eu prometo cuidar de vocês! — falei pra ela, assim que me olhou. — Que bom, porque vamos precisar! — sorriu e então precisamos de mais um tempo, até que abrimos a porta e entregamos o teste para o doutor. — É... vejo que estava certo! Parabéns senhor Marino! Só que a sua esposa precisa passar por um acompanhamento, agende uma consulta e faça exames de sangue. Vou prescrever tudo aqui, e peço para que se alimente adequadamente... — o médico foi falando, mas eu só conseguia olhar pra ela, imaginar a sua barriga crescendo, um bebê se mexendo lá dentro, alguém tão pequeno que me chamaria de “pai”. Quando o médico foi embora, ela só sabia sorrir, mas logo pedi para que trouxessem o jantar no quarto, deixaria a pizza para amanhã, já que ela precisava se recuperar mel