CAPÍTULO 169 Salvatore Strondda — Eu não tinha ideia, de como as férias me fariam tão bem! — falei para a Maria que se escondia de baixo do guarda-sol. — Estou estranhando, sempre disse que deixou tudo de lado para assumir o lugar do seu pai. As vezes tenho medo de estrar estragando a sua vida... — falou meio baixo, olhando para o mar. — Eu queria aquilo, porque não tinha alguém como você. Eu não tinha ninguém, na verdade... agora tenho familiares, e você. — Se quiser trabalhar... — Querida, escuta uma coisa que vou te dizer: depois desses dias que passamos juntos, eu entendi algo muito importante... eu não nasci para assumir a máfia Strondda, essa foi a missão de Pablo e sua descendência, Antony mesmo é ótimo no que faz. — Ouvi dizer que atira como ninguém... — sorri. — Sim, realmente. Só que com o dinheiro que o meu pai me deixou, eu não preciso mais trabalhar, então se não vou assumir como Don, vou viver a minha vida. Farei como o Pablo, ir
CAPÍTULO 170 Luigi /El Chapo Coisas que pensei ter esquecido, voltaram a me atormentar... não sei o que fiz de tão errado nessa vida para ser tão castigado, mas não vou permitir que Leonardo me tire mais nada, não mesmo! Passei a semana inteira pensando, decidindo se insistiria na minha escolha de ficar com a Débora, depois do que descobri. É engraçado como sei de tudo, e dessa vez deixei isso passar. O fato dela ter sido dele, me atormenta de certa forma. Claro, eu poderia rir da cara dele, mas não posso dizer que Débora é o meu troféu de vingança, já que gostei dela antes de saber do seu passado com aquele canalha. Quanto mais longe ele estiver de nós, melhor! Eu poderia roubar, levar essa mulher para a minha casa e obrigá-la a ser minha..., mas agora mais do que nunca, eu quero que ela me queira, me procure, nem que seja apenas por uma vez. Por isso saí apressado da casa dela, não posso me exceder dessa maneira, vou pensar em algo. Dirigi r
CAPÍTULO 171 Débora Andrade Nunca quis tanto ver o Luigi na vida... se ele não chegasse, aqueles homens teriam me levado, e a última coisa que quero é voltar a ver Leonardo, não posso nem pensar nisso. O problema é que Luigi age de forma estranha, e ao invés de eu querer abraçá-lo, prefiro me afastar. — O quê foi? — Você pode me deixar na casa da Katy ou da Laura... até da Rebeca, ou... — Tem medo do quê? — Polly foi para a sua cama no banco de trás. — Não gosto do seu jeito, as vezes... me lembra... — Lembra o quê? Leonardo? — me irritei com o jeito dele. — ESCUTA AQUI... SE VAI SER BABACA, VAI SER COM OUTRA, PORQUÊ DE HOMENS QUE ME TRATAM MAL, ESTOU FARTA! — abri a caminhonete em movimento, saltei de lá porquê estava devagar, mas machuquei o pé e caí no asfalto. — DÉBORA! VOCÊ É LOUCA! — vi que parou a caminhonete e veio me encostar, mas me arrastei no chão, me esquivando. — VAI EMBORA DAQUI, ME DEIXE EM PAZ! EU QUERO FI
CAPÍTULO 172 Débora Andrade — Gleice? De brincadeiras com a minha convidada? — perguntou para a oferecida, mas olhou para os meus seios descaradamente, que agora apareciam. A tal da Gleice parecia que estava engasgando, toda vermelha. Tive vontade de dizer: “morra de inveja, linguaruda!“ — mas fiquei na minha, aquela ali deve estar se roendo de raiva. — Eu trouxe uma roupa pra ela, senhor. — me encarou. — Já pode ir, agora! Eu ajudo a senhorita a terminar — parou de falar, mas agora olhou pra ela de um jeito que não gostei, e a filhote de cruz-credo saiu bufando, olhando pra trás. — Ouviu o que ela me disse? — fiquei em pé, mostrando quase todo o meu corpo, sentando na beira da banheira. — Sim. — E, porque não falou nada? — Ela tem alguns problemas psicológicos, não dá pra ligar muito, veio trabalhar aqui a pedido da Elinete... — gargalhei. — Só podia, a cara de uma, focinho da outra! Ela está afim de você, conhece tudo o que acontece
CAPÍTULO 173 Luigi / El Chapo — Eu não quero falar sobre isso, acho que está na hora de jantar! — guardei o óleo de massagem e fui lavar as mãos no banheiro. — Não confia em mim? Eu te contei um pouco do que vivi, fui sincera com você. Não mereço nenhuma resposta? — respirei fundo, fiquei olhando pra ela... “É... talvez, sim!“ — pensei, antes de me aproximar, pensar e dizer, cautelosamente: — É o responsável por sequestrar a minha namorada há nove anos! — fiquei quase sem ar ao falar, apertando o batente da porta, me lembrando do que vivi — Eu tinha dezoito anos, igual ela... — Mas... ele a levou a força? Você não conseguiu salvá-la? Por isso, se culpa? — passei a mão nas sobrancelhas, engoli um nó da garganta, isso é tão difícil lembrar, falar... — No começo sim! Eu não sabia que era ele, não sabia onde ela estava, procurei por um mês e nada... até o dia que recebi um vídeo dos dois juntos, ela havia se apaixonado por ele, era tarde pra mim... a
CAPÍTULO 174 Peter Marino Hoje resolvi ir em uma consulta com a terapeuta, para expor minha evolução e alguns conselhos. — Bom dia! Como está, Peter? Sente-se, fique à vontade. Em que posso ajudar, hoje? — cumprimentei a doutora Márcia, quando entrei no consultório. — Acredito que melhor, hoje me vejo muito melhor! — me sentei, me aconchegando na cadeira. — Que bom! Me relate o que melhorou e o que ainda tem dúvida se houver. — Bom... a cada dia aprendo algo novo, ou supero algo, e até me atrevo a dizer que esqueço um pouco, sabe? Embora ainda tenha os mesmos pesadelos. — me ajeitei na cadeira, vindo com o corpo um pouco mais perto. — Você tem exercitado para esquecer aquilo que não é necessário, aquilo que te machucava? — ajeitou os óculos. Ela parece sempre saber do que estou falando. — Exatamente. O que me incomoda são os pesadelos que ainda aparecem. Eu e Katy observamos, isso... — pensei melhor — Na verdade, quem é a merecedora
CAPÍTULO 175 Katy Caruso Peter me olhava tão diferente, havia algo naquele olhar que eu não conseguia decifrar. Do nada soltou o meu corpo, pegou o celular no bolso e fez uma ligação: — Nicolau, quero que contrate uma equipe de assessoria para o nosso projeto, cuide disso pessoalmente. — falou mais algumas coisas, e fiquei observando. — Não gosta que eu trabalhe? — perguntei, e distraído, guardou o celular no bolso e me olhou. — Adoro. Te acho linda, cuidando disso, só não te quero cansada, e também vou te roubar hoje. — sorriu de leve, me deixando intrigada, Peter não é disso. — Como assim? — Deixa comigo. Sei que se sente segura aqui, mas tantos seguranças e funcionários cansa... — “fiquei tentando entender do que ele dizia” — Só mais uma ligação... — assenti, observando. . — Alex, primo! Tudo bem? — se manteve na linha, ouvindo — Amanhã coloque um soldado no meu lugar, não estarei disponível! — gargalhou, e também sorri vendo a sua evolução, antes nem sorria, agora gargalh
CAPÍTULO 176 Débora Andrade Luigi não me engana, está com o rabo preso com essa vagaba, ou vai aprontar alguma. Terminei o meu jantar que estava ótimo, até porque não tenho nada a ver com isso... então falei: — Será que posso descansar? Amanhã preciso acordar cedo... — Sim, vamos para o quarto! — ergui a sobrancelha e sorri. Ele esticou o braço, aceitei a sua ajuda para chegar lá, novamente. — Essa casa tem muitos quartos, acredito que vá dormir em outro! — ele sorriu com cara de cafajeste. — Não, se posso escolher... quero este! — Fui me virar para procurar outro, mas o safado me empurrou, me jogando na cama. Fiquei de cotovelos tentando reagir, saber como reagir. — Não ouse, Luigi! — veio sobre mim. — Precisa concordar... é tortura demais te ter na minha casa, na minha cama, e sem calcinha! — franzi a sobrancelha. — Se sabia que eu estava sem, porque não me arrumou uma? — colocou uma perna de um lado e outra do outro, dobrando os j