CAPÍTULO 197 Débora Andrade — Alex parece tranquilo, bem diferente do Luigi que ficou me olhando feio... — comentei com a Laura, quando entramos no carro. — Amiga, eles veem tudo, sabem que não fizemos nada demais. Agora vamos apenas dançar e beber, os gogoboys já foram, fica tranquila. Sem contar que o Alex sabe que depois vou querer agradá-lo... — Laura falou com o olhar diferente, nem perguntei qual era a forma. A mulherada estava animada em voltar. Logo a música foi ligada e a festa voltou ao normal, precisei de uma bebida para relaxar. Vi que a Laura entrou em uma das portas e fiquei curiosa, fui atrás para saber se haviam notícias da Elinete. Bati na porta, e como não abriu, eu mesma abri. Laura estava no celular, esperei que terminasse e parecia já saber o que eu esperava. — Alex já capturou aquela idiota! — Nossa, Luigi pegou a Gleice, mas Elinete havia sumido do mapa. Ele já tinha me dito que ela apareceria, só não pensei que seria
CAPÍTULO 198 Luigi / El Chapo Eu guardei a minha vingança para a lua de mel, Débora não perde por esperar. Depois da festa de casamento, onde me emocionei por estar casando com alguém tão especial quanto ela, era o nosso momento, meu momento de liberar a raiva que passei, vendo-a naquela cadeira, e aqueles dois gogoboys tão perto. — Pra onde vamos? — É surpresa, xuxuzinho! — olhou animada, e lhe dei um sorriso torto. Escolhi um dos hotéis mais bonitos de Roma, inclusive o mais discreto. Logo na entrada, tirei uma venda do bolso, e com um sorriso safado, exigi: — Precisa tapar os olhos! — Nossa... assim fico mais curiosa! — coloquei a venda nela e amarrei bem, antes de levá-la até o elevador. Meus homens trouxeram as malas, e assim que deixaram no quarto, tranquei a porta. — Já posso tirar? — colocou as mãos, mas segurei. — Nem pensar! Hoje você vai me deixar tirar o vestido e vai deitar na cama. — O que está apr
CAPÍTULO 199 Narrativa da autora O tempo passou para nossos personagens, e podemos dizer que hoje, é um dia muito importante para Peter Marino... a inauguração da: Fundação Helen Marino - Projeto de apoio à mulher. Peter passou por muitos processos, a maioria deles, dolorosos, mas conseguiu superar. Ele teve o apoio incondicional da Katy, que se entregou de corpo e alma nesse relacionamento, e apostou todas as cartas nele. A terapia com a doutora Márcia, também lhe trouxe muitas vitórias, o ajudaram a ver as coisas como deveriam ser vistas, e principalmente, superar traumas e dores que ele guardava, apelidando de “demônios”, que na verdade, eram apenas feridas, que precisavam cicatrizar. . — Katy, a sua barriga cresceu, está tão linda! — Peter abraçou a esposa com carinho, momentos antes de abrirem as portas da Fundação. — Está sim... já está preparado para saber o sexo? Também é hoje, estou ansiosa para saber. — Não sei se estou mais
CAPÍTULO 200 Epílogo Eu como autora dessa obra, fico muito feliz com o rumo que cada romance tomou. É sempre difícil pra mim, encerrar um livro, porque vivo as alegrias, sofro as derrotas e amo as descobertas. Porém, assim como começou, precisava ter um final, e estou aqui hoje para lhes contar como ficaram os nossos personagens, depois de tudo o que relatei. Pessoas sofreram, mas conseguiram evoluir, mas tivemos pessoas que erraram, e sem mudanças, morreram no erro. Laura e Alex, encontraram o caminho da sua felicidade, cada um do seu jeito, conseguiram encontrar no outro, uma forma linda de ser feliz. Sei que deixei o livro longo, mas não consegui não contar as histórias secundárias. Katy foi uma personagem que surgiu na história e que achei bastante interessante. É uma leitora minha, do meu grupo de leitura que amou o Alex incondicionalmente desde que a história começou. Enquanto todas o crucificaram por ser tão lerdo, ela era louca por ele. Coloquei ela na história
ATENÇÃO! EU TROUXE CAPÍTULOS BÔNUS DESSA HISTÓRIA PRA VOCÊS. UM ESPECIAL DE NATAL DOS NOSSOS PROTAGONISTAS.LAURA STRONDDA CARUSO Tudo o que eu conseguia pensar era: “Ele desmaiou... no meio de um tiroteio!”— Alex! Alex, acorda! — murmurei entre os dentes, agarrando sua camisa enquanto o arrastava para trás de uma pilha de caixas de madeira. Ele era pesado, mas não havia tempo para pensar nisso.Toquei seu rosto com força, batendo de leve na esperança de trazê-lo de volta.— Vamos, Alex, pelo amor de Deus, não é hora pra drama! Qual o seu problema maledetto? Eu só disse que estava grávida, ninguém morreu, caramba!Ele piscou devagar, o olhar meio perdido antes de focar em mim.— O que… aconteceu? — perguntou, tentando se sentar.— Você apagou depois da minha grande revelação. E agora, como se não bastasse, temos companhia. — Fiz um gesto em direção ao corredor, de onde vinham passos apressados e vozes falando em russo. — Se não levantar em dois segundos vou colocar o babador
LAURA STRONDDA CARUSO Perdi as contas de tantas vezes que precisei explicar para o Alex que não estou doente desde ontem, “estou grávida”. Veio da Rússia até a Itália tentando me convencer, só fiz cara de paisagem pra ele. Hoje ele parece mais obstinado a me impedir de sair, já que chegamos em casa e recebemos o aviso que cuidaríamos de alguns babacas aqui de Roma.— Laura, você pretende me matar? Ou terei que te prender nesse quarto até nosso filho nascer? — Alex questionou, já segurando as algemas que pretendia usar em mim para que eu não saísse nessa noite fria e perigosa aos olhos dele. — Bom, matar é sempre mais interessante, mas não é você quem será morto hoje! — zombei, e habilidosamente o provoquei com um beijo curto.Aproximei-me de Alex, sentindo o calor do corpo dele contrastar com o ar frio que vinha da janela. Olhei nos olhos dele, aquele tom de gelo que parecia derreter só para mim, e passei as mãos pelo seu peito, como se estivesse tentando acalmá-lo.— Não sej
LAURA STRONDDA CARUSO Ele sorriu de lado, mas não diminuiu a tensão. Me movi rapidamente. Meu joelho encontrou sua perna, o suficiente para desestabilizá-lo por um segundo. Me virei e agarrei seu pulso, tentando arrancar a arma.— Você é rápida, Laura, mas agora eu te conheço. — Ele rosnou, segurando minha mão, firme.Com um movimento ágil, o empurrei para trás, tirando uma das facas do meu cinto e a lancei direto contra a parede, perto de sua cabeça. Alex se esquivou, os olhos brilhando com algo entre frustração e admiração.— Você quer brincar, amore mio? Vamos brincar. — Ele largou a arma no chão e avançou.Me movi para o lado, pegando outra faca da minha bota e apontei para ele, a lâmina brilhando sob a luz suave da sala.— Não me subestime, Alex — murmurei, com um sorriso que sabia que o provocaria ainda mais.Ele não respondeu. Apenas avançou novamente, desta vez com força, me derrubando no chão, mas segurando meu corpo antes que batesse no piso gelado. A faca escapou
LAURA STRONDDA CARUSO2 MESES DEPOISEstava sentada na varanda da nossa casa, envolvida pelo aroma de jasmins que Alex havia plantado no jardim, observando o céu tingido por tons de laranja e púrpura. A brisa da tarde acariciava meu rosto, enquanto meus dedos deslizavam distraídos sobre a superfície arredondada da minha barriga.“Como será que você é, meu amor?” Dois meses haviam se passado desde o primeiro incidente das algemas, e, apesar de sua fúria inicial, Alex parecia estar mais... receptivo ao meu jeito peculiar de lidar com as coisas, embora eu ainda o algeme as vezes.Olhei para ele, ajoelhado diante de mim, os olhos suavizados enquanto conversava com nosso filho – ou filha. Ele insistia que seria um menino, enquanto eu achava graça, preferindo me manter inerte.— Piccolo, você sabe que a mamãe é teimosa, né? — ele disse, com a voz suave, os dedos acariciando minha barriga como se já tivesse um vínculo profundo com aquele pequeno bebê. — Mas eu sou mais teimoso. Vou pro