CAPÍTULO 200 Epílogo Eu como autora dessa obra, fico muito feliz com o rumo que cada romance tomou. É sempre difícil pra mim, encerrar um livro, porque vivo as alegrias, sofro as derrotas e amo as descobertas. Porém, assim como começou, precisava ter um final, e estou aqui hoje para lhes contar como ficaram os nossos personagens, depois de tudo o que relatei. Pessoas sofreram, mas conseguiram evoluir, mas tivemos pessoas que erraram, e sem mudanças, morreram no erro. Laura e Alex, encontraram o caminho da sua felicidade, cada um do seu jeito, conseguiram encontrar no outro, uma forma linda de ser feliz. Sei que deixei o livro longo, mas não consegui não contar as histórias secundárias. Katy foi uma personagem que surgiu na história e que achei bastante interessante. É uma leitora minha, do meu grupo de leitura que amou o Alex incondicionalmente desde que a história começou. Enquanto todas o crucificaram por ser tão lerdo, ela era louca por ele. Coloquei ela na história
ATENÇÃO! EU TROUXE CAPÍTULOS BÔNUS DESSA HISTÓRIA PRA VOCÊS. UM ESPECIAL DE NATAL DOS NOSSOS PROTAGONISTAS.LAURA STRONDDA CARUSO Tudo o que eu conseguia pensar era: “Ele desmaiou... no meio de um tiroteio!”— Alex! Alex, acorda! — murmurei entre os dentes, agarrando sua camisa enquanto o arrastava para trás de uma pilha de caixas de madeira. Ele era pesado, mas não havia tempo para pensar nisso.Toquei seu rosto com força, batendo de leve na esperança de trazê-lo de volta.— Vamos, Alex, pelo amor de Deus, não é hora pra drama! Qual o seu problema maledetto? Eu só disse que estava grávida, ninguém morreu, caramba!Ele piscou devagar, o olhar meio perdido antes de focar em mim.— O que… aconteceu? — perguntou, tentando se sentar.— Você apagou depois da minha grande revelação. E agora, como se não bastasse, temos companhia. — Fiz um gesto em direção ao corredor, de onde vinham passos apressados e vozes falando em russo. — Se não levantar em dois segundos vou colocar o babador
LAURA STRONDDA CARUSO Perdi as contas de tantas vezes que precisei explicar para o Alex que não estou doente desde ontem, “estou grávida”. Veio da Rússia até a Itália tentando me convencer, só fiz cara de paisagem pra ele. Hoje ele parece mais obstinado a me impedir de sair, já que chegamos em casa e recebemos o aviso que cuidaríamos de alguns babacas aqui de Roma.— Laura, você pretende me matar? Ou terei que te prender nesse quarto até nosso filho nascer? — Alex questionou, já segurando as algemas que pretendia usar em mim para que eu não saísse nessa noite fria e perigosa aos olhos dele. — Bom, matar é sempre mais interessante, mas não é você quem será morto hoje! — zombei, e habilidosamente o provoquei com um beijo curto.Aproximei-me de Alex, sentindo o calor do corpo dele contrastar com o ar frio que vinha da janela. Olhei nos olhos dele, aquele tom de gelo que parecia derreter só para mim, e passei as mãos pelo seu peito, como se estivesse tentando acalmá-lo.— Não sej
LAURA STRONDDA CARUSO Ele sorriu de lado, mas não diminuiu a tensão. Me movi rapidamente. Meu joelho encontrou sua perna, o suficiente para desestabilizá-lo por um segundo. Me virei e agarrei seu pulso, tentando arrancar a arma.— Você é rápida, Laura, mas agora eu te conheço. — Ele rosnou, segurando minha mão, firme.Com um movimento ágil, o empurrei para trás, tirando uma das facas do meu cinto e a lancei direto contra a parede, perto de sua cabeça. Alex se esquivou, os olhos brilhando com algo entre frustração e admiração.— Você quer brincar, amore mio? Vamos brincar. — Ele largou a arma no chão e avançou.Me movi para o lado, pegando outra faca da minha bota e apontei para ele, a lâmina brilhando sob a luz suave da sala.— Não me subestime, Alex — murmurei, com um sorriso que sabia que o provocaria ainda mais.Ele não respondeu. Apenas avançou novamente, desta vez com força, me derrubando no chão, mas segurando meu corpo antes que batesse no piso gelado. A faca escapou
LAURA STRONDDA CARUSO2 MESES DEPOISEstava sentada na varanda da nossa casa, envolvida pelo aroma de jasmins que Alex havia plantado no jardim, observando o céu tingido por tons de laranja e púrpura. A brisa da tarde acariciava meu rosto, enquanto meus dedos deslizavam distraídos sobre a superfície arredondada da minha barriga.“Como será que você é, meu amor?” Dois meses haviam se passado desde o primeiro incidente das algemas, e, apesar de sua fúria inicial, Alex parecia estar mais... receptivo ao meu jeito peculiar de lidar com as coisas, embora eu ainda o algeme as vezes.Olhei para ele, ajoelhado diante de mim, os olhos suavizados enquanto conversava com nosso filho – ou filha. Ele insistia que seria um menino, enquanto eu achava graça, preferindo me manter inerte.— Piccolo, você sabe que a mamãe é teimosa, né? — ele disse, com a voz suave, os dedos acariciando minha barriga como se já tivesse um vínculo profundo com aquele pequeno bebê. — Mas eu sou mais teimoso. Vou pro
ALEXANDER CARUSO Laura nunca aceitou ficar de fora de uma luta. Mesmo agora, grávida, com o peso de carregar nosso filho – ou filha, ela continuava insistindo em se arriscar. Como se isso não me enlouquecesse o suficiente, sua teimosia a tornava impossível de conter. Não havia outra escolha senão estar ao lado dela, garantindo que, no mínimo, ela e o bebê saíssem vivos.Eu a observei pelo canto do olho enquanto dirigia rumo ao reduto fortificado da máfia Strondda. Ela estava focada, ajustando o coldre e verificando a arma como fazia em nossas missões passadas. Não importava que estivesse grávida; Laura tinha a mesma intensidade e confiança de sempre.Estacionei o Mustang em frente ao reduto fortificado. Antes que eu pudesse desligar o motor, Don Antony apareceu no topo da escadaria, a expressão grave.— Precisamos agir rápido, Alex. — Ele anunciou, sem rodeios. — A boate foi invadida. É o coração das operações de El Chapo, e ele está preso lá dentro com a equipe. Tem ido pouco co
LAURA STRONDDA CARUSOEu ainda sentia o calor do abraço do Alex enquanto caminhávamos em direção ao carro. A imagem do ultrassom estava gravada na minha mente, a pequena silhueta da nossa filha me fazia sorrir e me arrepiar ao mesmo tempo.Uma menina.Minha menina.Por tantos anos, eu havia construído minha vida em torno da força, da resistência, da ideia de que fraqueza não era uma opção. Mas, ao ver aquele pequeno coração batendo na tela, percebi o quanto a fragilidade também podia ser poderosa. Era um tipo diferente de força, algo que eu não sabia que podia existir.— Você está com um sorriso diferente, sabia? — Alex comentou, me olhando de canto enquanto ajustava as chaves no bolso.— É porque nunca imaginei que algo tão pequeno pudesse me fazer sentir tão grande — respondi, sincera.Ele apenas sorriu, o tipo de sorriso que me fazia esquecer do mundo por um segundo.Mas o mundo sempre se encarregava de me puxar de volta.Enquanto nos aproximávamos do Mustang, algo chamou m
LAURA STRONDDA CARUSOQuatro meses se passaram desde aquele dia no estacionamento, e muita coisa mudou dentro de mim. Não foi apenas a sensação da pequena mexendo pela primeira vez... Não. Foi a consciência de que eu carregava algo mais precioso do que qualquer coisa que já tive, algo que dependia de mim de uma forma que ninguém jamais dependeria. Minha filha.Eu sempre fui destemida, resistente, pronta para o que fosse necessário, mas agora, cada escolha parecia ter um peso maior. Até mesmo as missões que antes eram automáticas para mim começaram a exigir mais reflexão. Não por medo de falhar, mas porque agora, a falha significava algo mais.Foi assim que comecei a mudar.A primeira coisa que fiz foi comprar um colete à prova de balas. Alex riu quando viu a entrega chegar em casa.— Finalmente decidiu escutar a voz da razão? — ele provocou, enquanto segurava a caixa.Eu bufei, mas não consegui evitar um leve sorriso.— Não é por mim, Alex. É por ela.Ele sabia o que eu queria