Ponto Fraco

Carlos riu, mas havia algo triste naquela risada. Ele passou uma mão pelos cabelos escuros, parecendo frustrado, mas não enfraquecido.

– Você está certa. Eu sou controlador. Posso ser egoísta e até um pouco bruto às vezes. Mas o que sinto por você... isso é tão fora do meu controle quanto o próximo amanhecer. – Ele deu um passo para trás, como se me dando espaço fosse a única forma de me provar algo. – Só quero que saiba que, com ou sem aliança, você já é parte de mim.

As palavras dele ficaram no ar, pairando como um peso que eu não sabia se conseguia carregar. Olhei para a aliança no meu dedo, que agora parecia queimar como uma chama viva. Parte de mim queria arrancá-la, jogar na cara dele e sair dali. Mas outra parte, a parte que eu insistia em negar, queria ficar. Queria descobrir se aquele homem, que era uma tempestade ambulante, podia mesmo ser o lar que eu sempre procurei.

– Você diz isso agora, mas sabe que somos uma bomba-relógio. – Minha voz saiu mais suave, quase um sussurro
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