DIAS ANTES DO CHURRACO:LCMinha ruiva tá me dando uma dura daquelas depois do esculacho que ela deu na piranha. Rebeca acha que eu saí em defesa da putä. Mas isso jamais, só não quero minha mulher se rebaixando, até porque ela não precisa, ela tá no topo, é a mulher da minha vida.E as piranhas eu quero que se fodäm.Mas a ruiva, simplesmente fala pouco comigo, o gelo tá quase um iceberg. Eu tô tentando de tudo e nunca vi ela desse jeito. Na real isso nunca aconteceu entre nós desde que a gente foi morar junto.A Rebeca era muito nova quando começamos a ficar e ela tinha atitudes de menina, por muito tempo foi assim. Mas a postura dela mudou, principalmente depois que a gente veio morar na VK. Ela se tornou uma mulher uma fodä pra carälho, aquela companheira que está em todos os momentos ao meu lado e se tiver que resolver caô, ela resolve, não tempo ruim.Já fiz muita putariä, é verdade, principalmente quando eu morava na Penha e não a levava sério, tive alguns deslizes mesmo
FernandaAcordo pela manhã e o Felipe não está na cama. Meu corpo está dolorido por conta da transa selvagem da noite anterior que tivemos no balcão do barzinho.Olho para a sacada e lá está ele. Sempre que dorme em casa, acordar e ir para a sacada é um hábito que ele faz como se fosse um ritual da manhã.Levanto, vou até o banheiro, escovo os dentes e depois também vou até a sacada. Chego e o abraço por trás. Felipe segura minhas mãos na altura de seu peito e nós ficamos assim durante um tempo, ele de costas para mim enquanto eu fico abraçando-o pelas costas e ele segurando minhas mãos. Depois ele me puxa e eu fico de frente para ele.— Te amo, morena!— Também te amo, Felipe!Depois dessa troca de declarações, nos encaramos, trocando um sorriso bobo, e logo começamos a falar sobre coisas cotidianas que incluía entre outras coisas, a associação.— Fernanda, vou mandar entregar um valor pra associação, pra vocês começarem o tal projeto.— Ai amor, obrigada! Tô muito empolgada.
FernandaMinha mão treme ao mostrar os três testes com duas listras vermelhas em cada um deles confirmando a gravidez. Afinal, três testes de marcas diferentes, não poderiam estão tão errados.Olho para o Felipe que me olha de volta. Éramos o oposto naquele instante. Ele duro igual estátua, e eu tremia feito uma vara verde.Eu deveria estar feliz e acho que estava, mas não conseguia demonstrar nenhuma reação. Além de nervosismo, eu sentia medo, já que a gravidez do Gabriel foi terrivelmente conturbada e a segunda nem sequer tive tempo de comemorar, meu bebê foi arrancado de mim.— Felipe, pelo amor de Deus, diz alguma coisa! — Foi a única coisa que consegui falar após um tempo calada.Ele então me olha e parece sair do transe em que se encontrava. Abre um sorriso lindo com os lábios e aqueles olhos puxadinhos, e pega no colo e gira dentro do quarto.— Dizer alguma coisa, morena? Eu quero gritar de felicidade, mais um filho com você era tudo o que eu mais queria! — Ele fala sorri
NOITE DE BAILE: Japah O morro tá frenético hoje, tô dando uma geral de moto em cada ponto, as biqueiras a todo vapor. As pessoas vão chegando e muitas compram droga antes mesmo do baile começar. Armamento fortalecido, faturamento lá no alto, é só sucesso. Minha última parada é em frente a quadra, onde muitos soldados fazem a segurança. Paro a moto e fico escorado nela, quase sentado. Um carro preto chega, era o Turco. Ele desce e vem em minha direção. Sujeito mais indigesto, vontade de meter uma bala nos cornos dele. — Fala Japah, tranquilidade? — Por enquanto tudo na paz! — respondo, fazendo o toque com ele, o encarando — Tem um fino aí? — Ele pergunta. Esse cara acha que vai dividir um beck comigo? Tá se enganando legal. — Pô, não tenho! Mas pede aí pra um dos soldados. — respondo, desviando o olhar do dele. Ele concorda com a cabeça, chama um dos soldados que tá mais perto e pede. Logo tá na mão dele, que acende e puxa pra mente. — E a tua mulher tá bem? —
TARDE ANTES DO BAILE:CariocaTô felizão com a gravidez da Fernanda, dessa vez vou poder acompanhar tudo.Por ligação, marquei com o hacker que o LC indicou, ele viria até a Penha justamente hoje que tem baile a noite e o morro fica uma loucura o dia todo. Mas durante a semana ele não poderia vir, pois trabalha em uma grande empresa de tecnologia e informática.Certamente ele não costuma subir em favela pra fazer esse tipo de serviço, mas pela grana que eu vou pagar, quem não viria?Quando conversamos por telefone, ele me adiantou que eu precisaria ter o aparelho em mãos pra fazer o que era preciso. Isso não seria um problema, afinal, a Fernanda não fica o tempo todo com o telefone.Assim que ele chega na contenção, sou avisado pelo rádio, Marquito já tava ciente que ele viria. Ordeno pra trazerem ele até o escritório da boca.Ele entra, nos cumprimentamos rapidamente e logo ele tira um notebook da mochila.— Sem nada de câmera aqui, não! — Já mandei a letra pra ele, afinal, e
CariocaAssim que chegamos na quadra, muitos olhos nos observavam, mas nenhuma novidade, todos sabem que ela é a minha mulher.Fernanda foi pro camarote ficar com a mulher do LC e o amigo delas. Normal, eu tenho coisas pra resolver.Esse baile pelo jeito vai ser quente, em todos os sentidos.Assim que chegamos na quadra, recebo mensagem do Japah. Mando ele vir embaixo do camarote.Meu irmão tá boladão com o Turco e olha que o Japah sempre foi mais o tranquilo entre nós dois. Mas ele é muito observador, se ele acha que tem algo errado é porque tem. Não preciso nem ir atrás, basta ficar atento.Turco é meu fornecedor de armas há alguns anos, mas negócio é negócio, vida pessoal é vida pessoal e as coisas precisam ficar separadas. Ninguém chega na minha comunidade fazendo bagunça, não, aqui tem organização. Só que eu vou dar a corda pra ele se enforcar, logo ele cai.Vou pro camarote, Turco já havia chegado e pelo jeito tá doidão. A noite mal começou e ele já tá no pique. Olho vidr
CariocaTô aqui conversando com os parças, mas sempre de olho no Turco, já percebi que ele não tira o olho da Fernanda. Ele tá alucinado, usando todo tipo de porcaria, erva foi só pra abrir a noite, o cara já bebeu muito, usou pó e até MD, ele tá doidão.Eu tô só na minha erva pura e meu whisky de lei, bebendo na postura. Hoje não é uma noite pra extravasar, tenho que ficar de olho na minha morena e mais ainda no Turco. Ele tá se achando esperto, vai ter o que merece.LC se aproxima, tava atrás da mulher dele. Ele contou que ela tá bolada com ele por causa de piranha, isso é normal nesse meio que a gente vive, a maioria sempre se joga. E a fiel tem que ter postura e serenidade, ser mulher de bandido não é fácil.— E as ameaças pararam? — LC pergunta.— Nada, aquele verme sempre liga de algum número restrito falando merda e agora com a gravidez da Fernanda tô maluco com isso, ninguém vai tocar nela, ninguém.LC já tinha me parabenizado pela gravidez no início da noite quando cheg
ÂngelaComo é bom vir ao Chile, como é bom viajar pelo mundo. É sempre uma experiência única e marcante conhecer novas pessoas, novas culturas e outros costumes.Viajar é ótimo, mas quando se pode unir a outros interesses, é melhor ainda.Assim que cheguei ao hotel, rapidamente fiz contato com o detetive chileno que o investigador brasileiro havia me indicado. Segundo informações, ele é o melhor daqui.O detetive e eu marcamos para o dia seguinte, ele já havia recebido todas informações sobre quem deveria procurar.Faço contato com algumas agências de turismo, quero fazer alguns passeios, aliando deveres com diversão.Na manhã seguinte, após um delicioso café da manhã no hotel, fui visitar o Museu Nacional de Bellas Artes, que é encantador. E o almoço foi em um restaurante próximo, onde eu havia marcado com o detetive.Ele chega exatamente no horário marcado. Pontualidade é uma qualidade que me agrada muito.Após os cumprimentos, ele pede a foto que havia solicitado ao investigador br