CAPÍTULO 18

LC

Silêncio entre Rebeca e eu.

— De overdose Rebeca! — repito. — Morreu enchendo o corpo de droga, ela não tinha mudado nada! — Eu ria alto e acho que também chorava ao mesmo tempo, afinal, não era engraçado.

— Você podia ter perdoado ela. Era sua mãe e você não estaria nesse estado agora.

— Cala a boca! — gritei.

— Não é vergonha amar a sua mãe, mesmo ela tendo errado tanto, Lucas!

— Eu não amava ela porrä! — gritei e joguei a garrafa na parede, deixando Rebeca apavorada.

— Pra quê tanto ódio? — pergunta.

— Esse sou eu. E quer saber? Eu não ligo, não tô nem aí! Nunca precisei dela pra nada! — Rebeca tenta me abraçar. Empurro ela novamente e saio feito maluco pela porta, batendo com força.

Vou até a boca principal e lá uso várias paradas. Misturei tudo, não sou de misturar, não costumo usar pó, mas hoje eu precisava. Eu queria não sentir dor, queria não sentir a consciência pesada, queria não lembrar...

E fico nessa onda por horas, viajando em tudo que já passei, lembrando d
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